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terça-feira, 21 de setembro de 2010

A acusação do Diabo e a justificação de Deus


“Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus, é Deus quem os justifica” (Rm 8:33)


- Desde o princípio, a acusação sempre foi uma das principais armas do inimigo do homem. A acusação limita o desenvolvimento espiritual mantendo o homem para baixo e incapaz de viver em plena comunhão com seu Criador.


Há uma passagem que não me sai da cabeça desde que vim para Cristo e nunca vai sair do meu coração. Zc. 3:1-4. O Sacerdote Josué era homem de Deus, era um homem aprovado por Deus, mas mesmo assim o Diabo o deixou com as vestes sujas. Isto nos prova que não basta ser bom, na verdade a nossa justiça não nos leva a ao céu. (Isaías, Paulo, Jeremias). O homem natural já nasce em pecado por isso que Jesus disse: “Necessário vos é nascer de novo” Quando Deus recebia o sacrifício de Noé Deus dizia: Não vale a pena contender com o homem porque ele é mal desde a sua meninice. Satanás sabendo disto nos acusa terrivelmente e assim acusava o Sumo Sacerdote Josué.


Cada pecado citado por Satanás manchava um pouco mais a roupa do Sacerdote Josué, e o pior: era tudo verdade. Notem que as nossas obras não nos levam ao céu por isso está escrito: Pela graça sois salvos mediante à fé, e isto não vem de vós é dom de Deus (Ef. 2:8).


Veja que Satanás não brinca e é tão sagaz que na carta de Judas ele se sente no direito de requerer o corpo de Moisés chegando até a lutar com o Arcanjo Miguel. Satanás não vai requerer algo que ele não tenha direito. Ele queria não só a alma, mas também o corpo de Moisés, e tinha argumentos fortíssimos para isto. 1) Moisés havia matado um homem, 2) Não circuncidou seu filho, desobedecendo a ordem explícita de Deus para com o povo de Israel. 3) Feriu a rocha ao invés de falar à rocha. Mas Moisés era um escolhido de Deus e quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? E o próprio Arcanjo Miguel dizia para Satanás: O Senhor te repreenda!


Certa vez Jesus disse a Pedro: Satanás está te cirandando, de olho na sua vida Pedro, mas eu roguei ao Pai por ti. Há um que roga por nós, senão já estaríamos consumidos e Pedro também foi justificado pela interseção de Jesus.


Ora se o sumo Sacerdote Josué, Moisés e o Apóstolo Pedro, homens de Deus foram sujeitos à acusação do Diabo e poderiam se não fosse a Justiça de Deus chamada Cristo irem para o inferno, quem dirá nós?


Mas quando ele nos acusa, há um na destra do pai que nos defende e diz ao Pai: É verdade Pai toda acusação é verdade, mas este meu filho em tal dia (que pode ser hoje) fez um concerto comigo eu estou com ele e pelo meu sangue o tenho justificado. Ele se arrependeu deixou o que não te agrada por isso alcançou misericórdia.


Desfaço toda a sua transgressão como a névoa e os seus pecados como a nuvem. Pai não atente para a acusação do Diabo porque eu remi este homem, eu remi esta mulher ele é meu, ela é minha. E Deus, Grande Juiz, bate o martelo e diz: Absolvido, absolvida, pelo sangue do cordeiro. “Quem intentará...”


O sacrifício de Cristo é a Justiça de Deus para nós. Cristo é nossa justiça,

Ora se Cristo morto nos reconcilia a Deus quem dirá ele hoje vivo, intercedendo por nós junto ao Pai!

Busquemos pois a vida nova com o Senhor, triunfando sobre as acusações e culpas lançadas pelo inimigo das nossas almas que tanto procura nos prender. Isto vencemos praticando uma nova vida em Cristo.


Você é um escolhido de Deus, você é uma escolhida de Deus! Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus, é Deus quem os justifica!


Amém.

Autor:Fernando de Oliveira

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O DESAFIO DE ROMPER LIMITES


Depois de conhecer nossos limites, precisamos vencer muitos deles.

Uma das responsabilidades dos pais é estabelecer limites para os filhos. Durante a infância e adolescência, essa difícil tarefa representa a maior parte do que chamamos educação. Isto é feito por necessidade e até mesmo por medo. Ensinamos, desde cedo, que o filho não deve ir longe, porque os perigos são muitos. Não há como condenar tais atitudes dos educadores, pois muitas dessas orientações são pertinentes e indispensáveis. Ninguém pode viver sem limites. Entretanto, o que se observa, na idade adulta, é que as pessoas tornaram-se limitadas demais e precisam de estímulos para saírem do lugar.

É como a história daquele elefante de circo que foi amarrado a uma estaca quando era filhote. Puxou, debateu-se, feriu-se, mas não conseguiu se soltar. Finalmente, desistiu de tentar e, mesmo depois de adulto, a pequena estaca continua sendo suficiente para prendê-lo, ainda que a força do animal seja muito maior do que era no princípio. De fato, como disse o domador, ele desconhece sua capacidade. Nisto consiste a essência dos condicionamentos.

Um bom exemplo de determinação e progresso foi o do profeta Eliseu. Enquanto acompanhava Elias, ele foi aconselhado a ficar em alguma das cidades por onde passavam. Contudo, o discípulo estava determinado a continuar seguindo seu mestre. Por causa de sua perseverança, testemunhou o arrebatamento de Elias e recebeu porção dobrada do Espírito (II Rs.2.1-15). Ficar no meio do caminho seria uma forma de limitar suas experiências e seu ministério. Semelhantemente, os discípulos que perseveraram em seguir a Cristo também testemunharam sua subida ao céu e receberam o Espírito Santo.

Isto nos faz pensar também na visão de Ezequiel (47.1-12), na qual o profeta foi conduzido ao rio que saía do templo. Não lhe seria suficiente contemplá-lo de longe ou permanecer às suas margens. Ele deveria entrar nas águas, deixar-se envolver e avançar dentro delas, alcançando profundidades cada vez maiores, até que precisasse nadar, por não ser possível prosseguir andando. Isto é ultrapassar os limites da razão e viver pela fé. É ir além das situações controláveis, confortáveis e previsíveis, mas sempre em obediência ao Senhor.

Este é o desejo de Deus para nós. Precisamos ir mais longe nas nossas experiências com ele.

Lendo os evangelhos, percebemos que Jesus vivia rompendo limites. Ele foi além daquilo que dele se esperava, superando as tradições religiosas e a lei mosaica.

Cristo rompeu limites quando, aos 12 anos, discutiu com os doutores da lei (Lc.2.46). Contrariou as expectativas de todos, quando, ao invés de continuar no ofício de José, tornou-se pregador e Mestre (Mc.6.3). Foi além ao anunciar uma mensagem diferente dos rabinos de sua época. Escandalizou os discípulos, indo à cruz. Venceu o limite da morte, quando ressuscitou e subiu ao céu. Ele fez tudo isso sem pecar, sem ultrapassar a vontade do Pai. Este era seu único parâmetro.

Quando falamos a respeito das realizações de Jesus, algumas pessoas argumentam que ele fez tudo aquilo porque era Deus e nós, como meros humanos, não podemos imitá-lo. Entretanto, Cristo, além de romper limites, viveu ensinando os discípulos a fazerem o mesmo. Eles não morreriam na cruz para salvar o mundo, mas fariam obras semelhantes às que Jesus fez e outras maiores (João 14.12).

Não estamos falando de ultrapassar os limites éticos que regem as nossas vidas (nem o limite do cheque especial ou do cartão de crédito) (nem o limite de velocidade no trânsito), mas de romper limitações desnecessárias, verdadeiras barreiras que impedem o nosso crescimento.

Quando Pedro perguntou se deveria perdoar seu irmão sete vezes, talvez pensando que seria grande virtude, Jesus disse que o perdão deveria ser concedido setenta vezes sete (Mt.18.21-22). Essa passagem deve conduzir-nos à reflexão. A matemática de Jesus é diferente da nossa. O resultado que ele propõe é muito maior. Pedro propôs um número apenas. O Mestre acrescentou mais um para multiplicá-lo. Não sei se Pedro conseguiu fazer as contas, mas deve ter ficado surpreso com a resposta. O homem sem Jesus vai, talvez, até o número sete. Com Jesus podemos ir, se quisermos, ao 490, 4900, etc.

Fazemos pouco e achamos que é suficiente. Queremos ir até determinado ponto, mas Jesus quer nos levar além. Estamos satisfeitos com o que já realizamos, mas o Senhor deseja que façamos muito mais. Foi isso que ele mostrou aos discípulos, quando afirmou que a justiça deles deveria superar a dos escribas e fariseus (Mt.5.20). Podemos fazer um pouco mais (ou muito mais). Não devemos parar onde estamos, pois corremos o risco do retrocesso. Precisamos ir além dos limites que nós mesmos criamos, ou criaram para nós, e que agora servem para restringir nossa experiência espiritual.

Estamos limitados em nossas iniciativas de oração, jejum, leitura bíblica, estudo, evangelização e comunhão? Somos "econômicos" como Pedro? Tudo o que fazemos para Deus representa sementes que espalhamos.

"Mas digo isto: Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e aquele que semeia em abundância, em abundância também ceifará." (IICo.9.6).

Os resultados que obtemos em nossa vida espiritual são diretamente proporcionais aos limites que estabelecemos. A fonte é inesgotável, mas os nossos recipientes são muito pequenos.

Abraão sofria por não ter filhos e sonhava em ter apenas um. Então, Deus lhe disse:

"Olha agora para o céu, e conta as estrelas, se as podes contar; e acrescentou-lhe: Assim será a tua descendência" (Gn.15.5).

Precisamos olhar para cima e começar a perceber a grandeza do Deus a quem nós servimos.

Jesus ensinou, no sermão da montanha, o rompimento de muitos limites, de modo que os discípulos deveriam obedecer não apenas aos requisitos mínimos estabelecidos por Moisés, mas ir além, no sentido de agradarem a Deus de forma mais completa. Assim, além de não adulterarem, evitariam a má intenção e o olhar impuro (Mt.5.27-28). Além de não matarem, evitariam o ódio e as ofensas verbais (Mt.5.21-22). A obediência à lei seria pouco diante dos propósitos de Cristo.

"A qualquer que te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; e ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; e, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas" (Mt.5.39-41).

Talvez pensemos em rompimento de limites como uma atitude de conquistas cada vez maiores. Está certo, mas existe também o aspecto de renúncias cada vez maiores, de acordo com o propósito de Deus e a experiência individual. Afinal, quem avança, deixa muitas coisas para trás. Renúncias e conquistas sempre estão ligadas. Não podemos ter o Egito e Canaã ao mesmo tempo.

