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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Lição 05/ DAVI E SUA EQUIPE DE LIDERADOS/ Subsídios


DAVI E SUA EQUIPE DE LIDERADOS
Texto Áureo: I Sm. 22.2 - Leitura Bíblica em Classe: I Cr. 1.10-12,20,22,24,25.

Objetivo: Mostrar que o trabalho em equipe é um princípio básico da liderança eficaz, inclusive na causa do Senhor.

INTRODUÇÃO
Em alguns contextos a liderança tem sido amplamente questionada. Na lição de hoje veremos que esse é um princípio bíblico. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento Deus levantou homens e mulheres para liderar e guiar Seu povo. Davi é um dos mais contundentes exemplos de liderança. Por esse motivo, analisaremos, na aula de hoje, aspectos da sua atuação perante a equipe de liderados. Ao final, atentaremos para alguns princípios gerais da liderança cristã.

1. O PRINCÍPIO BÍBLICO DA LIDERANÇA
A fim de cumprir seus propósitos Deus estabeleceu o princípio da liderança. Quando passeamos pelas páginas da Bíblia, constatamos essa veracidade. Em Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, lemos a respeito de José, o homem que Deus escolheu como líder no Egito (Gn. 37-45). Durante o cativeiro egípcio, Deus separou Moisés para retirar o povo daquela condição e guia-los pelo deserto (Ex. 2-17). Para a consolidação da conquista da Terra Prometida, Josué desempenhou um papel fundamental (Js. 2-8). Durante o cativeiro babilônico, Ester, uma mulher de coragem, cumpriu os desígnios de Deus para a preservação do povo israelita (Et. 4). Após o cativeiro de Judá, Neemias, mais um líder guiado por Deus, cumpriu a missão de restaurar a cidade destruída (Nm. 1-6). No Novo Testamento, Paulo e Pedro foram colunas fundamentais na liderança da igreja primitiva, tanto na plantação quanto na consolidação de igrejas (At. 14-21; J. 21).

2. O ESTILO DE LIDERANÇA DE DAVI
Davi é um exemplo bíblico de liderança competente. A competência de Davi estava respaldada na diligência de buscar fazer sempre a vontade de Deus, na sua lealdade tanto aos seus líderes quanto aos liderados e na disposição de atribuir toda glória a Deus. Quando decidiu construir um templo para o Senhor, Davi preparou o material que seria necessário (I Cr. 22.14). Mas como não coube a ele essa construção, e sim ao seu filho Salomão, tratou de lhe dar as devidas instruções para que tudo fosse feito com prudência e entendimento e de forma organizada (I Cr. 22.12-15). O estilo de liderança de Davi pautava-se no planejamento, no prognóstico do que deveria ser feito. Com Davi aprendemos a evitar as improvisações desnecessárias que possam comprometer o andamento do trabalho. O planejamento é um dos princípios basilares da condução das atividades, para tanto, faz-se necessário planejar a curto e longo prazo, sem deixar de confiar, primeiramente, no Senhor. Planejar somente não é suficiente, é preciso também coordenar a execução do projeto, identificar os objetivos, o tempo, o lugar, as pessoas envolvidas, os métodos a serem utilizados e o material disponível. Mesmo assim, é provável que existam obstáculos, e, quando eles vierem, como Davi, é recomendável que se confie na direção do Espírito Santo. Manter uma atitude de flexibilidade em relação ao planejado também evita os “engessamentos” que desgastam a liderança do projeto. Em linhas gerais, o estilo de liderança de Davi, bastante aplicável nos dias atuais, preza pela dependência em Deus, e principalmente, por atitudes de humildade, que não busca a glória própria, antes tributa todo louvor a Deus.

3. PRINCÍPIOS PARA A LIDERANÇA CRISTÃ
A liderança, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, é exercitada a partir dos planos que Deus definiu. Por isso, para ser líder, é preciso confiar e depender de Deus e não nos méritos pessoais, ainda que esses não sejam descartados. Todos os líderes escolhidos por Deus estiverem no centro dos seus planos e apresentaram as seguintes características: 1) empatia – capacidade de ver as coisas do ponto de vista dos outros (Lc. 6.31; I Pe. 3.8; Gl. 6.2); 2) alvos – estabelece metas e se esforça para alcançá-los (Fp. 3.14; Ef. 3.1) 3) competência – faz bem o seu trabalho (Pv. 12.27; 22.29); 4) atuação em equipe – senso de grupo, capacidade de trabalhar com as pessoas (I Co. 12; Ef. 4); 5) estabilidade emocional – confia em Deus em todas as circunstâncias e não se deixa abalar pelas adversidades (Ef. 4.31; II Tm. 4.5); 6) partilha a liderança – não é centralizador, divide as atribuições com outros (Ef. 5.21; Fp. 4.1-3); e 7) confiável – as pessoas podem depender dele (Lc. 9.62; I co. 15.58).

CONCLUSÃO
O exercício da liderança bíblica não é centralizado no homem, mas em Deus. Os que quiserem ser líderes segundo o coração de Deus precisam atentar para a Sua palavra. Para tanto, enquanto líderes, é preciso ter cuidado para não seguir o caminho de Saul: vaidade, inveja, perseguição, auto-glorificação, populismo, desobediência, espiritualidade aparente e ganância pelo poder. O estilo de liderança de Davi, deferentemente daquele, glorifica a Deus: obediência, temor a Deus, respeito, temor, fidelidade, espiritualidade, sinceridade e misericórdia. Davi é um bom exemplo de liderança, mas se quisermos um modelo perfeito, é só atentar para Jesus, pois nEle encontramos o fundamento maior da liderança cristã: O AMOR.

BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G.
I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
SWINDOLL, C. R.
Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.

Fonte:Subsídios EBD

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Babel ou Igreja?

O que estamos edificando e para quem?

Os cristãos, de modo geral, estão envolvidos com a obra de Deus. Alguns, mais especificamente, trabalham dentro da igreja, em diversos ministérios, grupos e projetos. Qual será a visão de Deus a respeito de todo esse trabalho? A bíblia nos mostra que nossas obras podem ser abençoadas ou destruídas por Deus (Salmo 90.17; Ec.5.6).

Em Gênesis 11, encontramos o exemplo de uma grande obra: a Torre de Babel. Aquele texto nos fala acerca de um grupo bem organizado, com liderança definida (Gn.10.8-10), com unidade, propósito, planejamento, conhecimento técnico, recursos materiais e iniciativa para o trabalho. Tais características podem até servir como modelo para nós. Contudo, a grande obra não produziu o resultado almejado. Aparentemente, tudo estava muito bem, até que Deus resolveu interromper o trabalho. Por quê ocorreu tamanho fracasso?

O problema era a motivação daquele grupo. Eles disseram: “Edifiquemos para nós uma cidade... e tornemos célebre o nosso nome” (Gn.11.4). Aquela obra não era de Deus, mas do homem, embora “Babel” signifique “porta de Deus” (o mesmo que “Babilônia”). Precisamos examinar as nossas obras. Algumas podem ter o nome de Deus em seus rótulos, em suas placas, quando, de fato, são meros empreendimentos humanos para a glória do próprio homem.

O que queremos engrandecer com as nossas obras? A nós mesmos? O nosso nome? A nossa denominação evangélica? O nosso alvo deve ser a glorificação do Senhor Jesus Cristo. Caso contrário, estaremos realizando a nossa obra e não a obra de Deus.

Gostaríamos de traçar um paralelo entre o episódio de Babel e o dia de Pentecostes, narrado em Atos 2. Em ambos os casos, está em evidência a variedade de línguas. No primeiro, as pessoas não se entendiam. No último, a mensagem de Deus foi compreendida por todos. Em Atos 2, também se registra o início de uma grande obra: a edificação da igreja. Esta, ao contrário de Babel, foi planejada pelo Senhor Jesus (Mt.16.16), ungida e dirigida pelo Espírito Santo. Seu objetivo é a glória de Deus. Por isso, conta com a bênção do Pai.

Entretanto, toda obra deve ser acompanhada em todas as suas etapas e em todos os setores de trabalho. Cada um de nós, deve verificar se está trabalhando sob a direção do Espírito Santo. Estamos edificando a igreja ou Babel? Precisamos avaliar nossa própria obra, antes que Deus venha examiná-la.

Paulo manifestou sua preocupação quando escreveu aos Coríntios. A obra realizada naquela igreja estava precisando de alguns ajustes para que retomasse o rumo do projeto divino. O apóstolo disse que, sobre o alicerce, que é Cristo, muitos estavam edificando. Alguns construíam com ouro, prata e pedras preciosas. Outros utilizavam madeira, feno e palha (I Cor.3.9-17). Todo material seria testado pelo fogo.

Como podemos medir a eficácia do nosso trabalho ou verificar se está correto? A continuidade da obra é um bom sinal, mas não é suficiente. Nossa satisfação pessoal com o que temos feito também é positiva, mas não serve como instrumento de avaliação. Na bíblia está o projeto determinado por Deus, a planta da construção. Nela encontramos todos os parâmetros para o serviço ao Senhor. Devemos sempre examinar o nosso trabalho sob a luz da Palavra.

