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sábado, 30 de janeiro de 2010

Lição 05/ TESOURO EM VASOS DE BARRO/ Subsídios




TESOURO EM VASOS DE BARRO
Texto Áureo: II Co. 4.7 - Leitura Bíblica em Classe: II Co. 4.7-12.


Objetivo: Mostrar que ainda que sejamos frágeis, Deus nos usa para proclamar as Boas Novas, dando-nos o poder para realizar Sua obra. INTRODUÇÃO
Conforme estudamos na lição anterior, a glória do ministério cristão não repousa nos atributos pessoais, mas em Deus, que, em Cristo, realiza, em nós, Sua obra em misericórdia. Na aula de hoje atentaremos para a conduta do ministério de Paulo, a fragilidade e o conteúdo dos vasos de barros, e finalmente, da glorificação final desses vasos. Veremos que o Senhor decidiu, soberanamente, concretizar seus propósitos através de vasos frágeis, os quais, paradoxalmente, conduzem um conteúdo precioso.


1. MENSAGEM: TESOURO EM VASOS

Paulo está ciente que o ministério cristão é realizado segundo a misericórdia de Deus (II Co. 4.1). É válido ressaltar que outrora o Apóstolo fora um perseguidor da Igreja de Deus (I Co. 15.9,10; I Tm. 1.12-16). Paulo afirma que não se utiliza de argumentos astuciosos (sutilezas, truques), nem tem a mínima pretensão de adulterar a palavra de Deus (II Co. 4.2) como fez a serpente quando enganou Eva (II Co. 11.3,14,15; 12.6). Sua conduta ministerial é pautada na convicção da presença de Deus, pois é Ele quem julga os atos do obreiro (I Co. 4.3,4). Depreendemos de II Co. 4.3,4 que os opositores de Paulo criticavam-no, dizendo que ele não se fazia compreendido. O Apóstolo defende-se argumentando que o problema não está no encobrimento da mensagem, mas na cegueira promovida por satanás, o deus-deste-século, fazendo com que os incrédulos não compreendam a mensagem (II Co. 2.11; 11.3,14; Jo. 8.44). A cegueira satânica opera a fim de que não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus, a do último Adão (Gn. 1.26; I Co. 15.45-49). A mensagem do apóstolo é simples, ele não trata de si mesmo, mas do Cristo Crucificado (II Co. 4.5), escândalo para os judeus e loucura para os gregos (I Co. 1.20-23). Por meio dessa mensagem, Deus, como no princípio (Gn. 1.2,3), possibilita uma nova criação, retirando os pecadores do império das traves e conduzindo-os ao reino de amor em Seu Filho Jesus Cristo (Cl. 1.13).


2. FRAGILIDADE: VASOS DE BARRO

No antigo oriente os vasos de barro eram comumente encontrados nos lares. Diferentemente dos vasos de metal ou de vidro, os de barro eram adquiridos por baixo preço e quebravam com facilidade. Do mesmo modo os mensageiros de Deus são frágeis, é bem provável que não chamem a atenção do mundo pelos seus artefatos exteriores, mas conduzem, no interior, um tesouro de precioso valor (II Co. 3.7). Isso acontece porque Deus escolheu “as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são” (I Co. 1.27,28). Os mensageiros de Deus, portanto, são atribulados de várias formas, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos (II Co. 4.8,9). Ao contrário do que defendem determinados seguimentos evangélicos, a vida cristã, em especial a dos obreiros, não é isenta de sofrimentos. Devido ao escândalo da mensagem cristã, muitos obreiros são incompreendidos não apenas pelo mundo, mas também pelos de dentro da igreja. Paulo destacou que havia passado por circunstâncias desesperadoras que foram para além das suas forças (II Co. 1.8). Mesmo assim ele não desanimou, pois mesmo nos momentos solitários foi assistido pelo Senhor (II Tm. 4.16-18). Diante dele estava, todos os dias, a exposição à morte por causa do evangelho de Cristo (II Co. 4.10,11). Como disse aos crentes de Roma: “Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; somos reputados como ovelhas para o matadouro” (Rm. 8.36). O Apóstolo regozija-se por saber que, mesmo na fragilidade, e ainda em risco de morte, a vida de Jesus se manifestava em sua carne mortal (Rm. 8.35-39; II Co. 1.8-10; Fp. 3.10; 4.12-13). Mesmo que nele opere a morte, naqueles que ouve, opera a vida (II Co. 4.12). Apóstolo destaca que o fundamento do ministério está nas marcas de Cristo, por meio das quais é demonstrada a identificação do cristão com o Senhor (Gl. 6.17).


3. A GLORIFICAÇÃO DOS VASOS

Apesar dos sofrimentos, a fé de Paulo persiste baseada na certeza da ressurreição dos mortos (II Co. 4.12; I Co. 15.20-23). É antagônico que determinados ministros dos dias atuais fundamentem sua atuação nas glórias que receberão na terra. Alguns deles, contrariando os princípios cristãos, ficam perplexos diante da possibilidade da morte (Fp. 1.21-23; II Co. 5.1,2). O apóstolo, diferentemente, aguarda a manifestação do Senhor, quando se dará o momento da glorificação (Fp. 4.16; I Ts. 2.19). Alguns obreiros, dominados pela teologia da ganância, perderam a bendita esperança, e não mais atentam para a doutrina do arrebatamento da igreja (I Ts. 4.13-17). Ainda que o homem exterior se corrompa, o interior se renova de dia em dia (II Co. 4.16; Ef. 3.14-19), pois “nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação” (II Co. 4.17). Gememos agora debaixo do peso da tribulação, mas regozijaremos no futuro quando o que é incorruptível se revestir da incorruptibilidade, quando a morte for tragada na vitória (I Co. 15.53,54). Os sofrimentos do tempo presente não são para ser comparados com as glórias por vir que em nós serão reveladas (Rm. 8.18). As tribulações de Paulo foram leves e momentâneas apenas no seu modo de ver (I Co. 1.8,9; 2.4; 4.8,9; 6.4-10; 11.24-27), pois ele não atentava para as coisas visíveis, mas para as invisíveis e eternas (II Co. 4.18; Rm. 8.19-23; Fp. 3.20-21).


CONCLUSÃO

Tesouros em vasos de barro, é isso que os mensageiros de Deus são. Frágeis e de pouco valor, mas com um conteúdo precioso. Não somos ainda o que haveremos de ser, pois quando Cristo que é a vida se manifestar, seremos como Ele é (I Jo. 3.1-3). Portanto, com o compositor sacro, cantamos: “Desprezando toda a dor eu vou a cantar, e o calvário, ao pecador, sempre apontar, flechas transpassaram-me, padeci gran dor, mas Jesus, minha luz, fez-me vencedor. A paz adorada de Jesus verei, com a grei amada, no céu estarei. Na mansão dourada, hinos vou cantar, a Jesus, minha luz, que me quis salvar!” (HC 304).