Fazer apenas aquilo a que somos obrigados é pouco. Jesus disse que o servo que só faz o que foi mandado é inútil (Lc.17.10). Cumprir apenas a exigência e o costume é pouco. Precisamos ir além, no sentido de sermos melhores do que somos, vivendo como o atleta que sempre busca ultrapassar seu próprio recorde.

Desconfio que a vida cristã de muitas pessoas possa ser comparada a uma receita de bolo: uma colher de oração, duas xícaras de leitura bíblica, uma pitada de fé, um culto por semana, uma ceia por mês. Penso que estamos sendo econômicos demais, quando não deveríamos ser.

Criamos muitas restrições: Vou ao culto, mas não ao monte. Evangelizo na praça, mas não entro em hospitais. Leio os salmos, mas não leio Apocalipse. Oro por enfermos, mas não expulso demônios. Assim, evitamos o conhecimento e maiores experiências com Deus. Não estamos tratando de obrigações, mas de ir além delas.

O apóstolo Paulo também queria que os irmãos fossem além do que já haviam conquistado. Nesse sentido, escreveu aos coríntios: "O que fala em língua, ore para que a possa interpretar" (ICo.14.13). É preciso avançar.

Nenhum de nós poderá fazer tudo sozinho, pois os membros do corpo são muitos e cada um tem sua função. Entretanto podemos fazer mais, dentro da nossa área de atuação. Os mais dedicados e versáteis serão como as mãos, que podem fazer inúmeras coisas. Os mais especializados serão como os olhos, que fazem uma coisa só, mas que o façam com excelência.

Em suas últimas palavras aos discípulos, Jesus os estimulou novamente ao rompimento dos limites ao dizer:

"Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra". (At.1.8).

O projeto de Cristo é ambicioso (no bom sentido). Se somos seus discípulos, precisamos acompanhá-lo, rompendo fronteiras e barreiras para levar a muitos a boa palavra de Deus.

"Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, a esse seja glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém" (Ef.3.20-21).


Anísio Renato de Andrade
Bacharel em Teologia

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

DOIS DISCÍPULOS NA CONTRAMÃO

O propósito de Jesus começaria em Jerusalém, mas eles foram para Emaús.

No terceiro dia, após a morte de Jesus, dois discípulos saíram de Jerusalém para Emaús, aldeia que ficava a cerca de 11 Km. (Lc.24.13). Para eles, era o fim de um sonho. Jesus, aquele que deveria vencer os romanos e restaurar o reino de Israel, conforme criam, tornou-se apenas mais uma ilusão, entre tantas outras.

A perseguição dos religiosos contra Cristo havia chegado ao extremo. Ele foi preso e crucificado. Apesar de todos os avisos, seus seguidores não esperavam pela crucificação. Sua expectativa sobre o ministério de Jesus era de uma redenção política para a nação judaica. Portanto, estavam frustrados.

Ainda hoje, muitos adeptos do cristianismo se decepcionam porque neste caminho existe uma cruz, aquela da renúncia pessoal, da mortificação da carne, para que o espírito prevaleça. Quem acredita num evangelho humanista concentrado nas coisas materiais vai se frustrar, mais cedo ou mais tarde. Mas a cruz pode surpreender até mesmo aqueles que esperam por ela, mas ainda não conhecem os aspectos exatos de sua manifestação.

Aqueles três dias foram de silêncio mortal: nenhum milagre, nenhuma resposta dos céus. Não se encontravam explicações para a cena do Calvário. De que valera a fé, os ensinamentos e todo o esforço dedicado em seguir o Mestre? Era o fim da esperança. Restavam apenas tristeza e desilusão.

Na percepção daqueles homens, era tempo de desistir, debandar, cada um para sua casa, sua vida e seus propósitos particulares. A visão humana é muito diferente da visão divina. Fazemos uma avaliação lógica dos fatos e tiramos conclusões que, muitas vezes, desconsideram a palavra de Deus e a fé.

Aqueles dias em que Jesus esteve sepultado podem ser comparados ao período em que a semente permanece oculta no solo depois de ter sido semeada. Não há sinal de vida, mas, no tempo certo, ela germinará. O que parece o fim pode ser apenas o recomeço.

Para os discípulos, tudo parecia terminado, mas o propósito de Jesus não havia morrido. Enquanto lamentavam o passado, Cristo inaugurava um futuro glorioso. Sendo o terceiro dia, a ressurreição era uma realidade. Aqueles homens ouviram falar a respeito, mas não acreditaram (Lc.24.22-25).

O plano do Mestre era que eles permanecessem em Jerusalém. Porém, estavam andando na contramão do propósito de Deus, indo para Emaús. Jesus não mandou que eles fossem para lá, mas estavam seguindo a vontade própria.

Naquele momento, Jesus manifestou seu amor e sua infinita misericórdia ao surgir no meio da estrada e caminhar com eles. Sua chegada não foi para repreendê-los asperamente, fazendo-os voltar a todo custo. Jesus demonstrou mansidão e compreensão com os discípulos naquele momento em que a fraqueza os dominava.

Passamos por situações assim, quando parece que a fé falhou. Parece que Deus nos abandonou. Ficamos decepcionados e tomamos o rumo errado. Nossas decisões traçam caminhos que nos afastam do propósito celestial.

Quantos estão voltando para a velha vida, para os compromissos mundanos, para o pecado! Afastam-se dos outros discípulos, saem da igreja, isolam-se. Este pode ser o princípio da apostasia.

Contudo, Jesus continua conosco, embora não o reconheçamos de imediato. Ele não desistiu de nós. Sua presença vem acompanhada por sua palavra (Lc.24.27). Ele continua falando ao nosso coração, fazendo-o arder (Lc.24.32), despertando a fé em nosso íntimo.

Chega o momento, porém, em que precisamos demonstrar nosso desejo de tê-lo continuamente ao nosso lado. Nosso livre-arbítrio deve se manifestar de alguma forma. Naquele instante, quando Jesus ia se afastando, os discípulos disseram: "Fica conosco, pois já é tarde e já declinou o dia" (Lc.24.29). Não podemos continuar nossa viagem sem o Senhor. Clamemos por sua doce presença.

Jesus chegou com eles até Emaús. Novamente, o Bom Pastor demonstra sua disposição em descer aos lugares de perdição para trazer de volta as ovelhas desgarradas.

Então, aconteceu aquele maravilhoso momento de comunhão, quando Jesus abençoou o pão e, partindo-o, deu aos discípulos (Lc.24.30). Então, seus olhos foram abertos, reconheceram que era o Senhor, e ele desapareceu diante deles.

Aqueles homens ouviram a palavra de Deus no caminho, compreenderam, creram, foram vivificados pelo encontro com Jesus e decidiram corrigir o rumo de suas vidas. Assim deve acontecer conosco.

"E na mesma hora levantaram-se e voltaram para Jerusalém" (Lc.24.33).

Afinal, tinham um encontro marcado com o Espírito Santo naquela cidade no dia de Pentecoste.

Eles pensavam que seu ministério havia chegado ao fim, mas aquele era apenas o começo. Tornaram-se testemunhas oculares da ressurreição de Cristo. Encontraram novo motivo para viver. Corrigiram a rota, integrando-se novamente ao rebanho do Senhor.

Então, deveriam retomar a idéia de vencer o Império Romano e estabelecer o Reino de Cristo sobre Israel? Não. O plano de Deus, naquele momento, era um grande combate ao Império das Trevas, e que o Reino espiritual de Cristo começasse a ser estabelecido na terra.

Precisamos estar sintonizados com os desígnios de Deus. Que os sonhos do Senhor sejam colocados acima dos nossos.

Amado irmão, quem sabe você tem andado na contramão dos propósitos de Deus, tomando decisões que o afastam das veredas da justiça? Jesus está ao seu lado, mas ele não ficará para sempre com você em Emaús.

Ouça as palavras do Senhor. Ele está convidando-o a voltar ao caminho direito. Antes que seja tarde demais, volte, para que os gloriosos propósitos de Deus se concretizem em sua vida. Venha ser cheio do Espírito Santo e viver como fiel testemunha do Senhor Jesus Cristo. 


Anísio Renato de Andrade
Bacharel em Teologia

sábado, 29 de maio de 2010

VASOS DE HONRA



Utensílios disponíveis para o serviço na casa do Senhor.

A bíblia nos compara aos vasos de barro preparados pelo oleiro por meio de um processo transformador que vai além da aparência, afetando o caráter e o modo de vida (Jr.18.6). Tal é o resultado da ação de Deus em nós, que começa até mesmo antes da conversão (At.9.15).

Depois de moldado, o vaso não se destina à ornamentação da casa do Senhor. Para ser útil, ele precisa estar limpo e sempre envolvido com três experiências: receber, encher-se e servir.

RECEBER


A mentalidade das pessoas está tão voltada para o materialismo, que o verbo "receber" tem sido relacionado quase sempre ao dinheiro. Se alguém diz: "Eu recebo no dia 10", ninguém tem dúvida de qual seja o objeto oculto na frase. Contudo, precisamos ver além dos limites financeiros da nossa vida. Ainda que tenhamos todo o dinheiro do mundo, ele não substitui os valores mais importantes da nossa existência.


O vaso na casa de Deus precisa receber, encher-se e servir. Precisa receber porque não pode ser a origem do seu próprio conteúdo. O que temos não vem de nós mesmos (IICor.2.5). Disse o apóstolo Paulo: "Eu recebi do Senhor o que também vos entreguei" (I Co.11.23).

Não podemos inventar doutrinas. Não podemos simular espiritualidade nem tentar imitar a performance ministerial de outros homens de Deus. Seria como fogo estranho sobre o altar (Lv.10.1).
Não sejamos falsos profetas, que nada receberam, mas estão profetizando.
Precisamos receber de Deus e não de qualquer fonte. Cuidado com o conselho dos ímpios (Salmo 1) e com as ofertas tentadoras que nos cercam (Mt.4.1-11).
Precisamos receber o quê? Apenas bênçãos materiais? Só coisas que atendem aos nossos desejos pessoais? Não. Não podemos transformar o evangelho em um conjunto de técnicas a serviço do ego. Deus pode nos dar coisas, e ele nos tem dado, mas não percamos de vista aquilo que é o mais importante.

Todo ser humano precisa (se ainda não o fez):


1- Receber o Senhor Jesus Cristo como Salvador.


"Ele veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome" (João 1.11-12).


Receber Jesus como Salvador é um ato de fé, confirmado por uma manifestação pública. É acreditar, decidir e manifestar essa decisão por meio de uma oração e, se possível, confissão verbal.


"Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação" (Rm.10.9-10).


2- Receber o Espírito Santo e ser por ele batizado.


"E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo" (João 20.22).


Aquele fato não poderia ter acontecido antes da morte e ressurreição do Mestre. Para os cristãos da atualidade, entretanto, não é necessário um intervalo entre a conversão e o recebimento do Espírito. Paulo disse que "se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele" (Rm.8.9). Logo, todo convertido recebeu o Espírito Santo quando aceitou Jesus como salvador. O batismo com o Espírito, porém, é outra experiência, também conhecida como "revestimento de poder" (Lc.24.49).

