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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Lição 09 /O PRINCÍPIO BÍBLICO DA GENEROSIDADE /Subsídios

 
O PRINCÍPIO BÍBLICO DA GENEROSIDADE
Texto Áureo: II Co. 9.7 - Leitura Bíblica em Classe: II Co. 8.1-5; 9,6,7,10,11.

Objetivo: Destacar a importância da generosidade enquanto princípio que deve ser manifestado pelo cristão na graça de Deus.

INTRODUÇÃO
Após fazer as pazes com os crentes de Corinto, Paulo sente-se a vontade para tratar de um assunto espiritual: a contribuição cristã. A questão do dinheiro não é um assunto menos espiritual para o cristão. Por isso, deve ser tratado com sabedoria, principalmente com respaldo bíblico. Na aula de hoje estudaremos a respeito da iniciativa de Paulo quanto a coleta para os pobres. Em seguida, veremos que a generosidade deva ser uma prática do cristão. Ao final, apontaremos alguns princípios que orientam a coleta das ofertas na igreja.

1. A COLETA CRISTÃ PARA OS POBRES
As igrejas gentílicas, atingidas por grande privação durante o império de Cláudio (41 a 54 d. C.), carecia da assistência das igrejas. A igreja de Antioquia deu o exemplo inicial, enviando ajuda pelas mãos de Paulo e Barnabé (At. 11.27-30). Paulo deu continuidade a campanha de arrecadação na Galácia, mostrando preocupação com os pobres (Gl. 2.10). A igreja de Corinto também demonstrou interesse na participação dessa coleta (I Co. 16.1-4). O Apóstolo aproveita a solicitude dos irmãos de Corinto e os direciona para que demonstrem generosidade aos irmãos necessitados (II Co. 8.1-7). A princípio, destaca a generosidade das igrejas da Macedônica como um resultado da graça de Deus em suas vidas (Rm. 5.6-8; Fp. 2.4-11; Cl. 3.12,13; I Jo. 4.7-12). Aquela igreja, ainda que fosse pobre, superabundou em grande riqueza da sua generosidade (II Co. 8.1,2). A grandeza do ato generoso desses irmãos se revelou na disposição em contribuir para além de suas posses, voluntariamente. Eles agiram assim porque entendiam que mais bem-aventurado é dar que receber (At. 20.35). O princípio da contribuição, segundo relata Paulo em II Co. 8.5, esta na disposição de antes de entregar a oferta, entregar-se a si mesmo, assumindo a vontade de Deus. Diante da disposição generosa dos crentes, Paulo instrui Tito para que esse complete a obra da coleta que ele havia iniciado (II Co. 5.6). Como os crentes dos tempos antigos, a graça de Deus derramada em nossos corações em Cristo também deva nos constranger a exercitar a generosidade. Faz-se necessário romper com o paradigma moderno de tirar vantagem em tudo. O cristão precisa aprender a viver com desprendimento. Abençoado não é aquele que retém mais, mas o que entrega com alegria e liberalidade (II Co. 9.7).

2. A GENEROSIDADE CRISTÃ
A igreja de Corinto era imperfeita, mas Paulo não deixa de reconhecer a abundância da fé, do amor e do cuidado daqueles irmãos. Eles eram excelentes na palavra e no conhecimento (I Co. 1.4-7), mas é principalmente na fé e no amor que se destacavam (II Co. 8.7). A demonstração dessa fé e amor é revelada no interesse dos irmãos coríntios em participar da coleta em prol dos pobres da igreja. O amor genuíno não fica apenas em palavras, mas é expresso em atos (Lc. 19.1-10; I Jo. 3.16-18). A preocupação com a pobreza dos irmãos se fundamenta no fato de que Jesus também foi pobre (Lc. 2.7; Lc. 2.24; Lv. 12.6-8); Lc. 9.58). Não podemos esquecer que a pobreza de Cristo nos tornou ricos. A riqueza do cristão tem uma dimensão escatológica, pois o dinheiro, na revelação do evangelho, não deve ser entesourado e pode causar a ruína do crente (Mt. 6.19-24). Na teologia do Antigo Testamento há espaço para uma crença no acúmulo de riqueza, mas não no Novo Testamento, que motiva o ser humano à generosidade (At. 20.35). Essa é uma direção divina para o cristão que, diferentemente do Israel do Antigo Testamento, não vive pelo que ver, mas pela fé no Deus da providência, e que nos dá o pão nosso de cada de dia (II Co. 5.7; Mt. 6.11). Para que o dinheiro não se torne um Deus, é preciso agir, não depois, mas agora, contribuindo com os mais necessitados (II Co. 8.10,11). O evangelho de cristo não exige que doemos mais do que temos, e orienta para que sejamos cautelosos em relação àqueles que querem tirar proveito do evangelho, antes que contribuamos de acordo com as possibilidades (II Co. 8.12). Existem casos extremos de fé, destacados por Jesus, em relação à oferta da viúva, que deu todo seu sustento (Lc. 21.2,3), mas essa é uma atitude individual, que partiu do íntimo do coração, não foi forçada ou constrangida. A mensagem de Paulo nesse texto difere da de algumas “pregações” que visam tirar dos irmãos mais do que eles podem dar. Determinadas igrejas evangélicas incitam os crentes a dar o que não têm, mas a igreja amadurecida na palavra instrui os irmãos que contribuam com os dízimos (Mt. 23.23) e ofertas, princípio que leva em consideração a proporcionalidade (II Co. 8.13-15; I Co. 16.2).