Pb. José Roberto A. Barbosa

BIBLIOGRAFIA
KRUSE, C. II Coríntios: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1999.
HORTON, S. I e II Coríntios. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A Arca de Noé



A Arca de Noé

A partir do pecado de Adão, a humanidade se corrompeu profundamente,tornando-se abominável aos olhos de Deus. O Senhor decidiu, então,destruir suas criaturas. Noé, porém, era homem reto, diferente de seus contemporâneos.
Afim de preservá-lo, juntamente com sua família, Deus ordenou que Noé construísse uma enorme embarcação, onde também seriam preservados muitos animais. Apesar da ira divina contra o mundo, seu amor também foi demonstrado naquele episódio.
Noé não questionou a ordem recebida.Apenas tomou as providências necessárias para a construção da arca,
tornando-se eterno exemplo de obediência. Se ele não obedecesse ao Senhor, não estaríamos aqui hoje para meditar sobre sua história.
Sozinho, ele não conseguiria executar tão grande obra. Os primeiros convocados para ajudá-lo seriam seus filhos: Sem, Cão e Jafé.
Esse relato nos ensina sobre os princípios de autoridade e submissão.
Deus, como autoridade suprema do universo, escolhe homens e lhes outorga autoridade para a execução de suas missões neste mundo.
Nossos líderes não são onipotentes, não podem fazer tudo sozinhos. Portanto, precisamos ajudá-los. Os filhos de Noé não ouviam a voz de Deus diretamente. Portanto, deviam apenas obedecer ao seu pai. Amulher de Noé e as mulheres dos filhos, da mesma forma. Havia ali uma hierarquia definida. Aquela família foi salva através da obediência.
É verdade que nem todo líder é sincero e bem intencionado. Precisamos sempre estar atentos aos propósitos da liderança. No caso de Noé, seu objetivo era a salvação de seus liderados. Ele não pretendia maltratá-lo, destruí-los, nem explorá-los. Seus familiares não compreendiam exatamente o que estava acontecendo.Sabiam que haveria um dilúvio, mas isto nunca havia acontecido, logo
não tinham a idéia exata do que seria. O Senhor deseja que lhe obedeçamos mesmo sem compreendermos perfeitamente suas ordens. Não temos o direito de questioná-lo. Podemos tomar como exemplo várias ordens bíblicas. Quando Deus proibiu seu povo de comer sangue, muitos poderiam não entender omotivo. Hoje, depois de alguns milênios de desenvolvimento
científico, sabemos que o sangue pode transmitir muitas doenças. Jesus disse que os últimos dias seriam como os de Noé, quando as pessoas comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, e veio o dilúvio e levou a todos.
A igreja pode ser comparada à arca. Quem quiser ser salvo, deve fazer parte da igreja. Não se trata de ter o nome no rol de membros de uma denominação, embora possamos tê-lo. A igreja do Senhor é composta por aqueles que têm o nome no livro da vida do Cordeiro.
A obra de Deus pode ser comparada ao trabalho de construção da arca.
Muitos trabalharam nela, talvez por interesse financeiro, e acabaram não entrando na mesma. Na igreja, muitos trabalham, pelos mais diversos motivos, e não será surpresa verificarmos que muitos ficarão de fora quando a igreja subir. Cada um de nós deve examinar a si mesmo para não ficar para trás. Muitos abandonam a igreja por verem muitos problemas dentro dela. Permanecer dentro da arca também devia ser muito difícil. Afinal, havia ali toda espécie de animal. Podia ser desconfortável, mas não havia no mundo um lugar melhor para se estar durante o dilúvio.
A igreja é a agência de salvação neste mundo. Não há lugar melhor para se estar. Lá fora, a destruição avança a cada dia.
Noé foi o pregoeiro da justiça (IIPd.2.5). Por muitos anos ele
anunciou o "fim do mundo", mas muitos devem ter zombado dele. Como nunca tinha acontecido um dilúvio, as pessoas não acreditavam que fosse acontecer. Da mesma forma, hoje, as pessoas zombam do evangelho e continuam levando suas vidas indiferentes. Durante 120 anos, Deus
estendeu sua misericórdia para com aquele povo, mas só a família de Noé fez a vontade do Senhor.
Até os animais irracionais entraram na arca. Isso mostra que aquele  que rejeita a salvação oferecida por Deus, se coloca em condição inferior aos animais. Aguardamos o juízo final sobre a humanidade, mas ainda há tempo para quem quiser se salvar. A porta da salvação ainda está aberta. Não deixe para amanhã a decisão de aceitar o Senhor Jesus como Salvador. Nós, cristãos, precisamos ser diferentes dos ímpios. Se vivermos mergulhados no pecado, pereceremos juntamente com eles. Noé escapou porque era diferente e vivia de modo agradável ao Senhor. Haverá um novo dilúvio, não de água, mas da ira de Deus sobre a terra. O livro de Apocalipse fala de grandes catástrofes que acometerão a humanidade, encerrando a sua história neste mundo.
Novamente, uma família escapará: a igreja do Senhor Jesus. Enquanto o mundo estiver sendo destruído pelas calamidades escatológicas, a igreja subirá triunfante. Depois, haverá novo céu, nova terra, e uma eternidade de maravilhas que estão além da imaginação humana.
"Salvai-vos desta geração perversa" (At.2.40). "Se hoje ouvirdes a voz do Senhor vosso Deus, não endureçais os vossos corações"
(Heb.3.15).


Anísio Renato de Andrade
Bacharel em teologia

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Liçao 04/A GLÓRIA DAS DUAS ALIANÇAS/ Subsidios


 
A GLÓRIA DAS DUAS ALIANÇAS
Texto Áureo: II Co. 3.11 - Leitura Bíblica em Classe: II Co. 3.1-11.


Objetivo: Mostrar que a glória da Antiga Aliança desvaneceu ante a glória superior da Aliança revelada em Cristo Jesus.

INTRODUÇÃO
Na aula de hoje nos debruçaremos sobre a comparação que Paulo faz entre a Antiga e a Nova Aliança. Antes de aprofundarmos esse tema, discorreremos a respeito da autorrecomendação do Apóstolo, justificando suas credencias perante a igreja. Ao final da aula atentaremos para a suficiência da nova aliança em Cristo. Esse assunto é bastante apropriado para a igreja, haja vista as ameaças judaizantes para a igreja atual. Semelhante aos dias de Paulo, há hoje cristãos que defendem o retorno às praticas religiosas judaicas como requisito para a salvação.