Os apóstolos receberam o Espírito Santo quando Jesus assoprou sobre eles (João 20.22), mas o batismo só aconteceu no dia de Pentecoste (Atos 2).

3- Receber a Palavra de Deus.


"Por isso, rejeitando toda a imundícia e superfluidade de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar as vossas almas" (Tg.1.21).


O vaso não pode conter tudo ao mesmo tempo. Se a palavra entra, a imundícia tem que sair, mas isso depende também da vontade de cada um.

Geralmente, começamos a receber a palavra antes de aceitar o Senhor Jesus. Afinal, este é o modo padrão de se obter conhecimento sobre nossas necessidades espirituais. Depois de convertidos, precisamos ainda mais da palavra a cada dia.
O Senhor nos deu a bíblia, mas muitos cristãos não a lêem. Isso nos faz lembrar o que Deus disse a respeito de Israel por meio do profeta Oséias:

"Escrevi-lhes as grandezas da minha lei, mas isso é para eles como coisa estranha" (Os.8.12).


Não podemos desprezar a palavra de Deus, pois ela é o alimento para as nossas almas. Abster-se da alimentação é uma ótima atitude para quem quer adoecer e morrer.

É preciso tomar cuidado com o que aprendemos da filosofia, sociologia, antropologia, psicologia e outras áreas do conhecimento humano. Podemos examinar e utilizar tudo isso, mas a nossa mensagem deve ser bíblica em sua essência e propósito. Tal deve ser também nosso modo de pensar e viver.
Todo aquele que se considera um vaso nas mãos de Deus precisa receber o que Deus quer lhe dar. Isso implica em uma atitude de humildade, reconhecendo nossa necessidade espiritual. Nenhum de nós pode se considerar sabedor de todas as coisas, como se fosse auto-suficiente. Tais atributos pertencem exclusivamente a Deus.

O vaso de honra precisa colocar-se diante de Deus em atitude receptiva, sem tampa, sem bloqueios, assim como um copo é colocado sob a torneira aberta para receber água limpa.

Para que recebamos algo de Deus, precisamos nos colocar aos seus pés, como fez Maria, irmã de Lázaro (Lc.10.39). Isso requer tempo dedicado ao Senhor. Essa atitude deve ser constante para que sejamos renovados em sua presença.

ENCHER-SE


O vaso precisa se encher de todo o precioso conteúdo determinado pelo Senhor. Precisamos que Deus ocupe todos os espaços da nossa vida. Assim, não seremos vazios nem cheios de coisas ruins.


"Não vos embriagueis com vinho, no qual há contenda, mas enchei-vos do Espírito Santo" (Ef.5.18).


"A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração" (Col.3.16).


Um pouquinho de unção ou da Palavra não basta. Ler um versículo bíblico não basta. Deus tem mais. Não podemos ser econômicos na utilização dos recursos espirituais disponíveis.

Essa plenitude é resultado da dedicação já mencionada. Quanto mais nos dedicarmos ao Senhor, em oração, leitura bíblica, adoração e santidade, maior será a manifestação de sua glória em nós. Tal foi a experiência de Moisés. Depois de ter ficado 40 dias na presença de Deus no monte Sinai, seu rosto brilhava, refletindo a glória do Senhor (Ex.34.29).

"Unges a minha cabeça com óleo e o meu cálice transborda" (Salmo 23.5).


Com dedicação ao Senhor, nossa necessidade espiritual será suprida. Nosso vaso será cheio e transbordará. Muitos querem abundância de recursos materiais. Tudo bem, isto é possível e pode ser bênção, mas esta não é a prioridade do Senhor Jesus nem do evangelho.


SERVIR


O vaso não pode apenas receber e guardar. Ele precisa, no tempo certo, fornecer o seu conteúdo para suprir as necessidades alheias. Caso contrário, haverá perda daquilo que lhe foi confiado.

Precisamos transmitir, compartilhar, o que Deus nos deu. Não podemos ser dominados pelo egoísmo dizendo: "Se Deus me deu, é meu!" Não. Fomos chamados para servir. Compartilhe a palavra, a unção e outras bênçãos do Senhor.

O vaso que compartilha, terá sua medida completada novamente. Habilite-se a receber mais. "Dai e ser-vos-á dado" (Lc.6.38).


Sejamos como aquelas talhas das bodas de Caná, que foram cheias de água e colocadas à disposição de Jesus. Pelo poder de Deus, a água foi transformada em vinho, que foi servido para que a festa continuasse.


Quando nos colocamos nas mãos do Mestre, prontos para sermos usados, seremos instrumentos dos seus milagres para que muitas vidas sejam alcançadas para o reino de Deus.


Anísio Renato de Andrade
Bacharel em Teologia

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Parabéns ao Pastor Francisco Libório

Desejamos ao Pastor Francisco Libório um Feliz e abençoado aniversário.
Que as ricas e poderosas bençãos de Deus sejam constantes em sua vida e em seu ministério.

LÓGICA E FÉ


LÓGICA E FÉ -

Movidos pela razão, alguns repreendem o próprio Deus.

Embora houvesse tantas profecias a respeito da vinda e das ações de Cristo, ele conseguiu surpreender a todos.

Os magos do oriente, por exemplo, esperavam que o rei dos judeus nascesse no palácio real, não em uma estrebaria.

João Batista também foi surpreendido por Cristo. Ele havia dito: "Eu vos batizo com água, para arrependimento, mas aquele que vem após mim... vos batizará com o Espírito Santo e com fogo" (Mt.3.11). Sua profecia foi perfeita e esta era a expectativa de João. Entretanto, Jesus chega e entra na fila para ser batizado. João quis impedi-lo, dizendo: "Eu careço de ser batizado por ti e vens tu a mim"? (Mt.3.14). O raciocínio de João foi perfeito. Ele sabia que era um pecador e que precisava ser batizado, e que o mais "correto" seria que Cristo, que não tinha pecado, o batizasse.

Notamos que João usou a razão para resolver um assunto espiritual, mas não alcançou os pensamentos de Deus. É lógico que não poderia alcançar, mas muitas pessoas colocam seu raciocínio como máxima instância para tudo em suas vidas, deixando de lado a palavra de Deus e a fé.

Jesus não disse que João estava errado. Apenas respondeu-lhe: "Deixa agora; porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele consentiu" (Mt.3.15).

É importante lembrar que João nunca viu Jesus batizar alguém com o Espírito Santo, como ele havia predito. Então, as coisas podem ter ficado um pouco confusas para ele.

Vejamos outra cena que mostra o confronto entre a lógica humana e os propósitos de Deus:

Quando Jesus disse que deveria ir a Jerusalém para morrer e ressuscitar, isto foi demais para a mente dos discípulos. Naquele momento, Pedro concluiu que Jesus estava errado, e começou a repreendê-lo, dizendo:

"Tenha Deus compaixão de ti, Senhor; isso de modo nenhum te acontecerá. Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não estás pensando nas coisas que são de Deus, mas sim nas que são dos homens" (Mt.16.21-23).

Pedro ainda não havia se convertido (Lc.22.32), e sua razão era, eventualmente, usada por Satanás. Não é o que acontece com muitas pessoas ainda hoje?

"Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus" (ICo.1.18).

Em outra ocasião, Jesus, tomando a toalha e uma bacia com água, começou a lavar os pés dos discípulos. Aquilo foi surpreendente para todos. Pedro, como sempre, não conseguiu ficar calado, e tentou impedir o Senhor de lavar-lhe os pés. O Mestre, porém, lhe disse: "Se eu não te lavar os pés, não tens parte comigo". Então, ele permitiu (Jo.13.8).

Muitas outras vezes, Jesus contrariou ou superou todas as expectativas, principalmente quando realizava seus milagres.

Nós também, em nossa caminhada com Deus, não devemos pensar que ele agirá dentro da previsibilidade da lógica humana. Muitos filhos do Senhor estão questionando as ações divinas. Por quê isso? Por quê aquilo? Quantos se revoltam contra Deus por não entenderem seus desígnios? Vamos resistir à sua vontade? Somos mais sábios do que ele? O caco de vaso vai repreender o oleiro? (Is.45.9; Rm.9.20-21). De modo nenhum.

Diante de tantos fatos incompreensíveis em nossas vidas, vamos nos prostrar perante o Senhor, em atitude de adoração, como fez Jó (1.20), sabendo que coisa alguma foge ao seu controle. Precisamos nos render aos seus pés, dizendo como Maria: "Cumpra-se em mim conforme a tua palavra" (Lc.1.38). Nem sempre vamos compreender, mas é preciso obedecer.

A lógica humana, embora seja excelente e muito útil, está limitada pelo conhecimento que possuímos. Deus vê além. Ele sabe de todas as coisas, e fará com que elas cooperem juntamente para o bem daqueles que o amam (Rm.8.28). 

Anísio Renato de Andrade
Bacharel em Teologia




segunda-feira, 5 de abril de 2010

O BEZERRO DE OURO


Estava tudo errado, mas parecia perfeito.

Quando Moisés subiu ao monte Sinai para receber as tábuas da lei, o povo ficou lá embaixo, aguardando o seu retorno. Depois de alguns dias, os israelitas, já impacientes, avaliaram a situação e concluíram que Moisés não voltaria mais. Então, pediram que Aarão lhes fizesse um ídolo que os guiasse (Ex.32.1). É possível que estivessem se sentindo abandonados, desamparados, mas isso demonstrava que o povo não tinha consciência da presença de Deus.


Israel estava vivendo um período de transição no deserto, entre o Egito e Canaã. A escravidão ficara para trás, mas a terra da promessa ainda não era realidade. Esse ponto da jornada, quando as coisas parecem indefinidas, torna-se perigoso.


Enquanto Moisés estivesse no monte, o povo deveria apenas esperar, com fé e fidelidade. Não era tempo de agir nem avançar. Contudo, a avaliação humana produziu uma iniciativa infeliz. Precisamos tomar cuidado com a nossa impaciência. A pressa pode causar precipitação. O tempo de Deus é diferente do tempo dos homens.


A liderança.


Naquele dia, os israelitas manifestaram a necessidade espiritual que todo homem possui. Queriam algo para adorar, mas esse desejo legítimo transformou-

se em idolatria, como acontece com tantas pessoas ainda hoje. Aarão, irmão de Moisés, demonstrou ser um líder imaturo naquela ocasião, ao se deixar manipular pelo povo. Ali estava um verdadeiro servo de Deus, escolhido para ser o primeiro sumosacerdote da nação, mas, tendo como prioridade agradar ao povo, cometeu grave erro perante o Senhor. Isso demonstra a importância da vigilância na vida dos líderes vocacionados pelo Pai. Ele deveria ter repreendido Israel, conduzindo-o na adoração ao Senhor, mas não o fez.