3. INSTRUÇOES PARA A COLETA DA OFERTAS
Do mesmo modo que Deus motivou Tito para levantar as ofertas em Corinto pelos irmãos necessitados, nos dias atuais, o mesmo Senhor, através da Palavra e do Seu Espírito, direciona pessoas para se sensibilizarem com a causa dos pobres (II Co. 8.16). Essas pessoas agem com o coração voluntarioso, são desprendidas de interesses materiais, ajudam graciosamente, não porque pretendam tirar alguma vantagem, seja financeira ou eleitoreira (II Co. 8.17). Esses irmãos precisam ter o aval da igreja a fim de atuarem no ministério da coleta, a fim de que o dinheiro não seja desviado, resultando em escândalo para o evangelho. A igreja precisa ser cuidadosa quando se trata da coleta, todo esforço deva ser empreendido para dar transparência e evitar falatórios infundados (II Co. 8.18,19). Devemos lembrar que Paulo tinha opositores que queriam tirar vantagem de qualquer brecha no seu ministério para acusá-lo de ilicitude. Por esse motivo, o Apóstolo demonstra cuidado na administração da oferta a fim de evitar críticas. Ele instrui os irmãos para que ajam com honestidade, não só perante os homens, mas, principalmente, perante o Senhor (II Co. 8.20,21). A coleta não estava na direção de apenas uma pessoa, por isso Paulo envia, com Tito, dois irmãos zelosos para auxilia-lo (II Co. 8.22,23). Depois de credenciá-los e recomendá-los para a tarefa, orienta os irmãos coríntios para que demonstrem amor pelos pobres, referindo-se, certamente, à contribuição generosa que fariam perante eles (II Co. 8.24).

CONCLUSÃO
A prática da generosidade cristã deve ser cultivada na igreja cristã. Para tanto, é preciso que haja desprendimento, que a cultura mundana do acúmulo, denominada, em algumas ingrejas, de "bençãos", seja reavaliada. Alguns cristãos se acostumaram de tal modo com a riqueza, que denominam aos que nada têm de amaldiçoados. Bem-aventurados não são aqueles que têm muito, mas os que estão dispostos a doar do que têm. Para ilustrar, contramos a estória de um mendigo que passou na porta de um espírita, um católico e um evangélico. Cada um deles tinha apenas um pão: o espírita refletiu a respeito do desprendimento para o aperfeiçoamento espiritual e doou todo o pão, preferiu ficar com fome; o católico, na dúvida a respeito da salvação pela fé ou pelas obras, dividiu o pão ao meio, cada um comeu a metade; e o evangélico, pensou, bem sou salvo pela graça, por meio da fé, não das obras, resolveu comer o pão sozinho e se prontificou a orar pelo mendigo. O cristão, de fato, é salvo pela graça, por meio da fé, não das obras, mas porque é salvo, deva praticar boas obras (Ef. 2.8-10).
 
Pb. José Roberto A. Barbosa

BIBLIOGRAFIA
KRUSE, C. II Coríntios: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1999.
HORTON, S. I e II Coríntios. Rio de Janeiro: CPAD, 2003. 
 
Fonte:Subsídios EBD

A muralha de Jericó – 2



Não reconstrua o que Deus destruiu.

Israel andou com Deus, atravessando o deserto. Chegando à terra prometida, encontrou a muralha de Jericó. Aquele seria um teste importante para o novo líder Josué.

A muralha era tão larga que havia casas sobre ela, como a de Raabe, a meretriz. O que fazer diante de tão grande obstáculo? Os israelitas poderiam orar e ficar esperando que o muro caísse, mas não seria tão simples assim. A oração é importante, mas não é tudo. Deus poderia fazer todas as coisas sozinho, mas ele quer a nossa participação. A palavra de Deus nos conduz à ação, ainda que não
seja exatamente o que gostaríamos de fazer. O Senhor mandou que o povo marchasse em volta da cidade durante sete dias e que os sacerdotes tocassem as trombetas (Js.6). Foi uma ordem muito estranha. Entretanto, mesmo sem entender,era importante obedecer.

Nos primeiros dias em que o povo rodeou a cidade, nada aconteceu. Quando o tempo passa e não vemos os resultados almejados, somos atacados pelo desânimo e pela dúvida. Nossa mente começa a imaginar coisas negativas. A cada dia ia tornando-se mais difícil levantar de madrugada para mais uma caminhada.