1. A AUTORRECOMENDAÇÃO DE PAULO
Paulo não era contra as cartas de recomendação, haja vista ele mesmo ter feito uso delas para recomendar determinadas pessoas (Rm. 16.1; I Co. 16.10-11; Fp. 2.19-24). No caso específico desta epístola, ele justificou que por ter tido uma participação tão íntima com a Igreja de Corinto, uma carta de recomendação seria desnecessária. É provável que o ofensor de Paulo, que arrebanhava a igreja contra o Apóstolo em Corinto (II Co. 2.5), tenha usado a falta de uma carta de recomendação – vinda de Jerusalém, das autoridades apostólicas - como artifício para tentar descredenciá-lo. Tal atitude se revestia em pirraça contra o Apóstolo, já que esse teria fundado a igreja naquela cidade (II Co. 3.1). A existência de uma igreja em Corinto, plantada pelo Apóstolo, era a prova cabal de seu envio pelo Senhor, descartando, assim, a exigência de uma carta (II Co. 3.2). Os próprios coríntios eram cartas vivas, demonstração evidente da atuação de Cristo. A salvação dos crentes coríntios revelava-se como uma inscrição do Senhor, efetuada não com tinta, mas com o Espírito Santo (II Co. 3.3). A transformação das vidas dos coríntios, que outrora estavam perdidos em seus pecados, era uma nítida demonstração do poder do evangelho de Cristo (I Co. 6.9-11). Essa é uma valiosa verdade, o mundo pode muito bem não ler as Escrituras, mas poderá ler as vidas dos cristãos. Cada crente deve viver de tal modo que as pessoas possam neles o brilho da luz do evangelho (Mt. 5.14-16).

2. A VELHA E A NOVA ALIANÇA
Cristo é o fundamento da confiança de qualquer apostolado. Tendo Ele como base, não haverá o que temer, nem motivos para agir com timidez (II Co. 3.4; Rm. 8.15-17). Essa confiança é proveniente de Deus, pois é por Ele, com Ele e por meio dEle, que a obra espiritual é realizada (I Co. 1.18). É Ele quem nos faz ministros de uma nova aliança, essa edificada sobre Cristo, que superior à antiga aliança (I Co. 11.25; Hb. 9.15-28). Isso porque a letra, isto é, a Lei de Moisés, utilizada apenas como sistema de regras a ser obedecido conduz à morte (II Co. 3.6; Rm. 3.20; 10.1-4). Não é pela a observância a Lei que o ser humano é vivificado, mas pelo Espírito que realiza em nós, e conosco, aquilo que a Letra, por si, é incapaz de fazer (Go. 5.19-22; Rm. 8.3,4). Infelizmente, alguns cristãos radicais, por desconhecerem as normas de interpretação bíblica, argumentam, sem apelar ao contexto da passagem, que o cristão não pode se dedicar ao estudo da Bíblia, nem freqüentar institutos bíblicos, e nos casos mais extremos, se envolver com a Escola Dominical. O resultado é a total ignorância espiritual, cristãos despreparados para lidar com os problemas da vida, meninos na fé que se deixam levar por todo e qualquer vento de doutrina. Se analisar cuidadosamente esse texto, perceberemos que Paulo está mostrando a incapacidade da Lei para salvar o ser humano, ressaltando que essa apenas aponta o pecado. Ainda que a Lei seja santa, justa e boa (Rm. 7.12-14), o ser humano não é capaz de cumprir sua exigência (Ex. 34.7; Ez. 18.4).

3. A GLÓRIA DA NOVA ALIANÇA EM CRISTO
A Lei apenas serviu de aio – paidagogos no grego – a fim de conduzir as pessoas a Cristo (Gl. 3.24). Mas a Lei teve o seu fim em Cristo, já que essa apenas mostra o caminho, mas não remove os obstáculos, aponta a doença, mas não a cura. A glória da Lei é temporária, sua glória se esvai, pois o próprio brilho no rosto de Moisés desapareceu, o de Cristo, entretanto, permanece revestido de glória, por toda eternidade. Por isso, o Espírito dado na Nova Aliança em Cristo capacita o cristão para que esse cumpra os mandamentos de Deus (Ez. 36.27; Rm. 8.3,4). Esse ministério do Espírito é mais glorioso do que o ministério da morte. Se o ministério da condenação teve a sua glória, em muito maior proporção tem o ministério da justiça em Cristo (II Co. 3.9; Rm. 3.21-26). Assim, as exigências justas da lei podem ser cumpridas através de um andar no Espírito (Rm. 8.4; Gl. 5.19-25). Por meio da justiça de Cristo o Espírito nos auxilia a andar em boas obras para as quais de antemão fomos criados (Ef. 2.8-10). Essa intervenção divina é denominada, por Paulo, de justificação (Rm. 5.1), isso porque por meio de um ato legal, forense e judicial, Cristo se tornou substituto, pagando a dívida do pecado (Cl. 2.14). A partir de então, o justo viverá da fé no evangelho (Rm. 1.16,17) e nenhuma condenação há esses que estão em Cristo Jesus (Rm. 8.1).

CONCLUSÃO
Uma estrofe do hino 15 da Harpa Cristã, intitulado “Conversão”, sumariza o conteúdo da lição estudada. Diz seu autor: “Mas um dia senti meu pecado, e vi / sobre mim a espada da lei / apressado fugi, em Jesus me escondi / e abrigo seguro nEle achei”. O refrão esboça o júbilo dessa glória revelada em Cristo: “Foi na cruz, foi na cruz / onde um dia em vi / meu pecado castigado em Jesus / Foi ali, pela fé, que os olhos abri / e agora me alegro em Sua luz”.

Pb. José Roberto A. Barbosa

BIBLIOGRAFIA
KRUSE, C. II Coríntios: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1999.
HORTON, S. I e II Coríntios. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O CEGO DE JERICÓ

  




Texto base: Mc.10.46-52.

Introdução: Jesus tinha um ministério itinerante, percorrendo vários lugares, pregando, curando e libertando a muitos. Ele não ficava em casa esperando as pessoas.

1- Bartimeu, o cego, vivia à beira do caminho (v.46), à margem da estrada. Era marginalizado pela sociedade, como tantos deficientes
hoje. Ele não estava andando pelo caminho, mas parado. Sua vida
estava parada. Ele estava sem perspectivas, sem projetos. Ele
dependia dos outros. Estava sempre esperando que alguém o ajudasse.

2- Bartimeu ouviu sobre Jesus. Ouviu o ruído da multidão se
aproximando e alguém disse que Jesus estava chegando. Ele era cego, mas ouvia muito bem. Os cegos desenvolvem mais os outros sentidos ou os utilizam melhor que as demais pessoas. O pior cego é aquele que não ouve. Muitos "cegos espirituais" são também "surdos", pois se recusam a ouvir sobre Jesus. Observe a importância de se falar sobre Jesus, para que todos ouçam. Como ouvirão se não há quem
pregue? (Rm.10.14).

3- Bartimeu começou a clamar: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim! (v.47). Ele era cego, mas não tinha nenhum problema para falar. Começou a gritar. É importante que clamemos a Jesus em oração. Não adianta clamar a outra pessoa, algum santo ou falsa divindade. Clame a Jesus.

4 – Bartimeu tinha fé. Jesus era considerado filho de José. Por quê Bartimeu o chamou de Filho de Davi? O cego demonstrou que cria que Jesus era o Messias, o descendente de Davi, prometido no Velho Testamento para ser o rei de Israel.

5- Bartimeu pediu compaixão, misericórdia. Como são nossas
orações? Vamos determinar o que Deus vai fazer? Vamos anunciar nossas virtudes e nossas obras? Nada disso. Devemos pedir misericórdia ao Senhor.