Precisamos sempre fazer o melhor, acompanhando os parâmetros bíblicos, para a glória de Deus e ungidos pelo Espírito Santo. Dessa forma, nosso trabalho dará resultados, e o principal é a salvação das almas (I Pd.1.9). O resto, mesmo que seja importante, é secundário. Que o nosso propósito não seja o dinheiro, mesmo sabendo de sua necessidade e importância. Que o nosso propósito não seja a fama, ainda que sejamos reconhecidos e honrados.

No dia do juízo, nossas realizações serão provadas pelo fogo dos olhos de Deus. Aquele cuja obra permanecer, será recompensado pelo Senhor (I Cor.3.9-17). É importante observarmos que não haverá galardão para a igreja, mas para cada pessoa individualmente. Portanto, a responsabilidade também é individual. Ainda que, como grupo, sejamos bem sucedidos, é necessário que cada um verifique qual tem sido a sua contribuição para a causa do Senhor.

Verdade é que não seremos salvos mediante as obras, senão pela fé. Contudo, a verdadeira fé é conhecida através das obras. E, se ainda estamos neste mundo, é para que trabalhemos. Nossa vida precisa ser dedicada àquele que, em nosso favor, entregou sua própria vida: Jesus Cristo.

Anísio Renato de Andrade
Bacharel em Teologia

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O desafio de ser diferente

Para dar início ao plano de salvação da humanidade, Deus escolheu um povo: Israel. Aquela nação precisava se tornar diferente das outras nações da terra. Se fosse igual, a escolha divina não teria efeito prático (Ex.19.4-6; Mal.3.18).

Se Israel fosse um povo comum, ninguém saberia que aquele era o povo de Deus. Logo, sua missão de levar o conhecimento de Deus estaria comprometida. A lei determinava um modo de vida bem distinto. A maneira de vestir, trabalhar, cultuar, o relacionamento social, a alimentação, a higiene, em tudo Israel demonstrava uma diretriz divina que o tornava especial.

Da mesma forma, a igreja hoje, no papel de povo de Deus, deve ser diferente do mundo. Não me refiro aos usos e costumes em geral, mas às questões morais, caráter, comportamento e espiritualidade.

Deus nos escolheu, não por sermos melhores, mas, tendo sido escolhidos, precisamos nos tornar melhores em função dessa escolha.

Em todo e qualquer lugar ou época, o servo de Deus será confrontado com algum tipo de cultura, incluindo uma mentalidade, uma cosmovisão, um conjunto de crenças e costumes. Tudo isso traz um espectro de normalidade, devido à ampla aceitação desses padrões. Embora toda cultura tenha seus valores legítimos e respeitáveis, também se incluem nesse conjunto muitas práticas pecaminosas que acabam sendo vistas como normais. Entretanto, ser normal não significa ser correto. Se “todo mundo faz”, não significa que o cristão possa fazer.

Vejamos alguns exemplos: Em nossa sociedade, a rebeldia contra os pais parece algo comum. O sexo entre solteiros ou nas relações extra-conjugais é cada vez mais natural. O homossexualismo é defendido por grande parte da população. Há quem considere a prostituição uma atividade profissional. É a deturpação dos valores fundamentais em um processo degenerativo da cultura.

Estamos, portanto, diante de uma encruzilhada. Cabe a cada um de nós a decisão: seguiremos o padrão mundano ou o padrão divino ensinado através da bíblia? Se vivermos como os mundanos vivem, estaremos caminhando juntamente com eles para a condenação eterna. Se aceitarmos tudo o que eles aceitam, seremos inúteis, renunciando ao nosso papel de sal e luz (Mt.5.14). Isto não significa que seremos algum tipo de “polícia divina”, vigiando as pessoas e querendo corrigi-las, a não ser que tenhamos autoridade espiritual sobre elas. Precisamos apenas viver o evangelho, sendo exemplo de integridade. Se formos questionados sobre a razão da nossa fé ou do nosso comportamento, então nos manifestaremos verbalmente.

Paulo escreveu aos romanos: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Rm.12.2).

O Senhor tirou Israel do Egito e, imediatamente, lhe deu a lei para extirpar do povo o que houvesse de negativo e pecaminoso em sua herança cultural egípcia. Foi um processo árduo que durou 40 anos. Diante deles, porém, estava a terra de Canaã, que trazia novos desafios. Seria um choque cultural sob diversos aspectos, mas o que Deus não queria é que Israel viesse a adotar as práticas pecaminosas dos cananeus. O povo de Deus não poderia se igualar àqueles a quem o Senhor haveria de destruir.

“Quando tiveres entrado na terra que o Senhor teu Deus te dá, não imitarás as abominações dessas nações. Não haja no teu meio quem faça passar pelo fogo o filho ou a filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro...” (Dt.18.9-14).

Israel não deveria aprender a idolatria das nações (Dt.12.29-32). Pelo contrário, deveria aprender a lei de Deus (Dt.6.1-2; 6.6-9; 11.19). O que seremos ou que caráter teremos dependerá sempre daquilo que aprendemos. Por isso é tão importante o estudo bíblico. Canaã poderia ser uma escola maldita para Israel. Deus os preveniu para que não aprendessem os pecados dos cananeus (Dt.20.16-18), para que não os imitassem, nem se conformassem a eles (Ex.23.24). Israel estava ali para conquistar e não para ser conquistado pelos povos idólatras.

O mundo hoje se dispõe a nos ensinar gratuitamente a prática pecaminosa. São tantos maus exemplos que nos rodeiam e nos assediam diariamente, seja ao vivo ou pelos meios de comunicação. Existe uma pressão muito grande para que nos conformemos ao modo mundano de ser. Contudo, precisamos ser diferentes, nos conformando apenas com a vontade de Deus expressa através da sua palavra. O que aconteceu com Israel em Canaã? Aprendeu a idolatria e sofreu as conseqüências, indo para o cativeiro.

Para sermos diferentes precisamos ser corajosos como Sadraque, Mesaque e Abdenego que permaneceram de pé no meio de uma imensa multidão que se prostrava diante de um ídolo (Dn.3). Para honrarem o Deus de Israel, eles desobedeceram à ordem do rei Nabucodonozor. Se quisermos ser diferentes, precisaremos, algumas vezes, assumir uma posição de confronto a fim de defendermos os valores éticos cristãos. Assim, enquanto muitos estarão prostrados, caídos, permaneceremos de pé.

Muitas vezes, para sermos aceitos pelo grupo, nos sujeitamos aos costumes da maioria. Tememos a crítica, o desprezo e a perseguição. Aqueles jovens, porém, enfrentaram tudo isso, assumindo o risco de serem mortos, mas Deus os livrou de forma miraculosa.

Hoje, como cristãos, devemos ser diferentes dos mundanos, diferentes para melhor. Isto não significa que teremos mais dinheiro do que eles ou mais bens materiais. O que precisamos apresentar é um caráter precioso, uma vida digna de um representante de Deus na terra.

Tal diferença não pode significar um posicionamento orgulhoso ou soberbo. Não somos superiores ou mais preciosos que o nosso próximo. O amor que Deus tem por nós é o mesmo que tem pelas outras pessoas. Contudo, a nossa diferença significa simplesmente que escolhemos obedecer a Deus, enquanto muitos o desobedecem. Entretanto, inspirados pelo nosso comportamento, aqueles que nos rodeiam podem se converter ao Senhor.

O que está em questão não é o valor da diferença em si, como se estivéssemos criando uma cultura cristã à parte. Não seremos excêntricos, mas diferentes apenas naquilo que for valioso diante de Deus. Tal diferença não significa alienação, mas apenas o cumprimento dos princípios que a palavra de Deus nos mostra. O cristão não deve ser esquisito nem isolado. Podemos nos misturar às outras pessoas, mas devemos recusar o que for pecaminoso.

Não é admissível que alguém, dizendo-se filho de Deus, viva como o ímpio. Quem quiser praticar a impiedade, que o faça, mas não use o nome de cristão nem traga vergonha para o evangelho. O servo de Deus não pode ser mentiroso, desonesto, ladrão, adúltero, sonegador de impostos, infiel, mas um bom exemplo no meio da sociedade.

Aqueles que honrarem o nome do Senhor, sendo diferentes do ímpio, irão para um lugar diferente daquele para onde o ímpio vai. Depois de haverem cumprido o propósito divino neste mundo, os justos serão recebidos na glória celestial. “Para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus imaculados no meio de uma geração corrupta e perversa, entre a qual resplandeceis como luminares no mundo” Fp.2.15.


Anísio Renato de Andrade – Bacharel em Teologia.


sábado, 24 de outubro de 2009

Moisés - de homicida a profeta

Transformação além da imaginação

Muitos consideram a bíblia um livro de lendas, mas nós a vemos como a palavra de Deus. Além da questão da fé que nos faz aceitá-la, encontramos nela várias características que testificam a favor de sua veracidade. Uma delas é o fato de que os heróis bíblicos não são apresentados de modo utópico. Seus erros e defeitos são narrados com a mesma clareza que seus acertos e qualidades. Não existe omissão por parte dos escritores sagrados, nem proteção à imagem deste ou daquele personagem. As Escrituras nos transmitem, assim, uma visão realista dos servos de Deus e suas experiências.