Nossas vidas podem se encontrar nesse estado algumas vezes. Levantamos de manhã todos os dias e, em muitos deles, não conseguimos atingir nossos objetivos.Porém, não vamos desistir. Precisamos perseverar até o fim, obedecendo aoSenhor, sabendo que ele está conosco.Enquanto o tempo testava a fé de Israel, é provável que os inimigos, dentro da cidade, se sentissem melhor, e até zombassem do povo de Deus. "Lá vem aquele povo barulhento outra vez". Caminhavam, tocavam trombeta, e nada acontecia.
Em momentos assim, quando os resultados não aparecem, a liderança é questionada.possível que alguns israelitas já estivessem duvidando da capacidade de Josué e da eficácia dos seus métodos. "Moisés é que era líder de verdade", poderiam dizer.

Precisamos crer, obedecer, esperar e calar.

A cada dia, o povo tinha um novo encontro com a muralha, e ela continuava lá, firme, inabalável. Naqueles dias, crescia no coração de cada israelita a convicção de que nada poderiam fazer por si mesmos. Sua dependência de Deus ficava evidente.
Aquela caminhada diária era o teste da fé, da obediência e da perseverança.

No sétimo dia, o povo rodeou a cidade sete vezes. Na última volta, as trombetas tocaram, o povo gritou, conforme Deus havia mandado, e as muralhas vieram ao chão. Os israelitas invadiram a cidade e a destruíram completamente, poupandoapenas Raabe e os  que com ela estavam.

Apresentemos ao Senhor as muralhas que estão diante de nós, interrompendo nossa jornada.
Ele haverá de nos ajudar a vencê-las, em nome de Jesus. Se temos andado com o Senhor e as muralhas ainda não caíram, não podemos desanimar. É tempo de prosseguir.

A vitória chegou e o líder Josué foi exaltado aos olhos do povo, não por seu próprio poder, mas ficou notório que ele, de fato, servia ao verdadeiro Deus(Js.6.27). Os líderes sempre precisam enfrentar grandes desafios, pois essas importantes vitórias comprovarão a autenticidade de suas vocações. Portanto, um grande problema pode ser uma grande oportunidade. Foi o que Golias representou na história de Davi.

O relato sobre a destruição de Jericó termina com uma maldição. Está escrito que maldito seria aquele que reconstruísse aquela cidade. Perderia o filho primogênito ao lançar seus fundamentos, e o mais novo quando colocasse suas portas (Js.6.26).

Lendo o Novo Testamento, encontramos relatos que citam Jericó. Portanto, lá estava ela novamente. Como pode ter ressurgido?

A história de Israel nos traz a explicação. No tempo do rei Acabe, surgiu um
homem chamado Hiel, de Betel, que tomou a iniciativa de construir Jericó,atraindo sobre si a maldição profetizada. Construiu a cidade e perdeu dois filhos: Abirão e Segube (IRs.16.34).

Ele desconhecia a profecia ou quis desafiar o Senhor? Não sabemos. O certo é que não podemos ignorar a palavra de Deus que está na bíblia. Não podemos deixar de crer nela, nem menosprezar os males  acerca dos quais ela nos adverte.

Com isso, aprendemos ainda uma importante lição: não devemos reconstruir aquilo que Deus destruiu. Se ele já nos libertou de um pecado, de um relacionamento ilícito, de um vício, não podemos voltar àquele lugar para reatar os laços da iniquidade. As consequências podem ser drásticas.

Hiel entrou para a história como o construtor de Jericó, mas perdeu seus filhos. De que adianta sermos conhecidos como edificadores de uma cidade, se perdermos nossos filhos? De que adiantam grandes realizações materiais, profissionais,culturais, políticas, ou até ministeriais, se fracassarmos na edificação do nosso lar? Se formos infiéis ao Senhor, traremos consequências ruins para a nossa descendência.

Sejamos como Josué e não como Hiel. Sejamos conquistadores do que Deus prometeu, mas não desejemos aquilo que ele proibiu.


Anísio Renato de Andrade
Bacharel em Teologia

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Lição 08 /EXORTAÇÃO À SANTIFICAÇÃO/ Subsídios


EXORTAÇÃO À SANTIFICAÇÃO


Texto Áureo: II Co. 7.1 - Leitura Bíblica em Classe: II Co. 6.14-18; 7.1,8-10.



Objetivo: Mostrar que através de uma vida de santificação o crente separa-se das paixões mundanas, dedicando-se sacrificialmente ao serviço do nosso Senhor Jesus Cristo.






INTRODUÇÃO


Na aula de hoje meditaremos a respeito da importância da santificação para a vida do crente. De acordo com o autor da Epístola ao Hebreus, é preciso buscar a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb. 12.14). Nessa mesma perspectiva, veremos, na lição, que Paulo admoesta os crentes de Corinto para que vivam em santificação. Em seguida, o Apóstolo se alegra pelas boas notícias que recebe dos crentes daquela cidade. A razão dessa alegria, conforme estudaremos ao final, é a restauração do seu relacionamento com os crentes coríntios.