O obra maldita.


Aarão recolheu uma grande oferta. O povo mostrou-se unido, participativo e disposto a contribuir (como muitas vezes não se vê), trazendo as jóias de ouro das mulheres, dos filhos e das filhas (Ex.32.6). O pecado sempre prejudica a família toda. Parte do que poderia ser usado na construção do tabernáculo foi desviado para o mal.


Observa-se naquele episódio um povo com propósito, com recursos, com meta definida, com uma idéia colocada em prática. Contudo, estavam fora do propósito de Deus. Ao invés de edificarem o tabernáculo, conforme a ordenança divina (Ex.25.8), estavam trabalhando numa obra maldita, usando seus bens, tempo e talentos contra a vontade do Senhor.


Entre tantos ídolos que poderiam ser feitos, por quê foi escolhido um bezerro de ouro? Isso mostra que a cultura egípcia ainda dominava a mente daquele povo, assim como pode se manifestar a mentalidade mundana dentro da igreja hoje. A estátua do boi, no Egito, representava o deus Ápis.


Por quê fazer uma imagem? Para atender a necessidade que o homem tem de algo para ver e tocar. Esta é a condição daqueles que vivem por vista e não por fé. Na história do povo de Deus, vemos que o Senhor permitiu e ordenou a utilização de objetos sagrados, mas nunca como representação da divindade. Não poderia haver uma imagem que representasse Deus (ou deuses).


Aquele ídolo assemelha-se às imagens sacras da atualidade, perante as quais os devotos se prostram em adoração. Ao fazer isso, o povo de Israel cometeu o pecado da idolatria, abandonando o verdadeiro Deus.


O ídolo.


Aquele bezerro de ouro devia ser impressionante, belo, brilhante, reluzente, além de possuir grande valor financeiro. Sua figura representava a força e a fertilidade animal. A aparência poderia ser perfeita, mas não havia ali a essência divina. Estava estabelecida a adoração aos valores materiais, às riquezas, ao dinheiro e a tudo aquilo que satisfaz aos olhos. Muitas religiões apelam para a ostentação visual para compensar seu vácuo espiritual.


Apesar de toda beleza, não havia vida naquele bezerro. Esta é uma das diferenças entre o verdadeiro Deus e as imagens dos ídolos. A respeito delas, escreveu o salmista:


"Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos do homem. Têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não veem; têm ouvidos, mas não ouvem; têm nariz, mas não cheiram; têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta. Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem, e todos os que neles confiam" (Sal.115.4-8)
.

Como Israel podia adorar a um bezerro que precisou ser criado por mãos humanas? Um bezerro inerte e inútil que precisaria de ajuda para se locomover pelo deserto. Assim são os ídolos feitos de metal, madeira, pedra, gesso, argila, papel, etc.


O bezerro seria um peso inútil, uma carga desnecessária para Israel, exigindo um esforço inglório e tornando mais lenta a caminhada. Deus não permitiu que ele fosse levado em procissão pelo deserto, mas quantos estão carregando em suas vidas os malditos ídolos que construíram? Muitos estão transportando o fardo das consequências de suas transgressões contra Deus, e isso lhes impede de avançar em suas jornadas.


Se o problema da idolatria estivesse restrito à ausência de vida das coisas adoradas, estaríamos perante algo pouco complexo. Contudo, a bíblia nos ensina que os demônios se identificam com os ídolos e passam a receber as oferendas a eles destinadas (ICo.10.20).


Apresentando a estátua ao povo, Aarão disse: "Este é o teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito" (Ex.32.4). Além de proferir uma mentira absurda, Aarão estava dando ao bezerro a glória que pertencia ao Senhor. Cometemos o mesmo pecado, quando pensamos que o nosso êxito é fruto dos nossos recursos financeiros ou da nossa própria capacidade. Desviamos a glória de Deus, quando atribuímos ao emprego, à família ou a qualquer coisa ou pessoa os méritos pelo que há de bom em nossas vidas. Muitos contribuem para o nosso bem, mas a glória pertence somente ao Senhor. Muitos são os canais, mas a nossa fonte é Deus.


Maldito foi aquele dia na história de Israel, quando o povo adorou a uma imagem da criatura em lugar do criador (Rm.1.25). O primeiro mandamento havia sido transgredido (Ex.20.1), bem como o segundo e o terceiro. Israel haveria de violar toda a lei de Deus. Aquele era apenas o começo.


A festa.


Quando o ídolo ficou pronto, Aarão disse: "Amanhã, faremos uma festa ao Senhor" (Ex.32.5), como se fosse possível servir a dois senhores, misturando o santo e o profano, a luz e as trevas.

No dia seguinte, Israel realizou um grande culto pagão. Estava tudo errado, mas parecia perfeito. Aquela celebração estava repleta da alegria temporária que o pecado proporciona. Muitos ímpios parecem felizes, tanto quanto alguém que tem um câncer mortal, mas ainda não sabe. É apenas uma questão de tempo.

A vinda de Moisés.


Os israelitas não sabiam o dia do retorno de Moisés, embora estivesse bem próximo. No alto do monte Sinai, Deus lhe disse: "Tenho observado este povo, e eis que é povo de dura cerviz" (Ex.32.9). Deus está vendo tudo o tempo todo e, por motivos como aquele, sua ira se acende como fogo consumidor. A idolatria é um dos pecados que mais ofendem a Deus. Trata-se de uma abominação, algo nojento e execrável.


Então, Deus desejou destruir Israel, mas Moisés intercedeu pelo povo (Ex.32.11). Da mesma forma, Jesus está diante do Pai intercedendo por nós (Is.53.12). Muitos pensam que ele não voltará mais, assim como aquele povo pensava.


Quando menos esperavam, no meio da festa maligna, quando cantavam despidos diante do bezerro de ouro (aquilo era um verdadeiro carnaval), Moisés chegou e surpreendeu a todos.


Temos ali um quadro comparável à segunda vinda de Cristo. Como seremos encontrados quando ele chegar?

Moisés ficou irado contra o povo. Em seguida, ocorreu uma cena de juízo e execução.

A destruição do bezerro.


Não era de se esperar que Moisés, descendo do monte, dissesse: "Que coisa mais linda esse bezerro! Deve valer um milhão. Parabéns, Aarão. Você é um artista".


Ele poderia então, numa atitude bem discreta, respeitar a fé daqueles adoradores. Afinal, "religião não se discute". Nada disso! Moisés não seria conivente com aquele pecado.


Uma ação enérgica precisava ser realizada. Então, Moisés resolveu destruir o bezerro de ouro. O prejuízo seria grande, mas não havia alternativa. Ele não poderia ser guardado, vendido nem doado. Israel ficaria um pouco mais pobre. Esta seria uma das consequências daquele pecado. Algumas perdas são necessárias e inevitáveis.

O bezerro, mesmo sendo uma obra de arte, não foi poupado. Foi reduzido a pó e misturado à água que Moisés deu ao povo para beber. Sua contribuição preciosa voltou e eles seriam obrigados a engoli-la. Assim também, os males praticados voltam contra os seus autores.

A destruição dos idólatras.


Muitos adoradores do bezerro também voltaram ao pó naquele dia, assim como aconteceu ao ídolo.


"Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem, e todos os que neles confiam" (Sal.115.8).


A pena de morte aplicada naquele dia nos deixa perplexos. Contudo, uma penalidade branda enfraqueceria o tom de gravidade demonstrado pelo texto bíblico. Deus não poderia admitir tamanha corrupção no meio de Israel. Além disso, precisaria ficar bem clara a mensagem de que "o salário do pecado é a morte" (Rm.6.23). Ainda hoje, muitas vidas são ceifadas antes do tempo porque as pessoas se afastam de Deus e servem aos ídolos. Pior do que a morte física será a morte eterna que recairá sobre aqueles que não se converteram ao caminho da justiça.


A corrupção de Israel passou por fases distintas. No início tudo parecia bem. Houve até festa. Depois, terminou mal. As famílias contribuíram com alegria. Depois, muitos familiares morreram.

Em que momento você está vivendo? Se chegasse alguém para repreender o povo no meio da festa, seria considerado um tolo. Afinal, todos estavam "felizes". Contudo, precisamos despertar antes que seja tarde demais. É preciso que façamos um exame de consciência, reconhecendo os ídolos que porventura existam em nossas vidas. Ainda é tempo de arrependimento e mudança. É necessário um posicionamento como o dos levitas, que escolheram servir e adorar apenas ao verdadeiro Deus. Estes foram poupados e perdoados. Por sua escolha, escaparam da ira divina e se refugiaram na misericórdia.


Anísio Renato de Andrade
Bacharel em Teologia

sexta-feira, 2 de abril de 2010

A CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA


A CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA -

A morte do cordeiro marca o início de uma nova vida.


Os israelitas permaneceram no Egito durante 430 anos (Ex.12.40). Na maior parte desse tempo, o povo viveu na escravidão. Além de todo o sofrimento que lhes era imposto, os últimos dias tinham sido muito conturbados pela ocorrência das pragas que Deus realizara. E mais uma estava por vir: a morte dos primogênitos. Esta seria a pior de todas as calamidades recentes.


O relato do Êxodo nos mostra um cenário "apocalíptico"

, com pragas, sofrimento, juízo, morte, enquanto o povo de Deus seria retirado e conduzido à sua pátria.

Em meio a tudo isso, Moisés ordenou que cada família tomasse para si um cordeiro e o sacrificasse. O sangue do animal deveria ser aspergido sobre os umbrais das portas. Dentro de casa, os familiares deveriam comer a carne, com pães asmos e ervas amargas. Esta seria a "páscoa do Senhor" (Ex.12.11).


Naquela noite, um anjo mataria todos os primogênitos egípcios. Ele poderia matar também os israelitas, mas não entraria nas casas onde houvesse o sinal do sangue indicando que, ali, a morte já havia sido executada. O cordeiro teria morrido no lugar do primogênito. Este foi o plano de salvação elaborado por Deus. O castigo deveria ser executado, mesmo que fosse sobre um substituto.


O povo não questionou a ordem nem pediu explicações. Deveria apenas obedecer, pois disso dependiam muitas vidas.

A celebração teria ritmo de urgência. Chegou o dia decisivo. Foi estabelecido o toque de recolher para Israel. Todos em casa! Nenhum compromisso justificaria a ausência de qualquer membro da família. Não haveria outra forma de se livrarem da ameaça de morte. Era o cordeiro ou nada mais. Aquela seria também a única chance de livramento da escravidão. Ninguém poderia adiar o sacrifício ou a refeição que o seguia.