Um exemplo é a história de Moisés, que nasceu como escravo, foi criado como príncipe, mas tornou-se um homicida. Sua vida começou sem esperança numa família hebréia, tornou-se bastante promissora no palácio de Faraó, e parecia encerrada aos 40 anos, quando matou um egípcio (Êx.2.12-15).

Para seus irmãos, ele já não era útil. Faraó queria prendê-lo e puni-lo. Moisés se tornou simplesmente um foragido. Contudo, o plano de Deus estava acima das circunstâncias, além de todas as opiniões e expectativas.

Moisés tornou-se pastor de ovelhas, profissão abominável para os egípcios (Gn.46.34). Enquanto conduzia seu rebanho, teve um encontro com Deus e sua vida foi radicalmente transformada (Êx.3.1-2). Iluminado pelas chamas da sarça ardente, viu uma nova perspectiva para o futuro. O Senhor lhe deu então uma missão e novo sentido para a vida. Entretanto, o próprio Moisés já não se considerava digno ou indicado para o plano divino.

Além de seu tenebroso passado, aquele homem tinha dificuldades para se expressar (Êx.4.10). Talvez fosse gago. Como poderia chegar diante de Faraó e dizer “deixa meu povo ir”? Tornar-se-ia motivo de escárnio na corte egípcia. Poderiam dizer: “O homicida gago virou advogado dos escravos”.

Por ter matado o egípcio, Moisés seria a pessoa menos indicada para voltar ao Egito com uma missão ou para trazer a Israel a ordem divina: "não matarás". Contudo, Deus escolhe os menos indicados para que a glória seja só dEle. Cristo é um tesouro guardado em vasos de barro, que somos nós, para que ninguém se distraia contemplando a beleza do recipiente.

Apesar de todos os problemas de Moisés, o plano de Deus estava traçado. Ele haveria de usar aquele homem indigno, transformando-o em um dos maiores nomes da história judaica, no mesmo nível de Abraão, Isaque e Jacó. Aquele que tinha dificuldades de comunicação tornou-se um profeta, porta-voz de Deus, um homem que conversava com o Senhor diretamente, como alguém que fala com um amigo. Após a sua morte, a bíblia diz que nunca mais houve em Israel um profeta semelhante a ele (Dt.34.10), à exceção do Senhor Jesus (At.3.22).

O ministério de Moisés foi tão grandioso que não temos como descrevê-lo em plenitude. Ele foi líder, libertador, estadista, legislador e juiz. Além de ter sido responsável pelo início da história de Israel enquanto nação, teve também a honra de começar a escrever a bíblia, sendo de sua autoria os cinco primeiros livros. Com isso, alcançou não apenas o seu povo, mas toda a humanidade. Quem poderia imaginar que o ministério de um homem pudesse ir tão longe e que seus efeitos continuariam milhares de anos após a sua morte?

Essa história nos mostra que existe esperança para todos, até para os mais desgraçados dentre os homens, pois a misericórdia divina é suficiente para alcançá-los, mesmo que estejam diante das portas do inferno. Assim como transformou água em vinho, Jesus continua transformando vidas. Ele faz com que homens criminosos se tornem cidadãos de bem, pessoas exemplares e honradas. Aqueles que não tinham qualquer utilidade diante dos olhos humanos, nem diante de seus próprios olhos, tornam-se ministros de poder nas mãos de Deus.

Para que tudo isso aconteça, é necessário um encontro com o Senhor, assim como aconteceu com Moisés. Tal experiência não será casual nem acidental, pois Jesus está sempre diante de nós aguardando sua vez de falar conosco. Ele disse: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo” (Ap.3.20).

É necessário que o recebamos em nossas vidas e creiamos que ele pode nos transformar. Ele quer nos tirar da escravidão do pecado, do domínio de Satanás, e nos fazer libertadores que, assim como Moisés, ajudarão a muitos a serem livres e se tornarem parte do povo de Deus na terra.

Anísio Renato de Andrade
Bacharel em Teologia

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Lição 04 / DAVI E O TEMPO DE DEUS EM SUA VIDA/ Subsídios


DAVI E O TEMPO DE DEUS EM SUA VIDA
Texto Áureo: I Sm. 24.6 - Leitura Bíblica em Classe: I Sm. 24.4-8

Objetivo: Mostrar que mesmo estando ungido a mando do Senhor para ser o rei, Davi soube esperar o tempo de Deus para ocupar o trono de Israel.

INTRODUÇÃO
Na lição de hoje veremos que Davi, mesmo tendo sido ungido rei e sob as ameaças de Saul, não perdeu a esperança no Senhor. Antes esperou, com paciência, a concretização do tempo de Deus em sua vida. Destacaremos, ainda nesta aula, a importância do cristão não se deixar levar pelas circunstâncias e a aprender a confiar no Senhor. Mesmo nas situações adversas, aprenderemos que Deus está no controle de tudo, portanto, temos motivos para esperar pelo tempo de Deus.

1. AS AMEAÇAS DE SAUL
O capítulo 24 de I Samuel nos apresenta um vislumbre do relacionamento crítico entre Davi e Saul. Lemos, inicialmente, que Saul perseguia e ameaçava Davi de morte a todo instante. Davi, por outro lado, mesmo tendo oportunidade, não intenta contra a vida do rei, considerando ser esse um “ungido do Senhor”. O autor do texto diz que, em certa ocasião, Davi se dirigiu a Saul, enquanto esse repousava, como se fosse matá-lo, mas em obediência ao Senhor e respeito ao rei, cortou apenas a orla do manto de Saul. Esse pedaço de tecido serviria de demonstração da vantagem que Davi teve para pôr fim à vida do rei. Mas ao invés disso, preferiu poupar-lhe, chamando-o mesmo de pai (I Sm. 24.11). Com essa atitude Davi quis mostrar a Saul que esse estava errado ao tentar matá-lo. Ao invés de agir pelo ódio, com espírito de vingança, Davi opta pela graça e a misericórdia. Ele se nega a agir a partir dos mesmos princípios que o rei. Depois desse episódio, Saul, por algum momento, ainda que tomado pela emoção, demonstra remorso das suas ameaças e tentativas de morte dirigidas a Davi (I Sm. 24.11). Saul é um modelo de alguém que não se deixa levar facilmente pelas emoções, que demonstra equilíbrio diante das situações adversas. Quando as pessoas agem desse modo, predomina sobre elas o espírito de retaliação, por conseguinte, têm dificuldade para liberar graça e perdão. Os cristãos são chamados a agir como Davi, exercitando o perdão, e, mesmo diante dos inimigos, responderem ao mal com o bem (I Sm. 24.7; Mt. 5.44; Rm. 12.14,19).

2. DAVI ESPERA O TEMPO DE DEUS
Mesmo ungido rei, demorou muito tempo até que Davi assumisse o trono de Israel. O tempo de espera, no entanto, não foi de tranqüilidade. Devido as perseguições de Saul (I Sm. 18.6-9), Davi precisou se refugiar várias vezes. Para não ser morto por Saul, esteve na escola profética de Samuel em Rama e residiu na casa dos profetas (I Sm. 19.18-20). Nessa ocasião, Davi abriu seu coração para o velho Samuel e declarou tudo quanto Saul estava lhe fazendo (I Sm. 19.18). Esse período na escola profética trouxe refrigério espiritual para Davi durante aqueles tempos de angústia. Davi também encontrou refúgio na casa do sacerdote Aimeleque, ainda que a família desse sacerdote tenha sido praticamente eliminada por causa dessa ajuda (I Sm. 21.1-9; 22.6-22). Em um dos momentos mais difíceis, Davi foi obrigado a procurar abrigo no território do inimigo (I Sm. 21.10-15; 27.1-7). Após ser descoberto pelos filisteus, que eram incitados por Saul para destruí-lo, fugiu para e escondeu-se na caverna de Adulão. Naquele local ele recebeu o conforto de sua familiar e pode revigorar-se para seguir adiante (I Sm. 22.1). Mesmo assim, a situação de Davi, diante de todas as perseguições e dificuldades, poderia levá-lo a desacreditar nas promessas de Deus. Ao invés do trono prometido, Davi somente via lutas, perseguições e dificuldades. Como José na prisão egípcia, Davi não se deixou controlar pelas circunstâncias, preferiu confiar na Palavra de Deus, e esperar com paciência pelo Senhor (Sl. 40). Isso porque tinha consciência de que Deus tinha um plano em sua vida e que Ele – ao Seu tempo - haveria de executá-lo (I Sm. 22.3).