1. APELO À SANTIFICAÇÃO


Paulo apela aos crentes para que vivam em santidade, e a base desse proceder é o temor ao Senhor (II Co. 7.1). Não podemos esquecer que o Senhor, o Nosso Deus, é santo e demanda, dos crentes, santificação (Lv. 11.44; 22.32). Em seguida, adverte os irmãos para que o acolham em seus corações. O Apóstolo acreditava que havia ainda alguma reticência dos coríntios em relação a ele. Em seguida justifica: a ninguém tratamos com injustiça, a ninguém corrompemos e a ninguém exploramos (II Co. 7.2). Essa mensagem serve de instrução para muitos obreiros que se aproveitam dos membros da igreja para explorá-los em benefício próprio. Nessa passagem Paulo aborda, explicitamente, a questão do dinheiro. O obreiro do Senhor não pode ser amante do dinheiro. Essa instrução está clara em II Tm. 6.3-10 e, por não atentar para ela, muitos se desviaram da verdade e trouxeram dores para si. O interesse maior de Paulo não é o dinheiro, mas o desenvolvimento espiritual dos crentes, que já estavam no coração dele, por eles o Apóstolo tanto estaria disposto a viver ou a morrer (II Co. 7.3). Com essa expressão “morrer e viver”, Paulo está revelando sua disposição de entregar a própria vida para o bem do rebanho, haja vista sua certeza da glória eterna (Rm. 8.18; II Co. 4.17). Apesar dos momentos de tribulação, principalmente das incompreensões dos coríntios, Paulo reage com alegria ao saber que os irmãos daquela cidade finalmente haviam compreendido seus propósitos (II Co. 7.4).


2. NOTÍCIAS AGRADÁVEIS DE CORINTO


A tristeza de Paulo, por causa da oposição dos crentes coríntios, começa a se dissipar. A causa dessa mudança é a carta escrita pelo Apóstolo (II Co. 7.8-13). As portas se abriram para ele. Tito, além de ter sido usado por Deus nessa empreitada, também lhe traz boas notícias. Os crentes passaram a compreendendo as motivações reais de Paulo. Ele lembra das tribulações pelas quais passou, algumas delas de dentro e outras de fora (II Co. 7.5). Isso aconteceu nos momentos que antecedaram a vinda de Tito. Instantes de muitas expectativas, em que Paulo estava na Macedônia, aguardando-o. Ele não se desesperou, pois conhecia ao Senhor, que conforta aos abatidos, e que lhe provia a graça necessária para que ele suportasse as aflições (II Co. 12.7-10). A concretização desse consolo se deu, de modo mais evidente, quando Tito chegou, para lhe trazer alívio (II Co. 7.13-16). Os crentes de Corinto haviam sido contristados por causa da carta severa de Paulo. Ele mesmo diz que não se arrepende de tê-la escrito, pois ainda que fosse uma carta “dolorosa”, possibilitou que os crentes se voltassem para Deus (II Co. 7.8,9). A tristeza segundo Deus não conduz o crente à perdição, antes ao arrependimento, e a salvação, como aconteceram com Davi (II Sm. 12.13; Sl. 51), Pedro (Mc. 1472) e o próprio Paulo (At. 9.1-22). Essa tristeza propicia o temor ao Senhor, pois faz com que o pecador veja a sua condição com vergonha e busca a imediata restauração. A palavra de Deus pode ser um remédio amargo, mas é necessário para que o crente ter a saúde espiritual restabelecida (II Co. 7.11).


3. CONSOLO E RESTAURAÇÃO


Paulo diz que não escreveu a epístola “severa” para afrontar o ofensor que estava semeando contenda a seu respeito. Com essa declaração o Apóstolo destaca que seu motivo maior não era a vingança. Apelar para que seu ofensor fosse disciplinado não era um interesse pessoal. Sua meta principal era favorecer o arrependimento, tanto do ofensor quanto da igreja de Corinto (II Co. 4.12,13). O cristão amoroso não se alegra com a queda de um irmão, sua atitude primária é buscar a restauração, ainda que ele seja a parte vitimada. Paulo tomou as medidas cabíveis para que Tito fosse até Corinto, para atuar no processo de restauração. Os crentes daquela cidade não decepcionaram o apóstolo perante Tito (II Co. 7.14). Na verdade, responderam com presteza, recebendo Tito como autoridade representativa de Paulo (II Co. 7.15). Nos dias atuais, deparamo-nos, como já nos dias de Paulo, de uma acirrada crise de autoridade. Há membros das igrejas que são bastante críticos em relação aos seus líderes. Em alguns casos, principalmente onde há excessos, tais atitudes são compreensíveis. Mas não quando esse é um obreiro dedicado ao serviço do Senhor. Quando um obreiro do Senhor, que se pauta pela Palavra de Deus, for alvo de críticas injustas, a igreja deve assumir as dores do seu pastor, e defendê-lo diante dos ofensores. A alegria de Paulo estava no consolo provido pelos irmãos de Corinto, ele sabia que podia confiar neles (II Co. 7.16).