Aqueles animais, puros e inocentes, simbolizavam o "Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (João 1.29). Cristo, o primogênito do Pai (Rm.8.29) foi levado como cordeiro mudo ao matadouro (At.8.32). Mesmo sem merecer, morreu na cruz para que nós, merecedores da morte, pudéssemos viver eternamente. Não foi por coincidência que Jesus morreu durante a páscoa (Mt.26.2), no horário da tarde (Ex.12.5; Mt.27.46) e, à semelhança dos cordeiros pascais, nenhum de seus ossos foi quebrado (Ex.12.46; João 19.36).


Não existe outro meio de salvação para as nossas almas (At.4.12). Não podemos perder a definitiva manifestação da graça divina na pessoa de Jesus Cristo.

O sangue de Jesus é o sinal que nos diferencia daqueles que estão perdidos. Não somos melhores do que eles, mas temos a marca do compromisso com aquele que garante a nossa redenção. Aleluia! Pelo sangue fomos comprados, purificados e protegidos.

"Porque Cristo, nossa páscoa, já foi sacrificado" (ICo.5.7).


Enquanto a carne era comida no interior da casa, o sangue era visível do lado de fora, como testemunho público diante dos homens e dos anjos. Nossa aliança com Cristo não é secreta. A todos deve ser notória. Os que passarem saberão que o Cordeiro está conosco. Nós o recebemos em nossas casas e em nossos corações. Temos nos alimentado da sua carne (João 6.53; Mt.26.26) e o que somos tem sido transformado pela sua presença em nós.


Naquela noite, egípcios e israelitas tiveram experiências com Deus. Para uns, juízo, para outros salvação. O mesmo Deus que condenou os primogênitos da nação ímpia preservou os filhos de Israel. Para os condenados, pode ter ficado uma imagem negativa de Deus. Para os salvos, ficou a certeza de que Deus é bom e gracioso.


É o que acontece ainda hoje: as pessoas vão desenvolvendo idéias positivas ou negativas sobre Deus, embora ele seja um só. A diferença ocorre pela posição que cada pessoa toma diante do Senhor. Quem rejeita o Cordeiro enfrentará o anjo da morte. Os egípcios fizeram sua escolha quando, mesmo diante das pragas, permaneceram na idolatria.


A páscoa judaica era uma festa familiar, momento de comunhão. Em cada casa, um cordeiro precisava ser morto. Era uma honra e uma responsabilidade de cada lar, sendo concedida a permissão para que os vizinhos se unissem na mesma casa. Assim também, é necessário que cada família seja alcançada pela obra redentora de Jesus Cristo. Contudo, a decisão é individual. No caso dos israelitas, cada pessoa precisava permanecer dentro da residência durante a celebração (Ex.12.22). Aquele que saísse encontraria o anjo da morte.


Fato curioso é que, durante a páscoa celebrada por Jesus com seus discípulos, Judas Iscariotes retirou-se do recinto (João 13.30) e morreu algumas horas depois. O grande problema não seria sair de casa, mas rejeitar o cordeiro. Judas rejeitou.


Enquanto os egípcios choravam a perda de seus filhos, os israelitas realizavam a refeição pascal, ao fim da qual foi ordenado que saíssem do Egito. Era chegada a hora da libertação.


A morte do cordeiro lhes garantiria uma nova vida. Era o fim da escravidão. Chegou o dia de dar adeus ao Egito. Isto também significava renúncia, pois nem tudo era ruim naquele lugar (Nm.11.5).

Os filhos de Israel não poderiam ficar nem mais um dia ali. Não seria aceitável que algum deles dissesse: "Podem ir andando, que eu vou depois. Visitarei as pirâmides e despedirei de alguns amigos."

Os israelitas não poderiam ser turistas onde foram escravos. Quem servia a Faraó e foi liberto não pode ter nenhum tipo de relação com ele. Se o israelita não lhe parecer útil, será morto pelo inimigo.

Aqueles que se entregam a Cristo e o recebem como Salvador são libertos do reino das trevas e precisam renunciar aos seus prazeres ilícitos. Quem é livre não pode permanecer no território do inimigo.

"Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado para que abunde a graça? De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?" (Rm.6.1-2).


Os israelitas saíram do Egito e foram ao deserto, rumo à terra prometida. A viagem não seria fácil. Nós também, que caminhamos para a Jerusalém celestial, não temos uma jornada suave pela frente. Contudo, estamos vivendo uma nova vida. Passamos por tribulações e lutas, mas estamos prosseguindo. A morte do Cordeiro é a nossa garantia de vida. Seu sangue foi o preço pago pela nossa redenção. Não somos mais escravos de Satanás. Somos servos de Deus e haveremos de viver para a sua glória.


Anísio Renato de Andrade
Bacharel em Teologia

De Volta Graças a Deus !!!

Voltando a ativa para glória de Deus.
Entrem e fiquem a vontade para se alimentarem da poderosa palavra de Deus.
Deixem seus pedidos de oração e contiuem crendo,pois mesmo nesse periodo de afastamento não deixamos de interceder por cada um aqui.
Deus em Cristo vos abençoe sempre!


Um abraço a todos!

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Lição 09 /O PRINCÍPIO BÍBLICO DA GENEROSIDADE /Subsídios

 
O PRINCÍPIO BÍBLICO DA GENEROSIDADE
Texto Áureo: II Co. 9.7 - Leitura Bíblica em Classe: II Co. 8.1-5; 9,6,7,10,11.

Objetivo: Destacar a importância da generosidade enquanto princípio que deve ser manifestado pelo cristão na graça de Deus.

INTRODUÇÃO
Após fazer as pazes com os crentes de Corinto, Paulo sente-se a vontade para tratar de um assunto espiritual: a contribuição cristã. A questão do dinheiro não é um assunto menos espiritual para o cristão. Por isso, deve ser tratado com sabedoria, principalmente com respaldo bíblico. Na aula de hoje estudaremos a respeito da iniciativa de Paulo quanto a coleta para os pobres. Em seguida, veremos que a generosidade deva ser uma prática do cristão. Ao final, apontaremos alguns princípios que orientam a coleta das ofertas na igreja.

1. A COLETA CRISTÃ PARA OS POBRES
As igrejas gentílicas, atingidas por grande privação durante o império de Cláudio (41 a 54 d. C.), carecia da assistência das igrejas. A igreja de Antioquia deu o exemplo inicial, enviando ajuda pelas mãos de Paulo e Barnabé (At. 11.27-30). Paulo deu continuidade a campanha de arrecadação na Galácia, mostrando preocupação com os pobres (Gl. 2.10). A igreja de Corinto também demonstrou interesse na participação dessa coleta (I Co. 16.1-4). O Apóstolo aproveita a solicitude dos irmãos de Corinto e os direciona para que demonstrem generosidade aos irmãos necessitados (II Co. 8.1-7). A princípio, destaca a generosidade das igrejas da Macedônica como um resultado da graça de Deus em suas vidas (Rm. 5.6-8; Fp. 2.4-11; Cl. 3.12,13; I Jo. 4.7-12). Aquela igreja, ainda que fosse pobre, superabundou em grande riqueza da sua generosidade (II Co. 8.1,2). A grandeza do ato generoso desses irmãos se revelou na disposição em contribuir para além de suas posses, voluntariamente. Eles agiram assim porque entendiam que mais bem-aventurado é dar que receber (At. 20.35). O princípio da contribuição, segundo relata Paulo em II Co. 8.5, esta na disposição de antes de entregar a oferta, entregar-se a si mesmo, assumindo a vontade de Deus. Diante da disposição generosa dos crentes, Paulo instrui Tito para que esse complete a obra da coleta que ele havia iniciado (II Co. 5.6). Como os crentes dos tempos antigos, a graça de Deus derramada em nossos corações em Cristo também deva nos constranger a exercitar a generosidade. Faz-se necessário romper com o paradigma moderno de tirar vantagem em tudo. O cristão precisa aprender a viver com desprendimento. Abençoado não é aquele que retém mais, mas o que entrega com alegria e liberalidade (II Co. 9.7).

2. A GENEROSIDADE CRISTÃ
A igreja de Corinto era imperfeita, mas Paulo não deixa de reconhecer a abundância da fé, do amor e do cuidado daqueles irmãos. Eles eram excelentes na palavra e no conhecimento (I Co. 1.4-7), mas é principalmente na fé e no amor que se destacavam (II Co. 8.7). A demonstração dessa fé e amor é revelada no interesse dos irmãos coríntios em participar da coleta em prol dos pobres da igreja. O amor genuíno não fica apenas em palavras, mas é expresso em atos (Lc. 19.1-10; I Jo. 3.16-18). A preocupação com a pobreza dos irmãos se fundamenta no fato de que Jesus também foi pobre (Lc. 2.7; Lc. 2.24; Lv. 12.6-8); Lc. 9.58). Não podemos esquecer que a pobreza de Cristo nos tornou ricos. A riqueza do cristão tem uma dimensão escatológica, pois o dinheiro, na revelação do evangelho, não deve ser entesourado e pode causar a ruína do crente (Mt. 6.19-24). Na teologia do Antigo Testamento há espaço para uma crença no acúmulo de riqueza, mas não no Novo Testamento, que motiva o ser humano à generosidade (At. 20.35). Essa é uma direção divina para o cristão que, diferentemente do Israel do Antigo Testamento, não vive pelo que ver, mas pela fé no Deus da providência, e que nos dá o pão nosso de cada de dia (II Co. 5.7; Mt. 6.11). Para que o dinheiro não se torne um Deus, é preciso agir, não depois, mas agora, contribuindo com os mais necessitados (II Co. 8.10,11). O evangelho de cristo não exige que doemos mais do que temos, e orienta para que sejamos cautelosos em relação àqueles que querem tirar proveito do evangelho, antes que contribuamos de acordo com as possibilidades (II Co. 8.12). Existem casos extremos de fé, destacados por Jesus, em relação à oferta da viúva, que deu todo seu sustento (Lc. 21.2,3), mas essa é uma atitude individual, que partiu do íntimo do coração, não foi forçada ou constrangida. A mensagem de Paulo nesse texto difere da de algumas “pregações” que visam tirar dos irmãos mais do que eles podem dar. Determinadas igrejas evangélicas incitam os crentes a dar o que não têm, mas a igreja amadurecida na palavra instrui os irmãos que contribuam com os dízimos (Mt. 23.23) e ofertas, princípio que leva em consideração a proporcionalidade (II Co. 8.13-15; I Co. 16.2).