3. ESPERE O TEMPO DO SENHOR
Os crentes em Jesus devem aprender com Davi, e tantos outros heróis da fé, a esperar com paciência o tempo de Deus para a execução de Seus desígnios. Ao invés de tomar decisões precipitadas, Davi permaneceu na presença de Deus (II Sm. 7.18). No Senhor estava a sua confiança, por isso, depositava sobre Ele os ditames das sua vida (Sl. 25.5), para obter auxílio ou proteção (Sl. 33.20), para ter vitórias sobre seus inimigos (Sl. 37.7,9,34; 52.9), para alcançar segurança em perigos iminentes (Sl. 40.1; 59.9), para encontrar refúgio quando traído ou oprimido (Sl. 62.1,5) e o perdão amoroso de Deus quando pecava (Sl. 130.5,6). Esperar é um teste de submissão para qualquer cristão, é uma demonstração de confiança em Deus. Mas é antes de tudo uma escola de aprendizado, pois na medida em que esperamos no Senhor, temos tempo para reconhecer Sua grandeza, a amadurecer na fé, a ter convicção nas coisas invisíveis (Hb. 11.1), haja vista que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb. 11.6). Sábias as palavras do salmista quando diz: “Espera no Senhor, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no Senhor” (Sl. 27.14). Mesmo que a realidade tangível pareça ir de encontro às promessas de Deus, devemos continuar ouvindo a Palavra, pois a fé vem pelo ouvir, e ouvir a Palavra de Deus (Rm. 10.17). Ainda que perseguições, dificuldades e provações tentem nos assolar e o desespero queira sobrepujar a esperança, somos desafiados a direcionar palavras de encorajamento à própria alma, dizendo: “Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação da sua face” (Sl. 42.5,11).

CONCLUSÃO
Deus está no controle de todas as situações, Ele não nos abandonou ao acaso. Essa percepção tem sido ofuscada pelo pensamento moderno acostumado a viver no tempo- kronos, isto é, pela compulsão frenética da vida que nos impulsiona a agir, de preferência o mais rápido possível, afinal, para muito "tempo é dinheiro". Há aqueles que, como Saul, têm medo de ficar para trás, por isso, querem tirar todo proveito do tempo-kronos. O cristão, como Davi, sabe que Deus está para além do tempo-kronos (Sl. 90.4). E guiado por essa verdade, pode descansar, confiar no cumprimento exato das promessas divinas, a depender da execução da Sua vontade no tempo-kairós que Ele mesmo estabeleceu. Vivendo nessa dimensão é possível esperar com paciência no Senhor, e a permitir que Ele dirija, pelo Seu Espírito, todos os passos da existência.

BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
SWINDOLL, C. R.
Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.
FONTE:SUBSÍDIO EBD

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Armados e vigilantes



Estamos numa guerra espiritual que não se restringe aos momentos de oração, mas é ininterrupta, encerrando-se apenas no dia em que Jesus voltar. O Diabo tem uma série de estratégias. Corremos o risco de identificar algumas e cair nas outras. O fato é que ele não desiste. Nossa vitória de hoje não eliminará o ataque de amanhã. Pelo contrário, ele poderá ser mais sofisticado. Portanto, não podemos relaxar.

Se você não cair numa cilada, ele tentará outra.

Se você não cair na rua, ele colocará tropeços dentro de casa ou dentro da igreja.

Se você não é atingido pelos inimigos, ele tentará usar seus amigos.

Se você não se deixa levar pela prostituta, ele enviará a mulher adúltera.

Se você estiver acima dos erros por ignorância, ele usará a sabedoria humana (lógica e filosofia).

Se você reconhece logo a mentira, ele usará a própria verdade (distorção da bíblia e acusação).

Se você não se torna mundano, ele vai empurrá-lo para uma religiosidade vazia.

Se você resiste à prática da maldade, ele tentará levá-lo às práticas bondosas: caridade sem Cristo (João.12.5).

Pensando em todas estas armadilhas, pode parecer que não exista possibilidade de escape para o cristão, mas não é assim. Cristo venceu Satanás em todos os níveis (Mt.4.1-11) e nós também venceremos, se conhecermos e utilizarmos as armas que o Senhor colocou à nossa disposição (Ef.6.10-18).

O fundamento da nossa resistência é:

- Fé em Deus; compromisso com ele (salvação); conhecimento e prática da sua Palavra.

A bíblia traz ao nosso conhecimento as realidades espirituais conquistadas por Cristo para nós, isto é, nossa posição espiritual. Sabendo isto, nossa fé será uma arma de defesa eficiente contra vários ataques do maligno.

O conhecimento da palavra, juntamente com a fé e o compromisso, produzirão diversas virtudes espirituais em nós. Podemos resumi-las em duas palavras: justiça e verdade.

Um cristão cheio de fé, cheio da palavra, justo e verdadeiro, torna-se um guerreiro eficaz contra o Diabo. Deve, porém, ser vigilante, pois, se “dormir”, suas armas serão inúteis (Mt.13.25; ITss.5.6).

O Senhor nos manda vigiar e orar. A oração busca a proteção divina. A vigilância trata da parte humana no combate.

Nosso inimigo é persistente e astuto, mas o Senhor nos capacita para sermos mais do que vencedores.

“Ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e o poder, e o reino do nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo; porque já foi lançado fora o acusador de nossos irmãos, o qual diante do nosso Deus os acusava dia e noite. E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até a morte” Ap.12.10-11.

Anísio Renato de Andrade – Bacharel em Teologia.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

As raízes do cristão


Garantia de sobrevivência, crescimento, firmeza e produtividade.

A bíblia utiliza muitas figuras de linguagem, especialmente metáforas e símiles, para expressar princípios espirituais. Um exemplo é a comparação entre o justo e a árvore.

“Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará. Não são assim os ímpios, mas são como a palha que o vento dispersa.” Salmo 1.3-4.

Em muitos outros textos, a árvore é usada como ilustração: Os.14.5-7; Jr.17.7-8; Pv.12.3,12; II Rs.19.30; Jó 18.16; Is.27.6; Rm.11.16.

Vamos examinar algumas características que a tornam uma figura tão interessante.

O CEDRO DO LÍBANO

“O justo florescerá como a palmeira; crescerá como o cedro no Líbano. Os que estão plantados na casa do Senhor florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos; serão viçosos e vigorosos.” Salmo 92.12-14.

O cedro é uma das árvores mais imponentes. É símbolo de força e eternidade. Nos 3 primeiros anos de vida, alcança apenas 5 centímetros de altura, mas já possui 1 metro e meio de raízes. Quem poderá arrancar tal “plantinha”? Mesmo jovem, já se mostra firme. Seu crescimento interior é bem maior que o exterior. Depois, cresce 20 centímetros por ano, chegando a 40 metros de altura. Seu desenvolvimento é lento, sem pressa, sem precipitação, mas não se pode detê-lo. Só a partir dos 40 anos é que o cedro produz sementes, mas pode viver centenas de anos [www.libano.org.br/pagina29.htm].

O cedro não depende da chuva, pois suas raízes profundas buscam água diretamente dos lençóis freáticos.

Nos tempos bíblicos, sua madeira era usada para construir casas (Ct.1.17), palácios (IISm.5.11), templos (IRs.6.9), cofres (Ez.27.24) e embarcações (Ez.27.5). O cedro tem beleza, perfume e força. Resiste aos desafios da água e do vento. É, portanto, muito confiável.

O salmista disse que o justo é como o cedro do Líbano. Com isso, podemos ter uma idéia do que Deus espera de nós. É natural que sejamos, pela graça do Senhor, fortes, firmes, confiáveis, apresentando a beleza da vida cristã em nós, sendo resistentes diante das dificuldades. Nossa relação com Deus não dependerá de fatores exteriores, pois a profundidade será característica da nossa espiritualidade.

Cairão mil ao nosso lado e dez mil à nossa direita (Sl.91.7), mas não cairemos porque temos raízes profundas.

AS RAÍZES - SUA “INVISIBILIDADE” E IMPORTÂNCIA

Quando a semente germina, ocorre um crescimento para cima (tronco, galhos, folhas, flores e frutos) e outro para baixo (raiz). Nossa vida não pode ser apenas algo exterior, mas interior. A raiz garante firmeza, nutrição e sobrevivência para a planta (Is.40.24).

Muitas vezes, enfatizamos o que a árvore produz, o fruto, mas nos esquecemos das raízes. Nos mais variados aspectos da nossa vida, valorizamos mais o que é aparente e menosprezamos o que está oculto. O fruto é muito importante, mas a sua falta pode indicar um problema na raiz. Estamos muito preocupados com as aparências, com aquilo que pode ser visto e admirado pelos homens.

Entretanto, nossas raízes são valores e práticas vistas apenas por Deus. Estão abaixo da superfície e precisam ser cultivadas com atenção e cuidado. Se não for assim, corremos o risco de cair, pois o peso exterior não terá sustentação interior.

Jesus disse que os fariseus valorizavam muito as orações, jejuns e esmolas realizadas em público. Os discípulos, porém, foram ensinados a fazerem tudo isso de maneira discreta e, às vezes, secreta, de modo que só Deus pudesse vê-los (Mt.6.1-6,16-18). Uma vida de dedicação íntima a Deus é uma forma de cultivar raízes espirituais. As orações em público são válidas e importantes, mas podem também ser falsas. Quem ora sozinho, dentro de seu quarto, provavelmente o fará com sinceridade de coração.