CONCLUSÃO


A santificação deva ser o alvo primordial da vida de todo crente que serve ao Senhor. Essa mensagem, porém, é bastante impopular. Por esse motivo, os pregadores que querem mercadejar o evangelho, evitam tais temas em seus sermões. O obreiro comprometido com as verdades exaradas na Palavra de Deus não pode fazer concessões, ainda que seja mal-compreendido. Quando o pastor estiver sofrendo ameaças por defender o evangelho genuíno de Cristo, a igreja deve posicionar-se, a fim de protegê-lo das ofensas e consolá-lo para que não fique entristecido.

Pb. José Roberto A. Barbosa
Fonte:Subsídios ebd

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A MURALHA DE JERICÓ


Vença os obstáculos pelo poder de Deus.



Depois de viajar pelo deserto durante quarenta anos, os israelitas chegaram,finalmente, diante de Canaã. Agora, era só entrar na terra e fazer o loteamento.


Certo? Errado. As coisas não eram assim tão fáceis. Havia no caminho uma imensa muralha. Muitas vezes, nos encontramos em situações semelhantes. Quando pensamos que vamos "tomar posse da bênção", surge uma imponente muralha que parece zombar


de nossas esperanças.Entretanto, não vamos desistir dos propósitos de Deus para nós. Não vamos assentar no meio da estrada. Não vamos voltar ao Egito. Essa deve ser nossa titude de fé: olhar para frente e prosseguir.


Tu do aquilo que impede a bênção, que impede o êxito, todo problema que parece insolúvel, é um tipo de muralha colocada por Satanás e permitida por Deus. Nesse contexto, Satanás tem o desejo de nos fazer fracassar. Entretanto, utilizando-se da mesma situação, Deus espera que saiamos vitoriosos, experientes e fortalecidos.


Diante do obstáculo, muitas pessoas tentam vencer através de meios humanos.Imagine, se Josué resolvesse pular o muro ou cavar um túnel... Provavelmente,sua história não estaria na Bíblia e precisaríamos de outro assunto para esta mensagem. Porém, o líder de Israel escolheu os meios divinos, mesmo sendo incompreensíveis e desprovidos de lógica. A mente humana nos aconselha a dar um


"jeitinho", buscando uma solução mundana ou ilícita para o problema. Deus,porém, muda as situações pelas vias da integridade e da justiça.Para que o Senhor possa agir, alguns requisitos são necessários:


1 – A ARCA – O povo precisava ter a arca indo à frente. A arca era um móvel de madeira de cetim coberta de ouro que representava a presença de Deus e sua aliança com Israel. Se queremos vencer as barreiras, precisamos ter compromisso com Deus e uma comunhão real com ele.


2 – RODEAR A CIDADE - O povo precisava andar em volta da muralha. Aqui está a questão da obediência e da ação. Se você está consciente de que Deus lhe deu uma ordem, obedeça. Esta é a sua parte. Se você não sabe o que fazer diante do problema, ore, consulte a Bíblia, consulte a liderança da igreja e parta para a ação. Jesus disse: "Eu sou o caminho" (João 14.6). Logo, precisamos andar.


Cristianismo não é estacionamento.


3 – TEMPO – Israel deveria andar em torno de Jericó durante 7 dias. Aqui está o teste da perseverança e da paciência. Você deve obedecer hoje e continuar obedecendo amanhã, mesmo que os obstáculos pareçam mais firmes do que antes.Você deve ser mais firme do que a muralha. Sua fé deve ser mais resistente.


Depois de rodear a cidade no primeiro dia, não houve nenhum resultado. Talvez tenha sido difícil para alguns israelitas levantarem de suas camas no segundo e no terceiro dia e nos dias seguintes, sabendo que nada aconteceu na véspera.


Você já experimentou esse desânimo? Não se deixe vencer por ele. Continue obedecendo ao Senhor.


No sétimo dia, a muralha caiu. Não podemos fazer uma regra para Deus e dizer que ele sempre vai agir depois de 7 dias ou depois de 7 orações, etc. Ele pode agir no primeiro dia, ou no sétimo, ou no vigésimo-primeiro, como aconteceu com Daniel (cap.10), ou em outro dia qualquer. O que concluímos é que Deus tem um tempo certo para tudo, apesar de que, em alguns casos, nós é que retardamos as bênçãos devido à nossa incredulidade, passividade e desobediência.


Depois que Israel fez tudo o que Deus ordenou, a muralha ruiu e o povo pôde conquistar a cidade. Que Deus nos abençoe e nos ajude a conquistar todos os nossos direitos espirituais em Cristo.