6 – Muitos o repreendiam para que se calasse (v.48). Os que
enxergam querem que o cego fique em silêncio. É uma atitude egoísta.
Quando queremos Jesus, muitos se levantam contra nós. Isso pode acontecer no trabalho, na escola, na família, entre os amigos, etc. O cego não deu ouvidos às vozes opositoras. Continuou clamando. Ele era perseverante, insistente, determinado.

7- Jesus parou e mandou chamá-lo (v.49). O cego pediu compaixão e foi atendido. Jesus se compadeceu. Ele parou, interrompeu tudo, para atender ao cego. Havia uma multidão envolvendo Jesus, mas ele parou para atender a um homem. Jesus está atento a cada indivíduo. Ele está atento a você. Ele ouve a oração e atende.

8 – Depois das vozes negativas, agora o cego ouviu vozes que
diziam: "Tem bom ânimo. Levanta-te. Ele te chama". Que sejamos como esses mensageiros que levaram palavras animadoras para o cego.

9 – O cego deu um salto e andou até Jesus (v.50). Ele era cego, mas não tinha nenhum problema nas pernas. Atendeu ao chamado de Jesus imediatamente. Não havia tempo a perder.

10 – Jesus pergunta o que o cego quer e ele responde: "Mestre, que eu veja." (v.51). Ele podia pedir a Jesus uma esmola, uma capa nova, um prato de comida, uma bengala, um cachorro, uma casa, etc, mas ele foi direto ao principal: a visão. Podemos pedir tantas coisas a Jesus hoje, mas não nos esqueçamos de pedir que ele abra nossos olhos espirituais (Sal.119.18). Aquele que ainda não se converteu, está vivendo em cegueira, vive nas trevas, tropeçando e caindo, sem saber a direção certa. Jesus é a luz para os olhos dos
cegos (João 12.35,46).

11- Aquele homem foi curado (v.52). Jesus cura ainda hoje, mas o mais importante é que Bartimeu foi salvo, conforme Cristo declarou.
Em seguida, o texto diz que ele foi seguindo pelo caminho. Sua vida mudou completamente. Ele não ficava mais à margem do caminho, mas podia caminhar, podia ter uma vida normal e feliz.

Conclusão: Aquele cego clamou a Jesus, porque não sabia se ia encontrá-lo novamente. Ele não podia perder aquela oportunidade.
Hoje, não perca a oportunidade. Clame a Jesus. Seja curado, seja salvo.


Anísio Renato de Andrade

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Lição 03/ A GLÓRIA DO MINISTÉRIO CRISTÃO/ Subsídios





A GLÓRIA DO MINISTÉRIO CRISTÃO

Texto Áureo: II Co. 2.14 - Leitura Bíblica em Classe: II Co. 1.12-14,21,22; 2.4,14-17

Objetivo: Mostrar que a glória do ministério cristão está na simplicidade e sinceridade com que se prega o evangelho e na salvação e edificação dos fiéis.

INTRODUÇÃO
Apesar dos descalabros evangélicos que tentam ofuscar o brilho do ministério cristão, esse, uma vez desenvolvido em conformidade com a Palavra de Deus, continua sendo glorioso. Paulo escreveu a Timóteo, jovem pastor de Éfeso, ressaltando a sublimidade do ministério (I Tm. 3.1). O Apóstolo dos gentios é um grande exemplo de alguém que desenvolveu o ministério cristão com a dignidade e a sinceridade que lhe é devida. Na lição de hoje refletiremos a respeito do seu ministério apostólico, suas atitudes perante a igreja, bem como sua resposta aos falsificadores da mensagem evangélica.

1. O MINISTÉRIO APÓSTÓLICO DE PAULO
Paulo ressalta a glória do seu ministério apostólico apelando para o testemunho da sua consciência (II Co. 1.12). O Apóstolo dos gentios é cônscio do desenvolvimento das tarefas para as quais o Senhor lhe capacitou (Rm. 15.17-19). É evidente que a consciência de Paulo estava tranqüila porque esse conhecia e observava a Palavra de Deus. A consciência humana não é infalível como defendiam os gregos e romanos, pois essa precisa estar respaldada pela Palavra de Deus (I Co. 4.2-5). Mas deixar de atentar para a consciência significa incorrer no risco de perder-se espiritualmente (I Tm. 1.19). Os obreiros de Deus que atuam com a consciência fundamentada na Palavra são motivos de glória (II Tm. 2.16,16). Os que seguem as diretrizes da Palavra se alegrarão na eternidade ao verem o fruto do seu trabalho (Fp. 4.1; I Ts. 2.19). Como Paulo, podemos nos gloriar na obra do Senhor, contanto que isso não seja feito com orgulho ou auto-exaltação, mas com o coração comprometido com a igreja e com a causa do evangelho de Cristo (II Co. 10.17; I Co. 15.10). Paulo, diferentemente de alguns obreiros dos dias atuais, fundamentou seu ministério não em palavras de persuasão humana, mas na simplicidade, no escândalo e loucura da mensagem da cruz de Cristo (I Co. 2.1-5). Por esse motivo, sua consciência sossegava na certeza de estar cumprindo a meta para a qual o Senhor o separara. A meta de Paulo não era obter a aprovação dos outros, antes viver em sinceridade – eilikrineia em grego – termo que, literalmente, diz respeito a algo que é capaz de suportar a luz do sol e pode ser mirado com o sol brilhando através dele. O objetivo primordial do obreiro de Deus não é alcançar popularidade, mas pregar e viver a Palavra de Deus (II Tm. 2.15; 4.12).

2. A ATITUDE DE PAULO PERANTE A IGREJA
Os acusadores de Paulo diziam que ele não agia com leviandade e que não eram íntegros em suas palavras (II Co. 1.17,18). Essa acusação deu-se por causa da mudança de planos do apóstolo em relação à viagem pretendida. Eles pretendiam denegrir a imagem do Apóstolo, criticando-o por seguir a sabedoria humana, agindo segundo a carne (II Co. 1.12) e por ignorar a vontade de Deus (II Co. 1.17). Paulo responde aos críticos afirmando que resolveu mudar os planos da viagem – de Corinto para a Macedônia para da Macedônia para Corinto – por reconhecer uma necessidade premente naquela igreja. Com essa atitude ele pretende mostrar-se sensível às carências das igrejas e que a mudança de percurso revelava diligência na resolução de uma causa urgente. Com essa viagem os coríntios seriam beneficiados, esse seria um segundo benefício (II Co. 1.15), haja vista que o primeiro teria sido o período de dezoito meses em que esteve entre eles (At. 18.11) e os havia ganhado para o Senhor, tornando-se pai espiritual deles (I Co. 4.15). Ainda no intuito de defender-se da acusação de leviandade, Paulo faz referência à fidelidade de Deus. E, do mesmo modo, diz que suas palavras são verdadeiras, sinceras e coerentes (Mt. 5.37). Com essas palavras o Apóstolo argumenta em favor da sua sinceridade, e principalmente, das motivações corretas, fundamentadas no amor a Cristo e a Igreja para a glória de Deus (II Co. 1.19,20).