Muitos querem apenas bênçãos visíveis, materiais, mas não buscam virtudes espirituais que lhes trariam firmeza.

O exterior é importante, mas o interior é imprescindível. Tronco, galhos, folhas, flores e frutos, se forem cortados, podem renascer a partir da raiz. Se esta, porém, for arrancada e morrer, será o fim para a árvore. Será que o nosso cristianismo se resume ao que fazemos no templo? Se for assim, nossas raízes estão comprometidas ou, talvez, nem existam. Nossa vida cristã é superficial ou profunda?

O exterior depende do interior (Mt.13.5-6,20,21; Os.9.16). A falta de raiz leva à morte, conforme observamos nas palavras de Jesus:

E os que estão sobre pedra, estes são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria, mas, como não têm raiz, apenas crêem por algum tempo, e no tempo da tentação se desviam” Lc.8.13.

Aquela semente caiu entre as pedras, onde havia pouca terra. Brotou rapidamente, mas, por falta de raízes, morreu sob o calor do sol. Jesus disse que tais pessoas “crêem por algum tempo”. São “crentes provisórios”. Não têm raízes. Este é o caso daqueles que freqüentam a igreja durante algum tempo e depois desaparecem. O texto de Lucas nos mostra que há dois momentos na caminhada com Cristo: alegria e tribulação. Precisamos ter consciência disso. Devemos conhecer tal possibilidade, pois o conhecimento também é um tipo de raiz que nos manterá de pé. Aqueles que esperam apenas momentos de alegria se decepcionam com o evangelho e o abandonam.

O dia da tentação e tribulação traz o teste para a raiz do servo de Deus. É nessa hora que manifestamos o que somos intimamente. O vento e a tempestade nos atingirão inevitavelmente. Então veremos o que existe em nós abaixo da superfície.

A primavera é a estação mais favorável para as plantas. Contudo, não há como impedir que venha o inverno. No hemisfério norte, onde a estação fria é muito rigorosa, as árvores perdem toda a sua beleza por causa da geada e da neve. Ficam com aspecto de destruição completa. Não têm folhas, não tem flores nem frutos. Não lhes resta nem mesmo um aspecto agradável ou saudável. Parecem mortas. Contudo, sob o solo gelado, suas raízes permanecem vivas, garantindo que, na próxima estação, a árvore esteja viva, forte, bela e produtiva.

Porque há esperança para a árvore, que, se for cortada, ainda torne a brotar, e que não cessem os seus renovos. Ainda que envelheça a sua raiz na terra, e morra o seu tronco no pó, contudo ao cheiro das águas brotará, e lançará ramos como uma planta nova” Jó 14.7-9.

Quando Jó falou sobre a árvore, estava falando sobre sua própria vida (Jó 29.19). Ele havia perdido quase tudo o que possuía. As bênçãos materiais se foram. Ele se tornou como a árvore devastada e destruída, porém sobrevivente por causa de suas raízes. A tribulação veio sobre Jó para testá-lo. Contudo, suas raízes estavam firmes em Deus. Por isso, ele pôde brotar novamente, como se lê no capítulo 42.

Deus pode permitir que percamos o que é aparente. Ficará apenas o que é interior. É nessa hora que conhecemos o verdadeiro cristão, ao vê-lo permanecendo firme pela fé. O falso se escandaliza, blasfema contra o Senhor e se desvia do evangelho.

ONDE ESTAMOS PLANTADOS?

A vida, o crescimento e a utilidade de uma árvore dependerão diretamente do solo onde está plantada. Se estiver em local inadequado, como um pântano ou entre as pedras, poderá definhar e morrer. O Salmo 92 diz que o justo deve estar plantado “na casa do Senhor”, “nos átrios do nosso Deus”.

A natureza da árvore, por si só, não garante sua sobrevivência e produtividade. O ambiente também é importante, na medida em que oferece um conjunto de fatores favoráveis ao pleno desenvolvimento da planta. Da mesma forma, o cristão precisa estar plantado no lugar certo. Ele não pode pensar que irá crescer e frutificar em uma seita herege, ou em local onde se veja vinculado à prática pecaminosa.

Se, porém, sabemos que estamos plantados num bom terreno, precisamos permanecer nele. Pode ser necessário mudar uma planta de lugar, mas isso não pode se tornar rotina, pois impedirá o crescimento da mesma. O transplante contínuo impede o lançamento de raízes. É o caso de quem vive mudando de igreja ou de denominação. Mudanças podem ser necessárias e importantes, mas não devem se tornar costume ou modo de vida (Heb.10.25).

DEMONSTRAMOS FIRMEZA OU INSTABILIDADE?

O cristão não pode ser nômade, mutante ou uma “metamorfose ambulante”. As árvores, normalmente, permanecem onde estão. Nossos deslocamentos, se necessários, devem ser feitos com cuidado e oração. O ímpio pode ser “como a palha que o vento dispersa” (Salmo 1), mas o justo é estável.

Muitas pessoas apresentam uma preocupante instabilidade em suas vidas. Não se firmam no emprego, na igreja, na profissão, na escola, no casamento, etc. Esse modo de vida parece favorável aos propósitos do inimigo. Imagino que ele fica muito satisfeito quando alguém chega a uma etapa avançada da vida e não tem emprego, nem profissão definida, nem estudos, nem recursos materiais, nem família, nem igreja. É o caso de quem nunca criou raízes. Uma pessoa assim pode até defender o valor de sua liberdade e independência. Contudo, será solitária, frustrada e fracassada.

Muitas mudanças podem ocorrer em nossas vidas, mas uma hora, e que não seja muito tarde, precisaremos parar, crescer e frutificar.

A instabilidade pode ocorrer por falta de paciência. Alguns querem que o fruto apareça instantaneamente. Não é assim. Conseguem um emprego e já querem promoção imediata. Se isso não acontece, já se mostram desanimados e querem ir embora. O mesmo acontece com aqueles que se convertem e querem que Deus faça tudo em suas vidas em pouco tempo. Não é assim. Se estamos plantados num bom lugar, precisamos ficar firmes, esperando a estação dos frutos.

“Portanto, irmãos, sede pacientes até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba as primeiras e as últimas chuvas. Sede vós também pacientes; fortalecei os vossos corações, porque a vinda do Senhor está próxima. Não vos queixeis, irmãos, uns dos outros, para que não sejais julgados. Eis que o juiz está à porta. Irmãos, tomai como exemplo de sofrimento e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor. Eis que chamamos bem-aventurados os que suportaram aflições. Ouvistes da paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu, porque o Senhor é cheio de misericórdia e compaixão” Tg.5.7-11.

QUAIS SÃO NOSSAS RAÍZES?

Assim como as árvores, o cristão precisa ter raízes fortes e profundas. Raízes são vínculos, tudo aquilo que nos prende a alguém, a um lugar, etc. Precisamos ter vínculos. Devem existir pessoas que contam conosco e com as quais possamos contar também. Ninguém deve estar solto por aí.

Muitos parecem ter aversão a vínculos. Não querem se envolver. Talvez, por causa de experiências negativas no passado, tornam-se fugitivos, evitando compromissos, relacionamentos sérios e responsabilidades.

Isto pode ser visto nas relações pessoais e também na igreja. Algumas pessoas evitam o batismo e a membresia. São eternos visitantes. Não se envolvem, não participam ativamente em sua comunidade.

Precisamos ter raízes na igreja (Ef.3.17-18; Heb.10.25). A fé e o amor são vínculos que nos unem a Cristo e aos irmãos, mas isso não acontece automaticamente. Precisamos aprofundá-los mediante a ação da nossa vontade, com determinação e compromisso, que se manifestam em forma de participação e trabalho, com perseverança obstinada.

Tendo encontrado uma congregação de irmãos, cada cristão, sob a direção do Senhor, deve ficar ali e criar vínculos. Assim, estará plantado e poderá crescer e frutificar. Pode ser necessário mudar de congregação, mas isso não deve ser freqüente. A igreja local é nossa família. Trocar de família não é algo que se possa considerar normal, embora possa ser necessário por algum motivo raro e especial.

Precisamos ter raízes em Cristo (Cl.2.6-7; Is.53.2; Ap.5.5). Estaremos agarrados nele como uma árvore está agarrada ao chão. Não vamos cair por causa de um escândalo. Não vamos abandonar o Senhor.

Precisamos ter raízes na palavra de Deus (Cl.1.23). Devemos conhecê-la e ser apegados a ela.

Precisamos ter raízes nos compromissos e propósitos estabelecidos. Não seremos levianos. Leviano significa “leve”, ou seja, sem peso, podendo ser levado por qualquer vento. É o tipo de pessoa que não se firma em coisa alguma. Não cumpre os compromisso, não realiza o que foi prometido, nem termina o que foi iniciado.

Como se faz para que uma árvore lance raízes? Não temos como obrigá-la a fazer isso, mas ela o faz por força de sua própria natureza. Podemos, porém, contribuir discretamente. Basta que a deixemos permanecer em um lugar adequado e a cultivemos, dando-lhe água, adubo e livrando-a das pragas. São cuidados iniciais importantes. Tal é o trabalho do líder que cuida dos filhos de Deus na igreja. Além disso, cada cristão é responsável por si mesmo, no sentido de se deixar cuidar e também cuidar-se, buscando o conhecimento bíblico e experiências profundas com Deus.