Anísio Renato de Andrade


Bacharel em Teologia

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Lição 07 /PAULO, UM MODELO DE LÍDER-SERVIDOR /Subsídios

 
PAULO, UM MODELO DE LÍDER-SERVIDOR
Texto Áureo: II Co. 6.1 - Leitura Bíblica em Classe: II Co. 6.1-10.

Objetivo: Mostrar que o ministério consiste, fundamentalmente, na proclamação da obra expiatória do Senhor Jesus Cristo.

INTRODUÇÃO
Alguns líderes precisam aprender a lição de Jesus quando lavou os pés dos seus discípulos (Jo. 13.5-14). Paulo também nos dá o exemplo de líder-servidor, que se dispõe ao sacrifício pelos irmãos da igreja e não se assenhora sobre eles. Na aula de hoje aprenderemos a respeito do exercício da liderança para servir. No início da aula reforçaremos a importância do exercício da reconciliação dentro da igreja. Em seguida, atentaremos para o perfil do líder-servidor. Por fim, destacaremos algumas instruções de Paulo aos crentes de Corinto, necessárias à igreja atual.

1. AINDA SOBRE A RECONCILIAÇÃO
Por causa da reconciliação efetuada por intermédio do sacrifício vicário de Cristo, os obreiros são, agora, cooperadores com Ele (II Co. 5.20), podem exortar os cristãos para que não recebam a graça de Deus em vão. Os leitores coríntios de Paulo, bem como a igreja do Senhor hoje, não podem se afastar da mensagem da graça divina, abraçando falsos ensinamentos, doutrinas contrárias à salvação bíblica (Ef. 2,8-10; II Co. 6.1; Gl. 2.21). A mensagem da salvação divina é oportuna, e sobrepõe-se a todo e qualquer pensamento humano (II Co. 6.2; Hb. 3.12-15). O apóstolo, conforme já defendera anteriormente, tem a consciência tranqüila perante Deus e os homens, pois não deu motivo de escândalo aos crentes de Corinto. Portou-se com paciência, mesmo em meio às aflições, privações, angústias, açoites, prisões e tumultos (II Co. 6.3,4). Paulo ressalta sua sinceridade, longanimidade e bondade no Espírito (II Co. 6.5), destacando o caráter sofredor do ministro de Deus (Mt. 10.24; At. 20.19).

2. AS ADVERSIDADES DO LÍDER-SERVO
Uma das marcas do ministério de Paulo é a sinceridade, demonstrada em longanimidade e bondade, no Espírito Santo. Ele não fazia uso de máscaras, pois seu amor não era fingido, estava fundamentado na palavra da verdade e no poder de Deus (I Co. 2.5; II Co. 6.6,7). As armas de Paulo, isto é, seus argumentos, não eram humanos, não estavam alicerçados em sofismas (II Co. 10.3-5), pois o Apóstolo levava cativo todo pensamento a Cristo (II Co. 10.5). O evangelho de Cristo é loucura para aqueles que se baseiam nos argumentos racionais, e não na obediência por meio da fé (At. 19.8,9). A armadura de Deus, e não os artifício mundanos, deva ser a indumentária do cristão, que serve tanto para o ataque quanto para a defesa (Ef. 6.10-20). Com tais armas, o cristão, diante dos acusadores, pode agir com firmeza, e dar bom testemunho de sua sinceridade na fé em Cristo. Mesmo diante das adversidades, o servo de Deus não se abate, pois é capaz de alegrar-se, mesmo em meio a tristeza, de ser enriquecido, mesmo na pobreza (II Co. 6.8,10). Diante das ameaças de morte, Paulo continuava vivo, e mais, trabalhava incessantemente para não dar lugar aos falatórios torpes, não tirava vantagem financeira dos irmãos de coríntios, não demonstrava interesse em enriquecimento material, pois já fora enriquecido em Cristo (Ef. 1.3). Ele alegrava-se tanto nas tristezas quanto nos sofrimentos, pois, apesar de tudo, e em todas as coisas, era mais que vencedor (Rm. 8.37). Como líder-servidor, Paulo agia com amor, e não tinha vergonha de verbalizar esse amor pelos coríntios (II Co. 6.11). Mais do que dizer, o Apóstolo também demonstrava esse amor, expressando sua disposição de perdoar (II Co. 6.12) e orienta os coríntios para que façam o mesmo em amor (II Co. 6.13). O líder que está disposto a servir não guarda mágua dos seus liderando, tem plena disposição para perdoar, submete-se em amor. O líder que se fundamenta apenas na autoridade não pode demonstrar amor. Quando o poder se sobrepõe à liderança, não há oportunidade para a manifestação do amor.