3. CONTRA OS FALSIFICADORES DA PALAVRA
Os falsificadores da Palavra eram aqueles que transformavam o evangelho de Cristo numa mercadoria a ser vendida. Em nossos dias nos deparamos com exemplos dessa mesma natureza, falsos obreiros que pregam um evangelho adulterado, descompromissado com a Palavra de Deus. Como não há compromisso com a Verdade, pregam aquilo que as pessoas desejam ouvir, não o que precisam ouvir (II Tm. 4.3). Tais profissionais utilizam estratégias de marketing com vistas à autopromoção. Igrejas incautas, por não se voltarem à Palavra, são fontes de lucro fácil para esses negociantes do evangelho de Cristo (II Co. 4.2; 11.20). Há até os que vendem pacotes para eventos evangélicos e têm a audácia de cobrar de acordo com a quantidade dos “milagres” que serão realizados. Cobram quantias vultosas para ir às igrejas, exploram os irmãos pobres a fim de satisfazer suas vaidades e para suplantar seus complexos de inferioridade. Investem exageradamente na aparência pessoal, usam gravatas importadas com custos vultosos, ternos luxuosos e sapatos com preços exorbitantes, tudo isso para causar impacto nos ouvintes. Paulo, diferentemente de tais falsificadores, não estava mercadejando a Palavra de Deus, não pretendia transformar o evangelho em um produto (II Co. 2.17a). O Apóstolo estava comprometido com a mensagem do evangelho, sabendo que essa procedia não de homens, mas de Deus (II Co. 2.17b). Também não fazia uso de malabarismos e subterfúgios para ludibriar as pessoas. Como Pedro, sabia que não importava agradar os homens e não agradar a Deus (At. 5.29). Por esse motivo pautava seu ministério na sinceridade, falava com honestidade aos seus ouvintes, fundamentava seu ensinamento não na ganância, mas na sinceridade a Deus.

CONCLUSÃO
Duas palavras resumem o ministério de Paulo e servem de critério para os obreiros de Deus: simplicidade e sinceridade. O Apóstolo não vivia de ostentações, não buscava glória própria, não camuflava a Palavra a fim de obter lucro e aprovação humana. A expansão do evangelho era a sua motivação central, mas sabia que essa somente seria alcançada caso estivesse de acordo com os parâmetros divinos. Quando o obreiro se encontra no centro da vontade de Deus, ele pode dormir com a consciência tranqüila. Mais que isso, tem autoridade espiritual para se opor aos falsificadores da Palavra que distorcem o evangelho de Cristo a fim de ludibriar o povo de Deus (II Co. 4.2).


Pb. José Roberto A. Barbosa

BIBLIOGRAFIA
KRUSE, C. II Coríntios: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1999.
LOPES, H. D. II Coríntios. São Paulo: Hagnos, 2008.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Lição 02 /O CONSOLO DE DEUS EM MEIO À AFLIÇÃO/Subsidios


 
O CONSOLO DE DEUS EM MEIO À AFLIÇÃO
Texto Áureo: II Co. 1.3 - Leitura Bíblica em Classe: II Co. 1.1-7

Objetivo: Mostrar que as aflições do tempo presente pode nos instruir a depender inteiramente de Deus, nosso auxílio e consolo.

INTRODUÇÃO
O cristão não está isento de passar por tribulações, na verdade, Jesus disse que no mundo teríamos aflições, mas não deveríamos perder o ânimo (Jo. 16.33). Na aula de hoje estudaremos a respeito da atitude do cristão diante das adversidades. Inicialmente trataremos sobre a introdução da Epístola em foco, em seguida, as aflições e o consolo cristão, e por último, abordaremos aspectos do sofrimento na vida do cristão.

1. UMA SAUDAÇÃO CONSOLADORA
Em sua saudação inicial Paulo identifica-se como “apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus” (v.1), contrastando, assim, seu apostolado com outros, os dos “superapóstolos”, proveniente de homens (Gl. 1.15). Em seguida, o Apóstolo menciona a graça e a paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo (v. 2). A graça – charis em grego, nas epístolas paulinas, diz respeito ao fato do Pai ter enviado Jesus, Seu Filho, a fim de que o mundo fosse salvo por meio dEle (Rm. 5.8; II Co. 8.9). A paz, eirene em grego, equivalente a shalom em hebraico, que carrega o sentido de bem estar em Deus. Para Paulo, a paz de Deus é obtida mediante a morte de Cristo, já que, distante dEle, somos inimigos de dEle (Ef. 2.13-18). Ainda na saudação o Apóstolo expressa seu louvor a Deus e Pai do nosso Senhor Jesus Cristo que é o Deus de toda consolação – paraklesis em grego. Não existe outra maneira do homem ser consolado senão em Deus, pois Ele é o Porto Seguro em meio às ondas bravias do mar. Paulo passou por momentos de angústia na vida ministerial, mesmo assim, não desanimou (II Co. 11.16-29; 12.10), antes instruiu aos irmãos de Corinto para que usufruíssem das misericórdias divinas e do consolo dele proveniente. Jesus é o Consolador das nossas vidas, o Parácleto divino em quem encontramos a verdadeira paz (I Jo. 1.9), pois Ele é o Príncipe da Paz (Is. 9.6). Se no mundo temos aflições, Cristo nos dá a Sua paz (Jo. 14.27), uma paz que o mundo não conhece, pois essa é fruto do Espírito (Gl. 5.22), que é o Outro Consolador Prometido por Jesus (Jo. 14.16).

2. AFLIÇÃO E CONSOLO NAS TRIBULAÇÕES
Paulo sabia o que era sofrer e a respeito disso deu testemunho em sua II Epístola aos Coríntios (II Co. 11.6.29; 12.10). E por causa de tais aflições, poderia, também, “consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmo somos consolados de Deus” (II Co. 1.4). Essa é uma demonstração de um dos motivos pelos quais somos afligidos, a fim de que possamos nos colocar no lugar daqueles que padecem. Sofrer, para Paulo, é um ato de comunicação, de identificação do crente com os sofrimentos de Cristo (II Co. 1.5; Fp. 3.10). Os sofrimentos de Paulo, bem como os dos coríntios, faziam com que eles fossem participantes dos sofrimentos de Cristo. Mas eles também partilharam do consolo em meio às tribulações, mesmo que essas aflições parecessem desesperadoras (II Co. 1.8). Esse consolo teve como fundamento a confiança, não em nós, mas em Deus, que tem poder até para ressuscita os mortos (II Co. 1.9). O Apóstolo revelou que havia recebido sentença de morte, isso se refere, provavelmente, às perseguições que sofreu por parte dos religiosos judeus durante sua viagem, que quiserem matá-lo (At. 20.19; 21.27). Certo Alexandre, naquele momento, causou muitos males a Paulo, que, mesmo abandonado (II Tm. 4.14) não se indispôs contra o Senhor, antes encontrou nEle e na esperança da Sua vinda, o conforto necessário para superar as aflições (II Co. 4.17,18).