3. INSTRUÇOES PARA A COLETA DA OFERTAS
Do mesmo modo que Deus motivou Tito para levantar as ofertas em Corinto pelos irmãos necessitados, nos dias atuais, o mesmo Senhor, através da Palavra e do Seu Espírito, direciona pessoas para se sensibilizarem com a causa dos pobres (II Co. 8.16). Essas pessoas agem com o coração voluntarioso, são desprendidas de interesses materiais, ajudam graciosamente, não porque pretendam tirar alguma vantagem, seja financeira ou eleitoreira (II Co. 8.17). Esses irmãos precisam ter o aval da igreja a fim de atuarem no ministério da coleta, a fim de que o dinheiro não seja desviado, resultando em escândalo para o evangelho. A igreja precisa ser cuidadosa quando se trata da coleta, todo esforço deva ser empreendido para dar transparência e evitar falatórios infundados (II Co. 8.18,19). Devemos lembrar que Paulo tinha opositores que queriam tirar vantagem de qualquer brecha no seu ministério para acusá-lo de ilicitude. Por esse motivo, o Apóstolo demonstra cuidado na administração da oferta a fim de evitar críticas. Ele instrui os irmãos para que ajam com honestidade, não só perante os homens, mas, principalmente, perante o Senhor (II Co. 8.20,21). A coleta não estava na direção de apenas uma pessoa, por isso Paulo envia, com Tito, dois irmãos zelosos para auxilia-lo (II Co. 8.22,23). Depois de credenciá-los e recomendá-los para a tarefa, orienta os irmãos coríntios para que demonstrem amor pelos pobres, referindo-se, certamente, à contribuição generosa que fariam perante eles (II Co. 8.24).

CONCLUSÃO
A prática da generosidade cristã deve ser cultivada na igreja cristã. Para tanto, é preciso que haja desprendimento, que a cultura mundana do acúmulo, denominada, em algumas ingrejas, de "bençãos", seja reavaliada. Alguns cristãos se acostumaram de tal modo com a riqueza, que denominam aos que nada têm de amaldiçoados. Bem-aventurados não são aqueles que têm muito, mas os que estão dispostos a doar do que têm. Para ilustrar, contramos a estória de um mendigo que passou na porta de um espírita, um católico e um evangélico. Cada um deles tinha apenas um pão: o espírita refletiu a respeito do desprendimento para o aperfeiçoamento espiritual e doou todo o pão, preferiu ficar com fome; o católico, na dúvida a respeito da salvação pela fé ou pelas obras, dividiu o pão ao meio, cada um comeu a metade; e o evangélico, pensou, bem sou salvo pela graça, por meio da fé, não das obras, resolveu comer o pão sozinho e se prontificou a orar pelo mendigo. O cristão, de fato, é salvo pela graça, por meio da fé, não das obras, mas porque é salvo, deva praticar boas obras (Ef. 2.8-10).
 
Pb. José Roberto A. Barbosa

BIBLIOGRAFIA
KRUSE, C. II Coríntios: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1999.
HORTON, S. I e II Coríntios. Rio de Janeiro: CPAD, 2003. 
 
Fonte:Subsídios EBD

A muralha de Jericó – 2



Não reconstrua o que Deus destruiu.

Israel andou com Deus, atravessando o deserto. Chegando à terra prometida, encontrou a muralha de Jericó. Aquele seria um teste importante para o novo líder Josué.

A muralha era tão larga que havia casas sobre ela, como a de Raabe, a meretriz. O que fazer diante de tão grande obstáculo? Os israelitas poderiam orar e ficar esperando que o muro caísse, mas não seria tão simples assim. A oração é importante, mas não é tudo. Deus poderia fazer todas as coisas sozinho, mas ele quer a nossa participação. A palavra de Deus nos conduz à ação, ainda que não
seja exatamente o que gostaríamos de fazer. O Senhor mandou que o povo marchasse em volta da cidade durante sete dias e que os sacerdotes tocassem as trombetas (Js.6). Foi uma ordem muito estranha. Entretanto, mesmo sem entender,era importante obedecer.

Nos primeiros dias em que o povo rodeou a cidade, nada aconteceu. Quando o tempo passa e não vemos os resultados almejados, somos atacados pelo desânimo e pela dúvida. Nossa mente começa a imaginar coisas negativas. A cada dia ia tornando-se mais difícil levantar de madrugada para mais uma caminhada.

Nossas vidas podem se encontrar nesse estado algumas vezes. Levantamos de manhã todos os dias e, em muitos deles, não conseguimos atingir nossos objetivos.Porém, não vamos desistir. Precisamos perseverar até o fim, obedecendo aoSenhor, sabendo que ele está conosco.Enquanto o tempo testava a fé de Israel, é provável que os inimigos, dentro da cidade, se sentissem melhor, e até zombassem do povo de Deus. "Lá vem aquele povo barulhento outra vez". Caminhavam, tocavam trombeta, e nada acontecia.
Em momentos assim, quando os resultados não aparecem, a liderança é questionada.possível que alguns israelitas já estivessem duvidando da capacidade de Josué e da eficácia dos seus métodos. "Moisés é que era líder de verdade", poderiam dizer.

Precisamos crer, obedecer, esperar e calar.

A cada dia, o povo tinha um novo encontro com a muralha, e ela continuava lá, firme, inabalável. Naqueles dias, crescia no coração de cada israelita a convicção de que nada poderiam fazer por si mesmos. Sua dependência de Deus ficava evidente.
Aquela caminhada diária era o teste da fé, da obediência e da perseverança.

No sétimo dia, o povo rodeou a cidade sete vezes. Na última volta, as trombetas tocaram, o povo gritou, conforme Deus havia mandado, e as muralhas vieram ao chão. Os israelitas invadiram a cidade e a destruíram completamente, poupandoapenas Raabe e os  que com ela estavam.

Apresentemos ao Senhor as muralhas que estão diante de nós, interrompendo nossa jornada.
Ele haverá de nos ajudar a vencê-las, em nome de Jesus. Se temos andado com o Senhor e as muralhas ainda não caíram, não podemos desanimar. É tempo de prosseguir.

A vitória chegou e o líder Josué foi exaltado aos olhos do povo, não por seu próprio poder, mas ficou notório que ele, de fato, servia ao verdadeiro Deus(Js.6.27). Os líderes sempre precisam enfrentar grandes desafios, pois essas importantes vitórias comprovarão a autenticidade de suas vocações. Portanto, um grande problema pode ser uma grande oportunidade. Foi o que Golias representou na história de Davi.

O relato sobre a destruição de Jericó termina com uma maldição. Está escrito que maldito seria aquele que reconstruísse aquela cidade. Perderia o filho primogênito ao lançar seus fundamentos, e o mais novo quando colocasse suas portas (Js.6.26).

Lendo o Novo Testamento, encontramos relatos que citam Jericó. Portanto, lá estava ela novamente. Como pode ter ressurgido?

A história de Israel nos traz a explicação. No tempo do rei Acabe, surgiu um
homem chamado Hiel, de Betel, que tomou a iniciativa de construir Jericó,atraindo sobre si a maldição profetizada. Construiu a cidade e perdeu dois filhos: Abirão e Segube (IRs.16.34).

Ele desconhecia a profecia ou quis desafiar o Senhor? Não sabemos. O certo é que não podemos ignorar a palavra de Deus que está na bíblia. Não podemos deixar de crer nela, nem menosprezar os males  acerca dos quais ela nos adverte.

Com isso, aprendemos ainda uma importante lição: não devemos reconstruir aquilo que Deus destruiu. Se ele já nos libertou de um pecado, de um relacionamento ilícito, de um vício, não podemos voltar àquele lugar para reatar os laços da iniquidade. As consequências podem ser drásticas.

Hiel entrou para a história como o construtor de Jericó, mas perdeu seus filhos. De que adianta sermos conhecidos como edificadores de uma cidade, se perdermos nossos filhos? De que adiantam grandes realizações materiais, profissionais,culturais, políticas, ou até ministeriais, se fracassarmos na edificação do nosso lar? Se formos infiéis ao Senhor, traremos consequências ruins para a nossa descendência.

Sejamos como Josué e não como Hiel. Sejamos conquistadores do que Deus prometeu, mas não desejemos aquilo que ele proibiu.


Anísio Renato de Andrade
Bacharel em Teologia

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Lição 08 /EXORTAÇÃO À SANTIFICAÇÃO/ Subsídios


EXORTAÇÃO À SANTIFICAÇÃO


Texto Áureo: II Co. 7.1 - Leitura Bíblica em Classe: II Co. 6.14-18; 7.1,8-10.



Objetivo: Mostrar que através de uma vida de santificação o crente separa-se das paixões mundanas, dedicando-se sacrificialmente ao serviço do nosso Senhor Jesus Cristo.






INTRODUÇÃO


Na aula de hoje meditaremos a respeito da importância da santificação para a vida do crente. De acordo com o autor da Epístola ao Hebreus, é preciso buscar a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb. 12.14). Nessa mesma perspectiva, veremos, na lição, que Paulo admoesta os crentes de Corinto para que vivam em santificação. Em seguida, o Apóstolo se alegra pelas boas notícias que recebe dos crentes daquela cidade. A razão dessa alegria, conforme estudaremos ao final, é a restauração do seu relacionamento com os crentes coríntios.


1. APELO À SANTIFICAÇÃO


Paulo apela aos crentes para que vivam em santidade, e a base desse proceder é o temor ao Senhor (II Co. 7.1). Não podemos esquecer que o Senhor, o Nosso Deus, é santo e demanda, dos crentes, santificação (Lv. 11.44; 22.32). Em seguida, adverte os irmãos para que o acolham em seus corações. O Apóstolo acreditava que havia ainda alguma reticência dos coríntios em relação a ele. Em seguida justifica: a ninguém tratamos com injustiça, a ninguém corrompemos e a ninguém exploramos (II Co. 7.2). Essa mensagem serve de instrução para muitos obreiros que se aproveitam dos membros da igreja para explorá-los em benefício próprio. Nessa passagem Paulo aborda, explicitamente, a questão do dinheiro. O obreiro do Senhor não pode ser amante do dinheiro. Essa instrução está clara em II Tm. 6.3-10 e, por não atentar para ela, muitos se desviaram da verdade e trouxeram dores para si. O interesse maior de Paulo não é o dinheiro, mas o desenvolvimento espiritual dos crentes, que já estavam no coração dele, por eles o Apóstolo tanto estaria disposto a viver ou a morrer (II Co. 7.3). Com essa expressão “morrer e viver”, Paulo está revelando sua disposição de entregar a própria vida para o bem do rebanho, haja vista sua certeza da glória eterna (Rm. 8.18; II Co. 4.17). Apesar dos momentos de tribulação, principalmente das incompreensões dos coríntios, Paulo reage com alegria ao saber que os irmãos daquela cidade finalmente haviam compreendido seus propósitos (II Co. 7.4).