3. EXORTAÇÕES DE UM LÍDER-SERVIDOR
O coração de Paulo está aberto para viver em plena reconciliação com os crentes coríntios. O Apóstolo dos Gentios não impõe limites para receber o perdão dos crentes, mas esses, como alguns crentes das igrejas atuais, preferem construir muros ao invés de pontes (II Co. 6.11,12). Ele apela para que os crentes, denominados de filhos em II Co. 6.13, para que abram seus corações, deixem de ficar carrancudos, entreguem-se ao afeto já experimentado pelo Apóstolo. Em seguida, passa a dar algumas instruções para a santificação da igreja, dentre elas destacamos: que não se ponham em jugo desigual com os incrédulos (II Co. 6.14-16), seja através de casamentos mistos (I Co. 7.39) ou de práticas religiosas pagãs (I Co. 10.14-22). Os crentes devem lembrar que são santuários do Deus Vivo, portanto, devem glorificar a Deus no corpo (I Co. 6.19,20; II Co. 6.16) que é a habitação de Deus (II Co. 7.17,18). A igreja, como templo do Deus vivo, deva manifestar a Sua presença (Ef. 2.22). Essa revelação motiva os crentes a viverem como filhos de Deus, em obediência. Para tanto, a separação é condição necessária, a fim de que não haja contaminação com as coisas impuras. A igreja de Cristo está no mundo, mas não é do mundo. No dia-a-dia, o crente pode, e deve, conviver com as pessoas descrentes, mas não pode ter participação em suas práticas pecaminosas (Jo. 17.14-17).

CONCLUSÃO
Nas próximas lições estudaremos um pouco mais sobre a santificação do crente. Esse tópico final é apenas uma preparação para o que vem em seguida. Adiantamos que, para viver em santificação, é preciso investir no relacionamento com Deus. O hino 77 da Harpa Cristo nos lembra dessa verdade: “Queres, neste mundo, ser um vencedor? Queres tu cantar nas lutas e na dor? Queres ser alegre, qual bom lutador? Guarda o contato com teu Salvador!”
 
 
Pb. José Roberto A. Barbosa

 
BIBLIOGRAFIAKRUSE, C. II Coríntios: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1999.
HORTON, S. I e II Coríntios. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Lição 06 /O MINISTÉRIO DA RECONCILIAÇÃO/Subsídios

O MINISTÉRIO DA RECONCILIAÇÃO
Texto Áureo: II Co. 5.18 - Leitura Bíblica em Classe: II Co. 5.14,15,17-21

Objetivo: Mostrar que o ministério consiste, fundamentalmente, na proclamação da obra expiatória do Senhor Jesus Cristo.



INTRODUÇÃO


Na lição de hoje estudaremos sobre o ministério da reconciliação em Cristo Jesus. Inicialmente, meditaremos a respeito da habitação celestial dos crentes. Em seguida, sobre a atuação do amor de Cristo que nos constrange e nos transforma. Ao final, trataremos a respeito do ministério da reconciliação propriamente dito, concretizado na obra expiatória do Senhor Jesus Cristo.


1. A HABITAÇÃO CELESTIAL DOS CRENTES


Nossa leve e momentânea tribulação não pode ser comparada com a glória que em nós haverá de ser revelada. Paulo tem essa certeza porque sabe que quando essa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, receberá, da parte de Deus, um edifício, casa não feita por mãos humanas, perenes, mas eternas, nos céus (II Co. 5.1; Jo. 2.21,22). Em Rm. 8.18-24 o Apóstolo reafirma essa verdade, dizendo que os crentes terão, no futuro, a redenção do corpo, o edifício prometido para os que crêem. Enquanto estamos neste corpo, gememos, na expectativa da redenção, quando seremos revestidos da nova habilitação celestial (II Co. 5.2). Ainda que as adversidades nos causem opressão, podemos ter a convicção de que Deus cumprirá o que prometeu, a vida eterna (Jo. 3.16). A concretização plena dessa vida se dará por ocasião da ressurreição. Os gregos menosprezavam o corpo, mas Paulo, com base na revelação cristã, ensina que essa é uma realidade (I Co. 15.53,54). Quando isso acontecer, receberemos, de Cristo, um corpo de glória (Fp. 3.2), incorruptível (I Co. 15.42-49). A transformação do corpo será repentina, momento em que seremos revestidos de uma roupagem de glória (II Co. 5.3,4). Esse evento se dará por ocasião da volta de Cristo para arrebatar a Sua igreja (I Ts. 4.13-18). Por causa dessa promessa, podemos viver na bendita esperança, e sempre ter bom ânimo, mas esse fundamento não está no que vemos, mas na fé, na convicção da Palavra de Deus, pois a fé vem pelo ouvir (Rm. 10.17; II Co. 5.5; Hb. 11.1). O Espírito Santo é penhor, o pagamento antecipado, que garante Sua propriedade sobre nós, de sorte que agora temos plena confiança (II Co. 5.7,8). Por amor a obra de Deus Paulo prefere ficar no corpo, mas reconhece que partir e estar com Cristo é incomparavelmente melhor (II Co. 5.6; Fp. 1.23). Quer na vida ou na morte, o Apóstolo decidiu agradar ao Senhor e fazer disso o objetivo da sua vida (II Co. 5.9), pois chegará o dia no qual todos comparecerão perante o tribunal de Cristo (Rm. 14.10). Naquele dia cada um receberá segundo o bem ou o mal que tiverem feito por meio do corpo, em tal ocasião os ministérios serão julgados pelo Senhor (II Co. 5.10).