3. O CRISTÃO E O SOFRIMENTO
Paulo revelou que Deus permite que os seus filhos sejam afligidos (II Co. 1.5). Quando padecemos por sofrimentos por causa de Cristo o próprio Senhor sofre em nós (At. 9.4; Cl. 1.24). Nem sempre Deus livra o cristão do sofrimento, mas no sofrimento, e, como lemos na galeria dos heróis da fé de hebreus 11, determinadas aflições somente cessarão na eternidade. Mas o sofrimento do crente sempre tem um propósito, um deles é a produção de consolo e salvação para os outros (II Co. 1.6). A morte de vários cristãos ao longo da história serviu de semente para que o evangelho aflorasse em várias regiões do mundo. O sofrimento serve também como instrumento de conforto e consolo para outros crentes que sofrem. Afinal, a promessa de consolo vem do Senhor que também produz em nós essa mesma característica a fim de consolar outros (II Co. 1.7). O sofrimento não necessariamente decorre de pecado, na verdade, os crentes mais consagrados podem passar por provas desesperadoras (II Co. 1.8). Paulo testemunha que sofreu inúmeras perseguições tanto por parte dos judeus (At. 20.19; 21.27) quanto dos gentios (At. 19.23-40) e é bem provável que em uma dessas situações tenha sido sentenciado à morte. Mas o crente sabe que a morte não é o fim, a eternidade deva ser o alvo central da vida do cristão sofredor, pois quando tudo terminar, Deus estenderá sua mão, contanto que confiemos nEle, não em nós mesmos (II Co. 1.9). Ele é o mesmo Deus e do mesmo modo que agiu no passado agirá no presente e no futuro a fim de cumprir com Sua palavra (II Co. 1.10).

CONCLUSÃO
O cristão está sujeito às aflições do tempo presente, mas ao invés de desesperar-se, busca a Deus em oração, para que Ele lhe dê o consolo necessário (II Co. 1.11), assim agiu Jesus para nos dar ensinamento no Getsêmane (Lc. 22.39-46). Na oração encontramos conforto e esperança em Deus, até aquele dia, a respeito do qual tratou o autor do Hino 371 da Harpa Cristã: “Breve vem o grande dia. Em que lutas findarão; Todos os males, agonias, desde mundo cessarão. Cessará no céu o pranto, pois não haverá mais dor, e ouvir-se-á o canto, dos remidos do Senhor”.
 
Pb. José Roberto A. Barbosa
Subsidios EBD

BIBLIOGRAFIA
KRUSE, C. II Coríntios: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1999.
LOPES, H. D. II Coríntios. São Paulo: Hagnos, 2008.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Selos Recebidos !





Ganhamos estes selos da Amada Sandra do Blog Ao Toque Do Amor.
Sandra muito obrigado! Deus Abençoe voce!
Olha o Link desse lindo Blog.

O OURO E O FOGO



Um encontro indesejável, porém necessário.

A pepita de ouro, em seu estado bruto, pode ser irreconhecível para a maioria das pessoas. Sua forma é irregular. Por estar coberta de sujeira, seu brilho é mínimo ou até ausente. Assim, ela é desvalorizada, desprezada, abandonada e esquecida. Contudo, a aparência não invalida sua essência. O especialista reconhece e valoriza seu potencial.

O garimpeiro escolhe a pepita entre tantas pedras do rio ou escava a terra à sua procura. Seu coração se alegra ao encontrá-la. Ela é separada e recolhida com todo cuidado.

A pepita pode ser lavada, mas esse ato remove apenas a sujeira exterior. Em seguida, ela é conduzida ao fogo que, com temperatura altíssima, derrete o ouro. Pode parecer que, ao final, nada restará. Seria o fim da pepita? De certo modo, sim. A mudança é tão drástica que o nome deixa de ser apropriado.

O calor do fogo faz com que o ouro se derreta, tirando-o de seu estado bruto e duro. Ocorre, então, a separação entre o precioso metal e as outras substâncias que estavam nele incrustadas. Muitas delas serão consumidas pelo fogo. Outras serão removidas.
Terminada a purificação, o ouro derretido, aceita a forma que o ourives desejar, seja ela qual for. O metal está totalmente flexível e maleável.

Ao final, o resultado será uma barra de ouro puro ou uma jóia preciosa. Agora, o ouro terá mais beleza, valor e utilidade.

Este processo ilustra bem a nossa experiência com Deus. Jesus veio ao mundo em busca do homem perdido que, como uma pepita de ouro, encontrava-se contaminado, por dentro e por fora.
Ainda que todos nos desprezem, o Senhor nos valoriza. Quando somos alcançados pelo evangelho, começa em nós um processo de transformação. Algumas mudanças são imediatas, mas outras podem demorar.

O sofrimento que nos sobrevém é comparado ao fogo.

"Para que a prova da vossa fé, mais preciosa do que o ouro que perece, embora provado pelo fogo, redunde para louvor, glória e honra na revelação de Jesus
Cristo" (IPd.1.7).

As tribulações, que parecem destruidoras e ameaçam nos consumir, ajudarão no aperfeiçoamento do nosso caráter. As lutas da vida nos ensinam lições que, de outro modo, não aprenderíamos (Dt.8.3).

"Também gloriemo-nos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz perseverança, e a perseverança a experiência, e a experiência a esperança"
(Rm.5.3-4).

Por meio do fogo, o Senhor vai retirando de nós aquilo que não condiz com a sua vontade. São males que não fazem parte da nossa alma, ainda que estejam nela arraigados.

A remoção dos corpos estranhos parece perda, mas é livramento.

Enquanto a sujeira sai, o peso diminui, mas o valor aumenta.

Quando estamos no fogo, pensamos que, ao final, nada restará. Não conseguimos entender ou controlar o que está acontecendo. Parece que chegou o nosso fim, mas é apenas o começo de uma nova fase.

Queremos evitar os sofrimentos da vida. Em alguns casos, isso pode ser possível, mas não completamente. Sempre que pudermos evitar o pecado, evitaremos também os sofrimentos que ele produz (IPd.4.15). Entretanto, muitas tribulações nos sobrevirão, ainda que não tenhamos cometido um pecado imediato ou diretamente
relacionado a elas. O ouro precisa encontrar-se com o fogo. Afinal, não existe outra forma de purificá-lo a fundo. Através do 

sofrimento, não pagamos nossos pecados nem obtemos perdão, mas ele contribui para a nossa maturidade e mudança de caráter. O perdão é obtido pelo sangue de Jesus.

O Mestre disse aos discípulos: "No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo. Eu venci o mundo" (Jo.16.33). Cristo nunca pecou, mas, ainda assim, sofreu muito porque isso fazia parte do propósito do Pai, tendo em vista as características do seu ministério vicário.
Da mesma forma, nós que, na qualidade de igreja, somos o corpo de Cristo, não haveremos de ficar isentos da parte que nos cabe dos seus sofrimentos (Col.1.24). A cabeça não sofreria sem que o corpo também sofresse.