2. NOTÍCIAS AGRADÁVEIS DE CORINTO


A tristeza de Paulo, por causa da oposição dos crentes coríntios, começa a se dissipar. A causa dessa mudança é a carta escrita pelo Apóstolo (II Co. 7.8-13). As portas se abriram para ele. Tito, além de ter sido usado por Deus nessa empreitada, também lhe traz boas notícias. Os crentes passaram a compreendendo as motivações reais de Paulo. Ele lembra das tribulações pelas quais passou, algumas delas de dentro e outras de fora (II Co. 7.5). Isso aconteceu nos momentos que antecedaram a vinda de Tito. Instantes de muitas expectativas, em que Paulo estava na Macedônia, aguardando-o. Ele não se desesperou, pois conhecia ao Senhor, que conforta aos abatidos, e que lhe provia a graça necessária para que ele suportasse as aflições (II Co. 12.7-10). A concretização desse consolo se deu, de modo mais evidente, quando Tito chegou, para lhe trazer alívio (II Co. 7.13-16). Os crentes de Corinto haviam sido contristados por causa da carta severa de Paulo. Ele mesmo diz que não se arrepende de tê-la escrito, pois ainda que fosse uma carta “dolorosa”, possibilitou que os crentes se voltassem para Deus (II Co. 7.8,9). A tristeza segundo Deus não conduz o crente à perdição, antes ao arrependimento, e a salvação, como aconteceram com Davi (II Sm. 12.13; Sl. 51), Pedro (Mc. 1472) e o próprio Paulo (At. 9.1-22). Essa tristeza propicia o temor ao Senhor, pois faz com que o pecador veja a sua condição com vergonha e busca a imediata restauração. A palavra de Deus pode ser um remédio amargo, mas é necessário para que o crente ter a saúde espiritual restabelecida (II Co. 7.11).


3. CONSOLO E RESTAURAÇÃO


Paulo diz que não escreveu a epístola “severa” para afrontar o ofensor que estava semeando contenda a seu respeito. Com essa declaração o Apóstolo destaca que seu motivo maior não era a vingança. Apelar para que seu ofensor fosse disciplinado não era um interesse pessoal. Sua meta principal era favorecer o arrependimento, tanto do ofensor quanto da igreja de Corinto (II Co. 4.12,13). O cristão amoroso não se alegra com a queda de um irmão, sua atitude primária é buscar a restauração, ainda que ele seja a parte vitimada. Paulo tomou as medidas cabíveis para que Tito fosse até Corinto, para atuar no processo de restauração. Os crentes daquela cidade não decepcionaram o apóstolo perante Tito (II Co. 7.14). Na verdade, responderam com presteza, recebendo Tito como autoridade representativa de Paulo (II Co. 7.15). Nos dias atuais, deparamo-nos, como já nos dias de Paulo, de uma acirrada crise de autoridade. Há membros das igrejas que são bastante críticos em relação aos seus líderes. Em alguns casos, principalmente onde há excessos, tais atitudes são compreensíveis. Mas não quando esse é um obreiro dedicado ao serviço do Senhor. Quando um obreiro do Senhor, que se pauta pela Palavra de Deus, for alvo de críticas injustas, a igreja deve assumir as dores do seu pastor, e defendê-lo diante dos ofensores. A alegria de Paulo estava no consolo provido pelos irmãos de Corinto, ele sabia que podia confiar neles (II Co. 7.16).


CONCLUSÃO


A santificação deva ser o alvo primordial da vida de todo crente que serve ao Senhor. Essa mensagem, porém, é bastante impopular. Por esse motivo, os pregadores que querem mercadejar o evangelho, evitam tais temas em seus sermões. O obreiro comprometido com as verdades exaradas na Palavra de Deus não pode fazer concessões, ainda que seja mal-compreendido. Quando o pastor estiver sofrendo ameaças por defender o evangelho genuíno de Cristo, a igreja deve posicionar-se, a fim de protegê-lo das ofensas e consolá-lo para que não fique entristecido.

Pb. José Roberto A. Barbosa
Fonte:Subsídios ebd

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A MURALHA DE JERICÓ


Vença os obstáculos pelo poder de Deus.



Depois de viajar pelo deserto durante quarenta anos, os israelitas chegaram,finalmente, diante de Canaã. Agora, era só entrar na terra e fazer o loteamento.


Certo? Errado. As coisas não eram assim tão fáceis. Havia no caminho uma imensa muralha. Muitas vezes, nos encontramos em situações semelhantes. Quando pensamos que vamos "tomar posse da bênção", surge uma imponente muralha que parece zombar


de nossas esperanças.Entretanto, não vamos desistir dos propósitos de Deus para nós. Não vamos assentar no meio da estrada. Não vamos voltar ao Egito. Essa deve ser nossa titude de fé: olhar para frente e prosseguir.


Tu do aquilo que impede a bênção, que impede o êxito, todo problema que parece insolúvel, é um tipo de muralha colocada por Satanás e permitida por Deus. Nesse contexto, Satanás tem o desejo de nos fazer fracassar. Entretanto, utilizando-se da mesma situação, Deus espera que saiamos vitoriosos, experientes e fortalecidos.


Diante do obstáculo, muitas pessoas tentam vencer através de meios humanos.Imagine, se Josué resolvesse pular o muro ou cavar um túnel... Provavelmente,sua história não estaria na Bíblia e precisaríamos de outro assunto para esta mensagem. Porém, o líder de Israel escolheu os meios divinos, mesmo sendo incompreensíveis e desprovidos de lógica. A mente humana nos aconselha a dar um


"jeitinho", buscando uma solução mundana ou ilícita para o problema. Deus,porém, muda as situações pelas vias da integridade e da justiça.Para que o Senhor possa agir, alguns requisitos são necessários:


1 – A ARCA – O povo precisava ter a arca indo à frente. A arca era um móvel de madeira de cetim coberta de ouro que representava a presença de Deus e sua aliança com Israel. Se queremos vencer as barreiras, precisamos ter compromisso com Deus e uma comunhão real com ele.


2 – RODEAR A CIDADE - O povo precisava andar em volta da muralha. Aqui está a questão da obediência e da ação. Se você está consciente de que Deus lhe deu uma ordem, obedeça. Esta é a sua parte. Se você não sabe o que fazer diante do problema, ore, consulte a Bíblia, consulte a liderança da igreja e parta para a ação. Jesus disse: "Eu sou o caminho" (João 14.6). Logo, precisamos andar.


Cristianismo não é estacionamento.


3 – TEMPO – Israel deveria andar em torno de Jericó durante 7 dias. Aqui está o teste da perseverança e da paciência. Você deve obedecer hoje e continuar obedecendo amanhã, mesmo que os obstáculos pareçam mais firmes do que antes.Você deve ser mais firme do que a muralha. Sua fé deve ser mais resistente.


Depois de rodear a cidade no primeiro dia, não houve nenhum resultado. Talvez tenha sido difícil para alguns israelitas levantarem de suas camas no segundo e no terceiro dia e nos dias seguintes, sabendo que nada aconteceu na véspera.


Você já experimentou esse desânimo? Não se deixe vencer por ele. Continue obedecendo ao Senhor.


No sétimo dia, a muralha caiu. Não podemos fazer uma regra para Deus e dizer que ele sempre vai agir depois de 7 dias ou depois de 7 orações, etc. Ele pode agir no primeiro dia, ou no sétimo, ou no vigésimo-primeiro, como aconteceu com Daniel (cap.10), ou em outro dia qualquer. O que concluímos é que Deus tem um tempo certo para tudo, apesar de que, em alguns casos, nós é que retardamos as bênçãos devido à nossa incredulidade, passividade e desobediência.


Depois que Israel fez tudo o que Deus ordenou, a muralha ruiu e o povo pôde conquistar a cidade. Que Deus nos abençoe e nos ajude a conquistar todos os nossos direitos espirituais em Cristo.



Anísio Renato de Andrade


Bacharel em Teologia

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Lição 07 /PAULO, UM MODELO DE LÍDER-SERVIDOR /Subsídios

 
PAULO, UM MODELO DE LÍDER-SERVIDOR
Texto Áureo: II Co. 6.1 - Leitura Bíblica em Classe: II Co. 6.1-10.

Objetivo: Mostrar que o ministério consiste, fundamentalmente, na proclamação da obra expiatória do Senhor Jesus Cristo.

INTRODUÇÃO
Alguns líderes precisam aprender a lição de Jesus quando lavou os pés dos seus discípulos (Jo. 13.5-14). Paulo também nos dá o exemplo de líder-servidor, que se dispõe ao sacrifício pelos irmãos da igreja e não se assenhora sobre eles. Na aula de hoje aprenderemos a respeito do exercício da liderança para servir. No início da aula reforçaremos a importância do exercício da reconciliação dentro da igreja. Em seguida, atentaremos para o perfil do líder-servidor. Por fim, destacaremos algumas instruções de Paulo aos crentes de Corinto, necessárias à igreja atual.

1. AINDA SOBRE A RECONCILIAÇÃO
Por causa da reconciliação efetuada por intermédio do sacrifício vicário de Cristo, os obreiros são, agora, cooperadores com Ele (II Co. 5.20), podem exortar os cristãos para que não recebam a graça de Deus em vão. Os leitores coríntios de Paulo, bem como a igreja do Senhor hoje, não podem se afastar da mensagem da graça divina, abraçando falsos ensinamentos, doutrinas contrárias à salvação bíblica (Ef. 2,8-10; II Co. 6.1; Gl. 2.21). A mensagem da salvação divina é oportuna, e sobrepõe-se a todo e qualquer pensamento humano (II Co. 6.2; Hb. 3.12-15). O apóstolo, conforme já defendera anteriormente, tem a consciência tranqüila perante Deus e os homens, pois não deu motivo de escândalo aos crentes de Corinto. Portou-se com paciência, mesmo em meio às aflições, privações, angústias, açoites, prisões e tumultos (II Co. 6.3,4). Paulo ressalta sua sinceridade, longanimidade e bondade no Espírito (II Co. 6.5), destacando o caráter sofredor do ministro de Deus (Mt. 10.24; At. 20.19).

2. AS ADVERSIDADES DO LÍDER-SERVO
Uma das marcas do ministério de Paulo é a sinceridade, demonstrada em longanimidade e bondade, no Espírito Santo. Ele não fazia uso de máscaras, pois seu amor não era fingido, estava fundamentado na palavra da verdade e no poder de Deus (I Co. 2.5; II Co. 6.6,7). As armas de Paulo, isto é, seus argumentos, não eram humanos, não estavam alicerçados em sofismas (II Co. 10.3-5), pois o Apóstolo levava cativo todo pensamento a Cristo (II Co. 10.5). O evangelho de Cristo é loucura para aqueles que se baseiam nos argumentos racionais, e não na obediência por meio da fé (At. 19.8,9). A armadura de Deus, e não os artifício mundanos, deva ser a indumentária do cristão, que serve tanto para o ataque quanto para a defesa (Ef. 6.10-20). Com tais armas, o cristão, diante dos acusadores, pode agir com firmeza, e dar bom testemunho de sua sinceridade na fé em Cristo. Mesmo diante das adversidades, o servo de Deus não se abate, pois é capaz de alegrar-se, mesmo em meio a tristeza, de ser enriquecido, mesmo na pobreza (II Co. 6.8,10). Diante das ameaças de morte, Paulo continuava vivo, e mais, trabalhava incessantemente para não dar lugar aos falatórios torpes, não tirava vantagem financeira dos irmãos de coríntios, não demonstrava interesse em enriquecimento material, pois já fora enriquecido em Cristo (Ef. 1.3). Ele alegrava-se tanto nas tristezas quanto nos sofrimentos, pois, apesar de tudo, e em todas as coisas, era mais que vencedor (Rm. 8.37). Como líder-servidor, Paulo agia com amor, e não tinha vergonha de verbalizar esse amor pelos coríntios (II Co. 6.11). Mais do que dizer, o Apóstolo também demonstrava esse amor, expressando sua disposição de perdoar (II Co. 6.12) e orienta os coríntios para que façam o mesmo em amor (II Co. 6.13). O líder que está disposto a servir não guarda mágua dos seus liderando, tem plena disposição para perdoar, submete-se em amor. O líder que se fundamenta apenas na autoridade não pode demonstrar amor. Quando o poder se sobrepõe à liderança, não há oportunidade para a manifestação do amor.