2. O AMOR DE CRISTO NOS CONTRANGE


Por isso, com base no temor do Senhor, Paulo persuade aos homens para que reconheçam a integridade do seu ministério (II Co. 5.11). Essa persuasão é feita com bastante sutileza, pois o Apóstolo espera que os crentes de coríntios respondam às acusações dos ofensores (II Co. 5.12). Diferentemente desses, Paulo não se gloria na aparência e não depende de artifícios externos para causar convencimento. Mais importante que tais exterioridades é o estado espiritual do coração, esse sim é mais relevante para Deus. Mas tal opção pode ser percebida, para aqueles que valorizam o exterior, como loucura (Mc. 3.21; At. 26.22-25). Mesmo assim, essa é uma loucura necessária, pois aprouve a Deus salvar os pecadores pela loucura da pregação da cruz de Cristo (II Co. 5.13). É o amor de Cristo que o constrange para que esse dedique a sua vida a Ele, com zelo e fidelidade (II Co. 5.14; Rm. 5.5; Jo. 3.16). Com base nessa verdade, o Apóstolo admite que, por causa da morte de Cristo, os que vivem não mais podem viver para si, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou (II Co. 5.15; Gl. 2.20; 6.14). A partir desse fundamento, Paulo não se eximiu da responsabilidade de buscar a reconciliação com os irmãos de coríntios. O amor do Apóstolo pela obra de Cristo o conduziu a tomar iniciativa em prol da comunhão. Ele, porém, não pode se gloriar disso, pois não age segundo a opinião humana, mas segundo o espírito (Fp. 3.4-8; II Co. 5.16). Como resultado dessa comunhão, do crente com Cristo, e entre os próprios crentes, um novo relacionamento é construído, de modo que os que estão em Cristo são novas criaturas, as coisas velhas ficaram para trás, tudo se fez novo (II Co. 5.17; Rm. 8.21; I Co. 6.9-11; Rm. 8.19-23).


3. O MINISTÉRIO DA RECONCILIAÇÃO


Essa novidade de vida tem início com Deus, que nos reconciliou consigo mesmo. A iniciativa é do Senhor que executa a reconciliação por meio do sacrifício vicário de Cristo, que soluciona o problema da ira de Deus, revelada desde os céus contra toda iniqüidade humana (II Co. 5.18; Rm. 1.18; 5.9-11). Deus estava com Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões (II Co. 5.19). Em Rm. 4.8, tratando do mesmo tema, Paulo cita Sl. 32.2, dizendo: “bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniqüidade”. Esse “todos”, no versículo 19, é um recurso estilístico, pois Paulo, em outra passagens, deixa implícito que os pecados dos incrédulos lhes serão imputados (Rm. 1.18-32; 2.5-11; Ef. 5.3-6; Cl. 3.5-6). Agora, reconciliados com Deus em Cristo, somos embaixadores em nome de Cristo, isto é, emissários de Deus em prol da reconciliação dos pecadores. Por esse motivo, rogamos a esses que se reconciliem com Deus (II Co. 5.20). O fundamento da reconciliação é a Pessoa de Cristo, que não conheceu pecado, mas se fez pecado por nós (Jô. 8.46; I Co. 5.21; Hb. 4.15; I Pe. 1.19; 2.22). Nele fomos feitos justiça de Deus, pois Jesus morreu em nosso lugar, portanto, a nós não mais é imputado pecado (Rm. 3.21-26; Fp. 3.7-9). Jesus se tornou maldição por nós (Dt. 21.23; Gl. 3.13), pagando inteiramente o preço da redenção (Cl. 2.14).


CONCLUSÃO


Deus estava em Cristo reconciliando o mundo (II Co. 5.19). Essa é uma das mais sublimes mensagens bíblicas. A obra de Cristo na cruz do calvário é a manifestação do supremo amor de Deus (Jo. 3.16). O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo (Rm. 3.13; 6.23). Essa verdade nos impulsiona a cantar: “Rude cruz se erigiu, dela o dia fugiu, como emblema de vergonha e dor; mas contemplo esta cruz, porque nela Jesus, deu a vida por mim, pecador. Sim, eu amo a mensagem da cruz, te morrer eu a vou proclamar; levarei eu também minha cruz, te por uma cora trocar” (HP. 291).


Pb. José Roberto A. Barbosa



BIBLIOGRAFIA


KRUSE, C. II Coríntios: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1999.


HORTON, S. I e II Coríntios. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

 
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