"Amados, não estranheis a ardente provação que vem sobre vós para vos experimentar, como se coisa estranha vos acontecesse; mas regozijai-vos por serdes participantes das aflições de Cristo; para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e exulteis. Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória, o Espírito
de Deus. Que nenhum de vós, entretanto, padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se entremete em negócios alheios; mas, se padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus nesta parte" (IPd.4.12-16).

Se pudéssemos evitar todo sofrimento da vida, também evitaríamos o processo de purificação e aperfeiçoamento do caráter.
O apóstolo Pedro, em sua primeira epístola, enfatiza duas palavras: sofrimento e glória. O ouro, depois de passar pelo fogo, alcança a glória de se tornar uma jóia. Cristo, depois de passar pela cruz e pela sepultura, alcançou a ressurreição e a glória celestial. Assim acontecerá conosco. Isto não significa que seremos salvos pelo sofrimento. No caso do ouro, sua `salvação' aconteceu quando o garimpeiro lhe tirou da jazida ou do rio. Contudo, ali começava um processo para que ele alcançasse o melhor de seu potencial. Nós
também sofremos para que o nosso caráter seja aperfeiçoado, de modo que nos tornemos cada vez mais parecidos com Jesus, vendo manifestar em nós o que podemos herdar e viver da natureza divina (IIPd.1.4).

O sofrimento do tempo presente pode parecer interminável, mas este não é o fogo eterno. O ourives está atento e retira o ouro do fogo assim que o processo tenha sido concluído. Existe um tempo determinado.

O que dissemos acerca do ouro permite-nos ilustrar os ensinamentos bíblicos sobre justificação, santificação e glorificação. Trata-se, respectivamente, de ato, processo e resultado. Essas três palavras resumem a obra de Deus em nós. Somos justificados por Cristo, santificados pelo Espírito Santo e seremos glorificados pelo Pai, no sentido de participarmos da sua glória, quando ao céu chegarmos.
Ninguém deve supor que a conversão encerre todo e qualquer sofrimento. Alguns acabam, outros continuam e ainda outros começam, por razões e propósitos diversos.

As tribulações que forem inevitáveis são necessárias. Não devemos reclamar, mas agradecer a Deus por elas. Estamos nas mãos do ourives celestial, que está nos tornando cada vez mais úteis, preciosos e agradáveis aos seus olhos.

Anísio Renato de Andrade
Bacharel em Teologia

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

A Igreja de Cristo




Tão preciosa quanto o sangue por ela derramado.


O ser humano, embora imperfeito, procura perfeição em toda parte. Não encontrando, decepciona-se e rejeita até aquilo que poderia ser satisfatório e gratificante. É o que acontece, por exemplo, quando se deseja o cônjuge
perfeito.

Na relação entre os indivíduos e as igrejas também ocorre esse tipo de busca.
Sabendo que a igreja é composta por seres humanos, não haveremos de encontrar alguma que seja perfeita. Seria como buscar um hospital em atividade onde não houvesse doentes.
Cresce o número de pessoas que concentram seus olhares nos defeitos das igrejas.
Não vamos negá-los ou fingir que não existem, mas não podemos também tornarmo-nos seus opositores ou acusadores, pois este papel já pertence ao Inimigo.

Precisamos encontrar um ponto de equilíbrio, onde possamos corrigir com amor,sem tomar atitudes destrutivas contra a obra de Deus.
Os problemas encontrados nas congregações cristãs podem incluir pecados, mas precisamos nos lembrar de que nem todo erro é pecado. Algumas vezes, críticas são proferidas e barreiras são levantadas simplesmente por causa de diferenças litúrgicas, usos, costumes, modismos ou estratégias de crescimento.

Algumas pessoas tornam-se especialistas em criticar e acabam se afastando da igreja. Quem é o maior prejudicado? O indivíduo que se afasta. Quem lucra mais
com tudo isso? Satanás. Ele é o maior interessado na decisão daqueles que resolvem servir a Deus sozinhos em suas casas. O leão devora, de preferência, aquelas ovelhas que se afastam do rebanho.

Não existe família sem problemas, mas isso não justifica uma atitude de isolamento e individualismo. Precisamos caminhar juntos, procurando melhorar sempre.
Pode-se pensar que a igreja primitiva fosse perfeita, mas isso não é verdade. Há quem persiga o ideal de restaurar as características eclesiásticas do Novo Testamento. Embora isto possa ser excelente em alguns aspectos, é algo
impossível na sua totalidade e não conduzirá a igreja à perfeição, pois desde os seus primórdios o povo de Deus cometeu erros e precisou corrigi-los.

Quando o Senhor Jesus mandou que João escrevesse às sete igrejas da Ásia, várias repreensões foram a elas dirigidas. Havia ali muitos problemas e pecados. Contudo, todas elas eram verdadeiras igrejas do Senhor.
O grupo dos 12 discípulos de Jesus foi a grupo mater da igreja. Pensando apenas nas ocorrências negativas (que é a nossa tendência), lembramos de Pedro e Judas
Iscariotes. Nem aquele pequeno grupo teve a honra de ser perfeito.

Quando Pedro negou a Cristo, deu mau exemplo e péssimo testemunho diante de todas as pessoas que se encontravam no pátio do sumo sacerdote, podendo levá-las a questionar o caráter de todos os discípulos, principalmente naquelas
circunstâncias, em que o Mestre encontrava-se preso.

Na mesma noite, Judas suicidou-se. Fico imaginando a reação de sua família e  amigos. Poderiam dizer: "Eu sabia que esse negócio de seguir Jesus não ia dar certo". Naquela situação, os opositores pareciam cobertos de razão. Suas
suposições ganhavam aspecto de verdade por não terem o exato conhecimento dos fatos, ainda mais diante da condenação e crucificação do Senhor.

Da mesma forma, encontramos, na igreja atual, muitos Pedros e Judas. Não podemos confundi-los, pois são bem diferentes. Pedro é o verdadeiro servo de Deus que
erra, mas conserta. Judas é o falso. Precisamos distingui-los para não sairmos por aí condenando os líderes que Deus estabeleceu. Judas possuía uma característica marcante: sua cobiça pelo dinheiro estava acima de todas as
coisas (João 12.6), chegando ao ponto de vender o Mestre por 30 moedas de prata
(Mt.26.15).

Alguns líderes, que têm como propósito explorar as ovelhas com vistas ao enriquecimento pessoal, precisam ser notados. Não podemos ser seus seguidores. Contudo, o grupo dos discípulos não poderia ser avaliado com base nos erros individuais. Pedro arrependeu-se e veio a ser o principal dos apóstolos. Judas foi substituído por Matias e o grupo apostólico avançou, com sucesso absoluto, no cumprimento da missão evangelística.
Daquela grupo surgiu a igreja do Senhor Jesus, que era e continua sendo a agência de salvação das almas.

Além dos nomes mencionados, havia os demais discípulos. Alguns eram bem discretos, sendo citados poucas vezes no Novo Testamento. Nenhum deles era perfeito, mas foram servos fiéis ao Senhor, assim como inúmeros líderes dos
nossos dias, que não aparecem, não protagonizam escândalos, mas vivem para servir a Deus e ao seu povo.