AS ÁRVORES MORTAS

A igreja primitiva teve problemas com pessoas sem raízes. Eram falsos cristãos, ou mesmo falsos mestres, que queriam benefícios sem compromisso (Jd.4,12,13; IIPd.2.1,13-17). Eram como estrelas errantes, sem rumo, sem referência, sem vínculos. Precisamos tomar cuidado com quem aparece de repente, apresentando-se como cristão, sem ligação com nenhuma congregação específica. Esse tipo de pessoa, normalmente, cria problemas por onde anda, pois está apenas em busca da satisfação de seus próprios interesses. Não está ligado à igreja nem ao Senhor Jesus. Árvore sem raiz não produz coisa alguma. Torna-se infrutífera e inútil. Este é o desejo do inimigo, mas o propósito do Senhor é que estejamos arraigados nele, firmes, inabaláveis, e sempre frutíferos para a sua glória.

Anísio Renato de Andrade – Bacharel em Teologia.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Lição 03 DAVI NA CORTE REAL – VIVENDO COM SABEDORIA/ SUBSÍDIOS


DAVI NA CORTE REAL – VIVENDO COM SABEDORIA
Texto Áureo: I Sm. 18.5 - Leitura Bíblica em Classe: I Sm. 16.18; 18.2-5, 13, 14

Objetivo: Mostrar que Deus deu a Davi unção bem como prestígio diante de Israel, e ele se conduziu com prudência na presença de seus líderes, amigos e auxiliares.

INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos a respeito das qualidades de Davi, dentre elas, destacaremos a sabedoria. Na verdade, de nada adianta ter muitos atributos pessoais e não saber utilizá-los adequadamente. Meditaremos, inicialmente, a respeito de como Davi fez uso de suas qualidades no palácio, principalmente da prudência, sinônimo, na lição, de sabedoria. Ao final, refletiremos a respeito da importância da sabedoria e do controle da língua nos relacionamentos pessoais.

1. AS QUALIDADES DE DAVI
Depois de ter sido rejeitado por Deus, e a conseqüente perda de apoio de Samuel, Saul ficou atordoado, e passou a precisar de ajuda, inclusive psicológica. De vez quando, conforme lemos em I Sm. 16.15-18, o rei de Israel entrava em crise e tinha perturbações mentais, o narrador bíblico declara que a causa dessas crises era um “espírito maligno, enviado por Deus” (v.15). Essa declaração, na verdade, trata-se de um hebraísmo, em outras palavras, o texto diz que Saul sofria de uma insanidade mental, proveniente da atuação diabólica, permitida por Deus. Na época, como ainda é sugerido atualmente, em alguns casos, o tratamento recomendava o uso da música. Os súditos de Saul recomendaram um músico hábil, filho de Jessé de Belém, denominado Davi (v. 16). O instrumento tocado por Davi era a lira (kinnor em hebraico), de menor porte que uma harpa comum, de modo que pudesse ser transportada com facilidade. Mas saber tocar a lira não era a única qualidade de Davi, pois de acordo com o servo que o recomendou ele era “valente, e animoso, e homem de guerra, e sisudo em palavras, e de gentil presença”, e principalmente, que “o Senhor era com ele” (v. 18). É possível que nem todos na igreja tenham essas mesmas qualidades, principalmente a de tocar um instrumento ou se enquadram em determinados padrões de beleza, mas é indispensável que mantenha o controle da língua, que sejam fortes e valentes na luta contra o mal, e principalmente que o Senhor seja com eles.

2. A SABEDORIA DE DAVI NO PALÁCIO
O Senhor era com Davi, por isso, ele ascende do trabalho pastoril para o serviço no palácio real. Isso aconteceu porque Saul não permitiu mais que Davi voltasse para sua terra, retendo-o no palácio real (I Sm. 18.2,5). Durante tal período Davi se portava com lealdade ao rei, ainda que esse o perseguisse. Para aliviar as adversidades em sua vida, decorrentes da inveja de Saul, Deus proveu um amigo para o jovem. Jônatas, o filho e provável herdeiro do trono, percebendo a loucura do pai, fez uma aliança de amizade com Davi. O pacto de amizade entre Davi e Jônatas serve de lição para a construção de laços duradouros ao longo da vida. Amizade sincera é cada vez mais rara, haja vista a cultura da individualidade e a busca desenfreada pela satisfação própria que leva à barganha. Jônatas esteve disposto a sacrificar-se por Davi várias vezes (I Sm. 18.4; 20.4). Diante das atitudes insanas de seu pai Saul, Jônatas defendeu seu amigo (I Sm. 19.4). Não havia sentimentos de ciúme, inveja ou mesquinhez em Jônatas. Ele era amigo de Davi, e o defendeu porque discernia as reais intenções do coração do seu amigo. Nos momentos mais difíceis Davi contou com as palavras de encorajamento de Jônatas (I Sm. 23.15,16). Por causa de sua sabedoria (prudência), Davi era amado não apenas por Jônatas, mas também por todos os servos do rei (I Sm. 18.6-7) e isso, certamente, incitava mais ainda o ciúme de Saul.

3. SABEDORIA NOS RELACIONAMENTOS
Em I Sm. 18, está escrito quatro vezes que Davi prosperou, ainda que o rei estivesse contra ele. Mas isso não importava, pois mesmo o rei estando contra Davi, o Senhor era com ele (I Sm. 18.14). Além disso, o Senhor favoreceu Davi com uma outra qualidade, fundamental diante das ameaças desequilibradas de Saul: a sabedoria (prudência). O termo hebraico para prudência (sabedoria) é sakal, que também pode ser encontrado em Pv. 10.19. Nesse versículo essa palavra está associada à pessoa que consegue manter sua boca fechada. Ao invés de se adiantar e dizer palavras fora de propósitos, Davi acatava as circunstâncias com sabedoria. Não foram fáceis as situações pelas quais aquele jovem teve de passar. Em I Sm. 18.8,9 é dito que Saul se indignava contra Davi e não o via com bons olhos. Isso quer dizer que Saul estava tomado pela inveja. Os livros sapienciais nos deixam instruções claras a respeito dos males que a inveja pode causar (Sl. 37.1; 73.3; Pv. 14.30; 27.4; Ec. 4.4; 9.6). Os religiosos entregaram Jesus conduzidos por esse sentimento (Mt. 27.18; Mc. 15.10). As primeiras perseguições aos apóstolos também decorram da inveja (At. 13.45; 17.5). Paulo orienta os cristãos para que não sejam tomados por ela (Rm. 13.13; I Co. 3.3). O cristão espiritual não segue o caminho carnal de Saul, não se deixam conduzir pela inveja. Antes se posiciona com sabedoria, mantendo o devido equilíbrio em todas as circunstâncias, não falando demais, controlando sua língua nas ocasiões mais adversas (Tg. 3.8; Pv. 10.11,20,32; 21.23; 13.3; Ef. 4.29; Mt. 12.34-37)

CONCLUSÃO
Apesar da perseguição do rei Saul, Davi prosperava em tudo o que fazia porque o Senhor era com ele. A causa do bom êxito de Davi estava nas qualidades que Deus construiu em seu caráter. A principal delas era a prudência, assumida na lição de hoje como sabedoria. Davi sabia se relacionar com as pessoas, com seus amigos, servos do palácio real, e principalmente a lidar com as crises insanas do rei Saul. A demonstração mais concreta da prudência de Davi estava no uso da língua. O jovem no palácio sabia o momento de falar e de ficar calado. Nisso consiste a sabedoria, é nessa cercania que habita a prudência (Pv. 11.12; Ec. 3.7; 15.23; 25.11).

BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009
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Fonte:Subsídios ebd

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Ficar ou não - eis a questão


A sociedade humana é dinâmica em suas atitudes e valores. Isto pode parecer positivo, mas é preciso verificar em que sentido caminha a humanidade. A civilização apresenta basicamente dois tipos de mudança constante: científica e comportamental.

Pelo lado tecnológico, ficamos extremamente admirados com tanto desenvolvimento. Em questão de meses, os avanços científicos são ultrapassados por novas descobertas e invenções. A questão comportamental, entretanto, não apresenta progressos, haja vista o fato de ocorrerem guerras em pleno século XXI. Isto, porém, não surpreende àqueles que conhecem as profecias bíblicas (Mt.24). A criminalidade, o terrorismo e a exploração dos ricos sobre os pobres têm crescido assustadoramente.

Na questão dos relacionamentos, os valores morais têm sido abandonados em nome do prazer egoísta, criando também um tipo de exploração. Alguns podem ver tudo isso como “liberdade” ou “modernidade”. Contudo, percebemos a mente de Satanás por trás de novidades como o “ficar”, que é um tipo de relacionamento rápido e irresponsável, onde duas pessoas se entregam uma à outra numa relação de egoísmo em dupla.