3. EXORTAÇÕES DE UM LÍDER-SERVIDOR
O coração de Paulo está aberto para viver em plena reconciliação com os crentes coríntios. O Apóstolo dos Gentios não impõe limites para receber o perdão dos crentes, mas esses, como alguns crentes das igrejas atuais, preferem construir muros ao invés de pontes (II Co. 6.11,12). Ele apela para que os crentes, denominados de filhos em II Co. 6.13, para que abram seus corações, deixem de ficar carrancudos, entreguem-se ao afeto já experimentado pelo Apóstolo. Em seguida, passa a dar algumas instruções para a santificação da igreja, dentre elas destacamos: que não se ponham em jugo desigual com os incrédulos (II Co. 6.14-16), seja através de casamentos mistos (I Co. 7.39) ou de práticas religiosas pagãs (I Co. 10.14-22). Os crentes devem lembrar que são santuários do Deus Vivo, portanto, devem glorificar a Deus no corpo (I Co. 6.19,20; II Co. 6.16) que é a habitação de Deus (II Co. 7.17,18). A igreja, como templo do Deus vivo, deva manifestar a Sua presença (Ef. 2.22). Essa revelação motiva os crentes a viverem como filhos de Deus, em obediência. Para tanto, a separação é condição necessária, a fim de que não haja contaminação com as coisas impuras. A igreja de Cristo está no mundo, mas não é do mundo. No dia-a-dia, o crente pode, e deve, conviver com as pessoas descrentes, mas não pode ter participação em suas práticas pecaminosas (Jo. 17.14-17).

CONCLUSÃO
Nas próximas lições estudaremos um pouco mais sobre a santificação do crente. Esse tópico final é apenas uma preparação para o que vem em seguida. Adiantamos que, para viver em santificação, é preciso investir no relacionamento com Deus. O hino 77 da Harpa Cristo nos lembra dessa verdade: “Queres, neste mundo, ser um vencedor? Queres tu cantar nas lutas e na dor? Queres ser alegre, qual bom lutador? Guarda o contato com teu Salvador!”
 
 
Pb. José Roberto A. Barbosa

 
BIBLIOGRAFIAKRUSE, C. II Coríntios: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1999.
HORTON, S. I e II Coríntios. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Lição 06 /O MINISTÉRIO DA RECONCILIAÇÃO/Subsídios

O MINISTÉRIO DA RECONCILIAÇÃO
Texto Áureo: II Co. 5.18 - Leitura Bíblica em Classe: II Co. 5.14,15,17-21

Objetivo: Mostrar que o ministério consiste, fundamentalmente, na proclamação da obra expiatória do Senhor Jesus Cristo.



INTRODUÇÃO


Na lição de hoje estudaremos sobre o ministério da reconciliação em Cristo Jesus. Inicialmente, meditaremos a respeito da habitação celestial dos crentes. Em seguida, sobre a atuação do amor de Cristo que nos constrange e nos transforma. Ao final, trataremos a respeito do ministério da reconciliação propriamente dito, concretizado na obra expiatória do Senhor Jesus Cristo.


1. A HABITAÇÃO CELESTIAL DOS CRENTES


Nossa leve e momentânea tribulação não pode ser comparada com a glória que em nós haverá de ser revelada. Paulo tem essa certeza porque sabe que quando essa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, receberá, da parte de Deus, um edifício, casa não feita por mãos humanas, perenes, mas eternas, nos céus (II Co. 5.1; Jo. 2.21,22). Em Rm. 8.18-24 o Apóstolo reafirma essa verdade, dizendo que os crentes terão, no futuro, a redenção do corpo, o edifício prometido para os que crêem. Enquanto estamos neste corpo, gememos, na expectativa da redenção, quando seremos revestidos da nova habilitação celestial (II Co. 5.2). Ainda que as adversidades nos causem opressão, podemos ter a convicção de que Deus cumprirá o que prometeu, a vida eterna (Jo. 3.16). A concretização plena dessa vida se dará por ocasião da ressurreição. Os gregos menosprezavam o corpo, mas Paulo, com base na revelação cristã, ensina que essa é uma realidade (I Co. 15.53,54). Quando isso acontecer, receberemos, de Cristo, um corpo de glória (Fp. 3.2), incorruptível (I Co. 15.42-49). A transformação do corpo será repentina, momento em que seremos revestidos de uma roupagem de glória (II Co. 5.3,4). Esse evento se dará por ocasião da volta de Cristo para arrebatar a Sua igreja (I Ts. 4.13-18). Por causa dessa promessa, podemos viver na bendita esperança, e sempre ter bom ânimo, mas esse fundamento não está no que vemos, mas na fé, na convicção da Palavra de Deus, pois a fé vem pelo ouvir (Rm. 10.17; II Co. 5.5; Hb. 11.1). O Espírito Santo é penhor, o pagamento antecipado, que garante Sua propriedade sobre nós, de sorte que agora temos plena confiança (II Co. 5.7,8). Por amor a obra de Deus Paulo prefere ficar no corpo, mas reconhece que partir e estar com Cristo é incomparavelmente melhor (II Co. 5.6; Fp. 1.23). Quer na vida ou na morte, o Apóstolo decidiu agradar ao Senhor e fazer disso o objetivo da sua vida (II Co. 5.9), pois chegará o dia no qual todos comparecerão perante o tribunal de Cristo (Rm. 14.10). Naquele dia cada um receberá segundo o bem ou o mal que tiverem feito por meio do corpo, em tal ocasião os ministérios serão julgados pelo Senhor (II Co. 5.10).


2. O AMOR DE CRISTO NOS CONTRANGE


Por isso, com base no temor do Senhor, Paulo persuade aos homens para que reconheçam a integridade do seu ministério (II Co. 5.11). Essa persuasão é feita com bastante sutileza, pois o Apóstolo espera que os crentes de coríntios respondam às acusações dos ofensores (II Co. 5.12). Diferentemente desses, Paulo não se gloria na aparência e não depende de artifícios externos para causar convencimento. Mais importante que tais exterioridades é o estado espiritual do coração, esse sim é mais relevante para Deus. Mas tal opção pode ser percebida, para aqueles que valorizam o exterior, como loucura (Mc. 3.21; At. 26.22-25). Mesmo assim, essa é uma loucura necessária, pois aprouve a Deus salvar os pecadores pela loucura da pregação da cruz de Cristo (II Co. 5.13). É o amor de Cristo que o constrange para que esse dedique a sua vida a Ele, com zelo e fidelidade (II Co. 5.14; Rm. 5.5; Jo. 3.16). Com base nessa verdade, o Apóstolo admite que, por causa da morte de Cristo, os que vivem não mais podem viver para si, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou (II Co. 5.15; Gl. 2.20; 6.14). A partir desse fundamento, Paulo não se eximiu da responsabilidade de buscar a reconciliação com os irmãos de coríntios. O amor do Apóstolo pela obra de Cristo o conduziu a tomar iniciativa em prol da comunhão. Ele, porém, não pode se gloriar disso, pois não age segundo a opinião humana, mas segundo o espírito (Fp. 3.4-8; II Co. 5.16). Como resultado dessa comunhão, do crente com Cristo, e entre os próprios crentes, um novo relacionamento é construído, de modo que os que estão em Cristo são novas criaturas, as coisas velhas ficaram para trás, tudo se fez novo (II Co. 5.17; Rm. 8.21; I Co. 6.9-11; Rm. 8.19-23).


3. O MINISTÉRIO DA RECONCILIAÇÃO


Essa novidade de vida tem início com Deus, que nos reconciliou consigo mesmo. A iniciativa é do Senhor que executa a reconciliação por meio do sacrifício vicário de Cristo, que soluciona o problema da ira de Deus, revelada desde os céus contra toda iniqüidade humana (II Co. 5.18; Rm. 1.18; 5.9-11). Deus estava com Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões (II Co. 5.19). Em Rm. 4.8, tratando do mesmo tema, Paulo cita Sl. 32.2, dizendo: “bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniqüidade”. Esse “todos”, no versículo 19, é um recurso estilístico, pois Paulo, em outra passagens, deixa implícito que os pecados dos incrédulos lhes serão imputados (Rm. 1.18-32; 2.5-11; Ef. 5.3-6; Cl. 3.5-6). Agora, reconciliados com Deus em Cristo, somos embaixadores em nome de Cristo, isto é, emissários de Deus em prol da reconciliação dos pecadores. Por esse motivo, rogamos a esses que se reconciliem com Deus (II Co. 5.20). O fundamento da reconciliação é a Pessoa de Cristo, que não conheceu pecado, mas se fez pecado por nós (Jô. 8.46; I Co. 5.21; Hb. 4.15; I Pe. 1.19; 2.22). Nele fomos feitos justiça de Deus, pois Jesus morreu em nosso lugar, portanto, a nós não mais é imputado pecado (Rm. 3.21-26; Fp. 3.7-9). Jesus se tornou maldição por nós (Dt. 21.23; Gl. 3.13), pagando inteiramente o preço da redenção (Cl. 2.14).


CONCLUSÃO


Deus estava em Cristo reconciliando o mundo (II Co. 5.19). Essa é uma das mais sublimes mensagens bíblicas. A obra de Cristo na cruz do calvário é a manifestação do supremo amor de Deus (Jo. 3.16). O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo (Rm. 3.13; 6.23). Essa verdade nos impulsiona a cantar: “Rude cruz se erigiu, dela o dia fugiu, como emblema de vergonha e dor; mas contemplo esta cruz, porque nela Jesus, deu a vida por mim, pecador. Sim, eu amo a mensagem da cruz, te morrer eu a vou proclamar; levarei eu também minha cruz, te por uma cora trocar” (HP. 291).


Pb. José Roberto A. Barbosa



BIBLIOGRAFIA


KRUSE, C. II Coríntios: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1999.


HORTON, S. I e II Coríntios. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

 
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