Na carta enviada a Filadélfia, Jesus disse à igreja: "Eu te amo" (Ap.3.9). A
igreja não é perfeita, mas é amada pelo Senhor. Ai daqueles que se levantam contra ela. A noiva do Cordeiro está sendo preparada para o encontro com o noivo. Naquele dia, será apresentada sem mancha, nem ruga ou coisa semelhante,
mas santa e irrepreensível (Ef.5.27). Entrará, então, na glória do Pai,tornando-se, para sempre, participante da perfeição de Cristo.


Anísio Renato de Andrade
Bacharel em Teologia

sábado, 2 de janeiro de 2010

O Senhor é o meu pastor - Salmo 23



A criação de ovelhas era uma das atividades econômicas mais comuns
em Israel e em outras nações na época do Velho Testamento. Davi,
antes de ser rei, foi pastor de ovelhas (I Samuel 16.11). Ao
escrever o salmo 23, o autor tinha em mente todo o seu cuidado com
as ovelhas e tomou isso como exemplo do cuidado de Deus para
conosco.
Por isso ele disse: "O Senhor é o meu pastor". Davi sabia que Deus,
sendo o seu pastor, cuidaria dele. Observe que o salmista utiliza em
todo o salmo as conjugações da primeira pessoa do singular. O texto
está falando de uma experiência pessoal e intransferível que cada
pessoa deve ter com Deus.
"O Senhor é o meu pastor; nada me faltará". Isso não significa que
Deus nos dará tudo o que queremos, mas nos dará tudo o que
precisamos. Mas isso só acontecerá se o Senhor for realmente o nosso
pastor, ou seja, se ele estiver conduzindo as nossas vidas. Se nós
só fazemos a nossa própria vontade, escolhendo os caminhos que
agradam ao nosso coração, mesmo sendo em direções pecaminosas, então
o Senhor não é o nosso pastor. Mas se estamos vivendo de acordo com
a sua vontade para nós, então estamos seguindo o Senhor como suas
ovelhas. Portanto, tudo começa com compromisso e obediência. Essa é
a essência do versículo 1. Se estou comprometido como ovelha, para
obedecer e seguir ao Senhor, então ele está comprometido comigo para
cuidar de mim e me dar tudo o que preciso.
"Nada me faltará". Está faltando alguma coisa em sua vida? Talvez
você pense que sim, mas pense novamente. Muitas vezes temos um
ilusório sentimento de falta. Isso pode ser maligno. Deus nos deu
pão e achamos que falta manteiga. Deus nos dá manteiga e achamos que
falta queijo. Deus nos dá queijo e achamos que falta presunto.
Afinal, quando Deus nos deu pão, nossa necessidade já estava
plenamente suprida. Ao pensar assim, podemos dizer: Graças a Deus!
Obrigado, Jesus! Quando os israelitas atravessavam o deserto, Deus
lhes deu o maná. Ele vinha todos os dias, exceto no sábado, quando
comiam o que restava do sexto dia. Nunca faltava, mas o povo sempre
estava insatisfeito (Num.11.4-10). Esta insatisfação chama-se
cobiça, concupiscência (Ec.6.7; I Jo.2.16). Queriam carne. Deus lhes
deu o que pediam, mas isso lhes fez mal (Num.11.31-35). Precisamos
ter cuidado com o que queremos. Não estamos impedidos de orar
pedindo algo que não seja pecaminoso. Contudo, precisamos estar
dispostos a receber um "não" como resposta. Então, paramos de pedir
(II Cor.12.8-9).
"Nada nos faltará". Realmente, nada nos tem faltado. O que
precisamos o Senhor nos tem dado. Se alguns desejos legítimos não
foram ainda atendidos, sabemos que para tudo Deus tem um tempo
certo. Nada nos faltará no momento em que o suprimento se fizer
necessário e oportuno.
Algumas vezes Deus nos dá muito mais do que aquilo que precisamos.
Então passamos a ter em abundância. O nosso cálice se enche a ponto
de transbordar (v.5). Então podemos ter a alegria de compartilhar
com o nosso próximo, não deixando que o seu cálice fique vazio.
A partir do versículo 2 do salmo 23, o autor mostra o que acontece
na vida do servo de Deus. Temos aí muitos pontos positivos, como
verificamos nos versos 2, 3, 5 e 6: repouso, descanso, segurança
(deitar-me faz...), pastos verdejantes (bom alimento), águas
tranqüilas, refrigério para a alma, direção (guia-me); justiça;
amor; mesa; óleo (unção); bondade e misericórdia. Essas palavras nos
mostram que Deus está atento para suprir as necessidades
fundamentais do ser humano, abrangendo questões físicas,
psicológicas e espirituais. Só não temos aqui artigos que atendam à
cobiça e à soberba. Ele não vai nos deixar sedentos, famintos,
perdidos e abandonados.
Por outro lado, o texto contém também pontos negativos: O vale da
sombra da morte no verso 4 e os inimigos no verso 5. A vara (v. 4),
enquanto instrumento de disciplina, pode também ser aparentemente
negativa, embora seu objetivo seja positivo.
Isso mostra que a vida com Deus não é uma fantasia, um "mar de
rosas". As dificuldades fazem parte do caminho. Ele nos leva
pelas "veredas da justiça" e vereda é um caminho estreito. Davi se
lembrava de que, quando conduzia as ovelhas, encontrava-se com
animais predadores que queriam devorá-las. Ele chegou a matar um
leão e um urso para proteger o rebanho (I Samuel 17.36). Do mesmo
modo, em nossa vida cristã encontramos o diabo, que ruge como leão
tentando nos destruir (I Pedro 5.8). Mas o salmista demonstra sua
vitória ao dizer: "Não temerei mal algum porque tu estás comigo".
Esta talvez seja a frase de maior destaque no salmo: "Tu estás
comigo". O mais importante não é o que Deus pode nos dar, mas a sua
própria presença conosco. Em qualquer lugar em que ovelha estivesse,
ficaria tranqüila ao levantar a cabeça e ver o cajado. Este seria um
sinal de segurança, pois o pastor estava presente, atento e
cuidadoso.
"O Senhor é o meu pastor; nada me faltará". Não nos faltarão
bênçãos. Não nos faltarão lutas nem adversários, mas tudo isso
cooperará para o nosso bem, pois a bondade e a misericórdia do
Senhor sempre nos acompanharão.
O último versículo nos mostra que essa nossa caminhada com o Senhor
é eterna. Depois de atravessarmos o vale da sombra da morte neste
mundo, entraremos na casa do Senhor. Lá não haverá mais inimigos nem
mal algum. O salmo 23 fala da jornada do salmista durante sua vida,
como a ovelha que caminha com o pastor durante todo o dia. Quando se
aproxima a noite, as ovelhas são recolhidas. Assim será conosco.
Seremos recolhidos à casa do Senhor, onde passaremos a eternidade.
Disse Jesus: "Na casa de meu Pai há muitas moradas... Vou preparar-
vos lugar... para que onde eu estiver estejais vós também." (João
14.2-3).


Anísio Renato de Andrade
Bacharel em Teologia

 
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