Cada um quer o prazer pelo prazer. O valor da outra pessoa é reduzido a nada. Os seres humanos se tornam objetos nesse tipo de relação. É bom lembrarmos que, em muitos casos, o chamado “namoro” pode ter também os mesmos defeitos, mudando apenas o nome e a duração do problema. Aquele que se dispõe a assumir um namoro pode parecer bem intencionado, mas só Deus e a própria pessoa sabem suas verdadeiras intenções.

Se vamos usar alguém e jogar fora, mesmo com o consentimento dessa pessoa, estaremos pecando contra Deus, que nos fez à sua imagem e semelhança, razão suficiente para que nos tratemos uns aos outros com dignidade e respeito. Outro motivo da valorização de cada um é o fato de Cristo ter morrido por nós. Quão grande valor cada pessoa tem aos olhos de Deus! Não podemos reduzir nenhum ser humano ao nível de um objeto descartável.

“Porque esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição, que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santidade e honra, não na paixão da concupiscência, como os gentios que não conhecem a Deus; ninguém iluda ou defraude nisso a seu irmão, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também antes vo-lo dissemos e testificamos. Porque Deus não nos chamou para a imundícia, mas para a santificação. Portanto, quem rejeita isso não rejeita ao homem, mas sim a Deus, que vos dá o seu Espírito Santo” (ITss.4.3-8).

É compreensível que os ímpios cometam vários tipos de imundícias, mas o caminho do cristão é outro. Todo relacionamento sentimental do servo de Deus deve ter em vista o casamento. É verdade que, por motivos diversos, nem todo namoro conduz ao matrimônio, mas o propósito fundamental deve ser esse. Não é que o João vá namorar a Maria com certeza prévia de se casar com ela, mas, pelo menos, que essa possibilidade esteja sendo avaliada seriamente. O namoro como um fim em si mesmo não é bom e pode gerar muitos pecados.

Algumas pessoas reclamam da solidão, como se isso fosse o fim do mundo. É claro que uma vida de solidão é terrível, mas um adolescente, por exemplo, deve se satisfazer com a companhia dos amigos, da família e dos irmãos em Cristo. Pensar que um namoro ou um “ficar” seja a solução para a solidão pode ser uma idéia maligna, uma porta aberta para relações desnecessárias, fora do tempo, e que podem trazer danos permanentes para a vida.

Jeremias escreveu: “Bom é o Senhor para os que esperam por ele, para a alma que o busca. Bom é ter esperança, e aguardar em silêncio a salvação do Senhor. Bom é para o homem suportar o jugo na sua mocidade. Que se assente ele, sozinho, e fique calado, porquanto Deus o pôs sobre ele” (Lm.3.25-28).

Estar solitário por algum tempo não é o fim do mundo. É importante saber esperar o que Deus tem para cada um, sabendo que o Senhor é bom e tem o melhor para nós.

Não podemos fazer regras muito definidas sobre namoros, mas uma coisa é absolutamente clara nas Escrituras: o solteiro não pode ter relações sexuais (Dt.22.20-29; ICo.7.2). Aquele que transgride nessa área está cometendo o pecado da prostituição, ainda que seja com um namorado ou noivo. O jovem cristão não pode falhar nesse ponto, pois seu corpo é o templo do Espírito Santo. Os riscos são muito grandes e as conseqüências podem ser terríveis. Quando a mãe de Jesus concebeu pelo poder do Espírito Santo, ela estava noiva e era virgem. Se tivesse se entregado a José antes do tempo, tornar-se-ia desqualificada para o propósito de gerar o Messias.

Por quê existe tanto regulamento a respeito da sexualidade? O sexo é algo sagrado, porque através dele transmitimos a vida. Isto não pode ser feito de modo irresponsável.

A virgindade deve ser valorizada pelos servos e servas de Deus até que se chegue ao matrimônio. Aquele que se entrega antes do casamento, está desonrando seu futuro cônjuge, mesmo sem conhecê-lo.

A "liberdade sexual" é considerada muito normal hoje em dia. Pode ser normal para o diabo e para todos aqueles que quiserem morar com ele no inferno. Para o critão, normal é ser santo.

Além disso, especialistas afirmam que aqueles que chegam virgens ao casamento terão maior probabilidade de permanecerem casados, pois não terão experiências íntimas anteriores como elementos de comparação. Quem nunca se prostituiu dificilmente irá adulterar. Por outro lado, aquele que se acostumou com a variedade de parceiros em sua vida sexual terá grande dificuldade para ser fiel.

Se carregamos o nome de Jesus sobre nós, se nos declaramos filhos de Deus, precisamos honrar seu santo nome. Caso contrário, o Senhor se envergonhará de nós no dia do juízo e de forma alguma entraremos no seu reino, conforme se vê claramente em Gálatas 5.19-21, exceto se houver arrependimento e mudança. Ainda assim, as conseqüências do pecado acontecerão nesta vida porque “aquilo que o homem semear, isto também ceifará” (Gálatas 6.7).

Os relacionamentos do servo de Deus devem ser pautados pelo amor e pela responsabilidade. Uma coisa não pode ser separada da outra.

Falamos muito sobre o plano de Deus para nós, mas devemos nos lembrar também de que existem os planos de Satanás para cada um. O inimigo deseja que cada jovem se relacione de modo irresponsável com muitos outros, deixando pessoas feridas e traumatizadas pelo caminho. Ele quer também que isto seja motivo para que muitos se esfriem espiritualmente e abandonem a igreja, enquanto outros, olhando de fora, queiram distância do cristianismo. O Diabo pretende também que, num desses relacionamentos, aconteça uma gravidez indesejada e, quem sabe, até um aborto? O inimigo quer que o jovem de hoje seja o adulto deprimido de amanhã, com lembranças amargas, consciência pesada e reputação destruída. Que tal uma aids também para completar?

Cada jovem deve avaliar a sua vida para saber se está no caminho de Deus ou se está colocando em execução os planos de Satanás.

Nem tudo o que o mundo faz nós podemos fazer. Afinal, somos filhos do Rei. Não podemos sair por aí fazendo tolices. Precisamos honrar nosso Pai, sabendo que ele tem o melhor para nós.

“Sujeitai-vos a Deus; resisti ao Diabo e ele fugirá de vós” – Tiago 4.4.


Anísio Renato de Andrade
Bacharel em Teologia

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

SALMO 23

O Senhor é o meu pastor - Salmo 23


A criação de ovelhas era uma das atividades econômicas mais comuns em Israel e em outras nações na época do Velho Testamento. Davi, antes de ser rei, foi pastor de ovelhas (I Samuel 16.11). Ao escrever o salmo 23, o autor tinha em mente todo o seu cuidado para com as ovelhas e tomou isso como exemplo do cuidado de Deus para conosco.

Por isso ele disse: "O Senhor é o meu pastor." Davi sabia que Deus, sendo o seu pastor, cuidaria dele. Observe que o salmista utiliza em todo o salmo as conjugações da primeira pessoa do singular. O texto está falando de uma experiência pessoal e intransferível que cada pessoa deve ter com Deus.

"O Senhor é o meu pastor; nada me faltará." Isso não significa que Deus nos dará tudo o que queremos, mas nos dará tudo o que precisamos. Mas isso só acontecerá se o Senhor for realmente o nosso pastor, ou seja, se ele estiver conduzindo as nossas vidas. Se nós só fazemos a nossa própria vontade, escolhendo os caminhos que agradam ao nosso coração, mesmo sendo em direções pecaminosas, então o Senhor não é o nosso pastor. Mas se estamos vivendo de acordo com a sua vontade para nós, então estamos seguindo o Senhor como suas ovelhas. Portanto, tudo começa com compromisso e obediência. Essa é a essência do versículo 1. Se estou comprometido como ovelha, para obedecer e seguir ao Senhor, então ele está comprometido comigo para cuidar de mim e me dar tudo o que preciso.

"Nada me faltará." Está faltando alguma coisa em sua vida? Talvez você pense que sim, mas pense novamente. Muitas vezes temos um ilusório sentimento de falta. Isso pode ser maligno. Deus nos deu pão e achamos que falta manteiga. Deus nos dá manteiga e achamos que falta queijo. Deus nos dá queijo e achamos que falta presunto. Afinal, quando Deus nos deu pão, nossa necessidade já estava plenamente suprida. Ao pensar assim, podemos dizer: Graças a Deus! Obrigado, Jesus! Quando os israelitas atravessavam o deserto, Deus lhes deu o maná. Ele vinha todos os dias, exceto no sábado, quando comiam o que restava do sexto dia. Nunca faltava, mas o povo nunca estava satisfeito (Num.11.4-10). Esta insatisfação chama-se cobiça, concupiscência (Ec.6.7; I Jo.2.16). Queriam carne. Deus lhes deu o que pediam, mas isso lhes fez mal (Num.11.31-35). Precisamos ter cuidado com o que queremos. Não estamos impedidos de orar pedindo algo que não seja pecaminoso. Contudo, precisamos estar dispostos a receber um "não" como resposta. Então, paramos de pedir (II Cor.12.8-9).

"Nada nos faltará." Realmente, nada nos tem faltado. O que precisamos o Senhor nos tem dado. Se alguns desejos legítimos não foram ainda atendidos, sabemos que para tudo Deus tem um tempo certo. Nada nos faltará no momento em que o suprimento se fizer necessário e oportuno.

Algumas vezes Deus nos dá muito mais do que aquilo que precisamos. Então passamos a ter em abundância. O nosso cálice se enche ao ponto de transbordar (v.5). Então podemos ter a alegria de compartilhar com o nosso próximo, não deixando que o seu cálice fique vazio.

A partir do versículo 2 do salmo 23, o autor mostra o que acontece na vida do servo de Deus. Temos aí muitos pontos pontos positivos, como verificamos nos versos 2, 3, 5 e 6: repouso, descanso, segurança (deitar-me faz...), pastos verdejantes (bom alimento), águas tranqüilas, refrigério para a alma, direção (guia-me); justiça; amor; mesa; óleo (unção); bondade e misericórdia. Essas palavras nos mostram que Deus está atento para suprir as necessidades fundamentais do ser humano, abrangendo questões físicas, psicológicas e espirituais. Só não temos aqui artigos que atendam à cobiça e à soberba. Ele não vai nos deixar sedentos, famintos, perdidos e abandonados

Por outro lado, o texto contém também pontos negativos: O vale da sombra da morte no verso 4 e os inimigos no verso 5. A vara (v. 4), enquanto instrumento de disciplina, pode também ser aparentementenegativa, embora seu objetivo seja positivo.

Isso mostra que a vida com Deus não é uma fantasia, um "mar de rosas". As dificuldades fazem parte do caminho. Ele nos leva pelas "veredas da justiça" e vereda é um caminho estreito. Davi se lembrava de que, quando conduzia as ovelhas, encontrava-se com animais predadores que queriam devorá-las. Ele chegou a matar um leão e um urso para proteger o rebanho (I Samuel 17.36). Do mesmo modo, em nossa vida cristã encontramos o diabo, que ruge como leão tentando nos destruir (I Pedro 5.8). Mas o salmista demonstra sua vitória ao dizer: "Não temerei mal algum porque tu estás comigo." Esta talvez seja a frase de maior destaque no salmo: "Tu estás comigo." O mais importante não é o que Deus pode nos dar mas a sua própria presença conosco. Em qualquer lugar em que ovelha estivesse, ficaria tranqüila ao levantar a cabeça e ver o cajado, pois este seria um sinal de segurança pois o pastor estava presente, atento e cuidadoso.

"O Senhor é o meu pastor; nada me faltará." Não nos faltarão bênçãos. Não nos faltarão lutas nem adversários, mas tudo isso cooperará para o nosso bem, pois a bondade e a misericórdia do Senhor sempre nos acompanharão.

O último versículo nos mostra que essa nossa caminhada com o Senhor é eterna. Depois de atravessarmos o vale da sombra da morte neste mundo, entraremos na casa do Senhor. Lá não haverá mais inimigos nem mal algum. O salmo 23 fala da jornada do salmista durante sua vida, como a ovelha que caminha com o pastor durante todo o dia. Quando se aproxima a noite, as ovelhas são recolhidas. Assim será conosco. Seremos recolhidos à casa do Senhor, onde passaremos a eternidade.

Disse Jesus: "Na casa de meu Pai há muitas moradas... Vou preparar-vos lugar... para que onde eu estiver estejais vós também." (João 14.2-3).

O ministério pastoral


Além das considerações sobre nossa relação pessoal com o Senhor, podemos ler o salmo 23 tendo em mente o ministério pastoral exercido na igreja, embora não tenha sido este o objetivo do autor. Através dessa passagem bíblica podemos perceber características necessárias aos pastores e outros líderes, como imitadores e representantes do Sumo Pastor.

O amor (v.3) é o primeiro requisito para o ministério pastoral. O pastor precisa ser bondoso e misericordioso (v.6). Precisa amar ao Senhor, amar as ovelhas, amar a obra de Deus. Em segundo lugar, a justiça (v.3) deve pautar o exercício do ministério. A corrupção, a desonestidade, a mentira, a injustiça e a arbitrariedade não se coadunam com os propósitos de Deus.

O pastor deve alimentar as ovelhas (v.2), dando-lhes o mais puro alimento espiritual, que é a Palavra de Deus. Isso requer preparo, dedicação e habilidade. Muitos estão preocupados é em alimentar-se das ovelhas. O sustento do obreiro é legítimo e necessário. Contudo, não se deve admitir que as ovelhas sejam espoliadas, exigindo-se-lhes contribuições compulsórias ou trabalho forçado. Ofertas sacrificiais podem ser algo maravilhoso, mas devem ser voluntárias por parte daqueles que as realizam, e não resultado de manipulação, pressão ou constrangimento. O pastor deve visar, em primeiro lugar o benefício das ovelhas e não o seu próprio. Se o pastor engorda e as ovelhas definham, algo está muito errado. Tais considerações se referem aos falsos pastores, mas é importante que os verdadeiros também estejam sempre atentos a isso para não incorrerem em erro.

O pastor deve guiar as ovelhas (v.2). Esse ministério inclui o ensino, o aconselhamento, a admoestação, sempre visando o melhor caminho para a ovelha. O líder precisa ajudar seus liderados em suas decisões, mas isso não significa decidir no lugar deles. Esse papel de condutor pressupõe experiência anterior. O pastor só pode levar as ovelhas em caminhos por onde ele mesmo já tenha passado. Assim, observamos que o neófito ou novo convertido não está ainda apto para o ministério (I Tm.3.6). Entusiasmo não substitui a experiência. É muito difícil dizer qual seria o tempo necessário entre a conversão e o ministério, mas o certo é que, antes de ser pastor, a pessoa precisa ser ovelha durante o período suficiente para conhecer os caminhos dos "pastos verdejantes" e as formas de combate ao adversário. O candidato ao ministério deve conhecer muito bem a bíblia e ter também conhecimento de Deus através de experiências espirituais. O tempo que os discípulos tiveram com Jesus antes de exercerem seus próprios ministérios é uma boa referência. O pastor prematuro pode ser uma fonte de heresias, colocando em risco a saúde e a vida das ovelhas.

Guiar não é sinônimo de manipular. A exigência pela obediência tem sido usada por muitos para que seus liderados façam tudo o que o líder quer. Isso, em muitos casos, tem chegado a extremos absurdos. Dizendo ser a vontade de Deus, muitos líderes levam suas ovelhas para o caminho do abismo. Por isso, é importante que cada cristão examine a bíblia, que funciona como bússola para sabermos se a direção dada pelo líder está certa (At.17.11). Se estiver coerente com as Escrituras, então vamos segui-lo, vamos apoiá-lo com nossos recursos e nossas forças. Caso contrário, precisaremos rever nossa posição e compromisso.

Outro fator importante é a pluralidade ministerial na igreja. É importante que haja apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres, tudo no plural, conforme está em Efésios 4.11. Esses homens devem atuar em conjunto, devem ouvir uns aos outros, afim de que não prevaleça a vontade de um homem, mas o entendimento da vontade de Deus (At.15).

O líder deve ser um orientador e não um dominador do rebanho (I Pedro 5.1-3). Dominador é aquele que tem o domínio, ou seja, é o Senhor. Somente ele é o dono das ovelhas. Os pastores humanos são cuidadores, orientadores, mas não são os donos. Não está certo o líder querer controlar a vida das pessoas. Ele deve ensinar os princípios divinos para uma vida reta. Depois, deve deixar que cada um decida livremente o que fazer. Não é o líder quem deve decidir sobre o casamento, a casa, o emprego, a viagem ou os negócios dos membros da igreja. Nem deve exigir que tudo lhe seja comunicado no que diz respeito à vida particular. Isso se torna um fardo insuportável, além de não ter fundamento bíblico. Um pastor não deve ser um ditador.

O pastor deve guiar mansamente (v.2). Não basta fazer o trabalho. Precisamos ver como o trabalho está sendo feito. O modo está em destaque: mansamente. A ovelha é um animal dócil e frágil. Precisa de proteção e não de espancamento. Embora existam também bodes no meio do rebanho, nem a eles o Senhor mandou maltratar (II Tm.2.25). Afinal, espiritualmente falando, é muito difícil discernir quem é bode e quem é ovelha. Seria como separar o joio do trigo, e essa tarefa cabe a Deus e não a nós (Mt.13.28-30; Mt.25.33). O pastor precisa ser manso e humilde com suas ovelhas. Mesmo quando falar do pecado, deve fazê-lo com mansidão (Gálatas 6.1), pois o próprio líder, se pecar, desejará ser tratado da mesma forma.

O pastor é aquele que vive para livrar as ovelhas da morte, para salvá-las das garras do leão. Que Deus abençoe os nossos pastores, que tanto têm trabalhado, dando suas vidas pelas ovelhas. Que Jesus, o pastor de todos nós, lhes dê a recompensa pelo seu esforço nessa causa tão nobre.

Anísio Renato de Andrade

Bacharel em Teologia

 
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