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sábado, 10 de outubro de 2009

Planos Egoístas

Certa vez, alguém disse a Jesus: “Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança. Mas ele lhe respondeu: Homem, quem me constituiu juiz ou repartidor entre vós? E disse ao povo: Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui. Propôs-lhes então uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produzira com abundância; e ele arrazoava consigo, dizendo: Que farei? Pois não tenho onde recolher os meus frutos. Disse então: Farei isto: derribarei os meus celeiros e edificarei outros maiores, e ali recolherei todos os meus cereais e os meus bens; e direi à minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe, regala-te. Mas Deus lhe disse: Insensato, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus” (Lucas 12.13-21).

O pecado se oculta sutilmente na vida do ser humano, levando-o à ruína. Nas situações acima, certamente teríamos uma atitude diferente daquela que Jesus teve. Defenderíamos o direito do primeiro homem à herança e não nos pareceria errado construir novos celeiros em uma propriedade rural. Diríamos até que aquele fazendeiro era um homem de visão, com iniciativa para o crescimento. Contudo, mesmo em propósitos aparentemente legítimos, pode haver motivações pecaminosas, como a cobiça, o egoísmo e o materialismo.

Sempre que se aproxima o ano novo, muitas pessoas começam a planejar suas realizações ou aquisições. Em princípio, o planejamento de coisas boas é bom. Parece óbvio. Contudo, é preciso verificar alguns aspectos desses planos. Será que eles não estão concentrados apenas no próprio indivíduo, em seus próprios sonhos, desejos e necessidades? Existe uma “espécie de cobiça” que se esconde atrás de muitos planos pessoais.

Aquele homem da parábola errou sob vários aspectos. Um deles foi o egoísmo. O texto mostra que ele falava consigo mesmo, sobre si mesmo, sobre suas posses e seus objetivos. Observa-se ali o excesso de expressões na primeira pessoa do singular, principalmente pronomes possessivos: “meus frutos; meus celeiros; meus cereais; meus bens; minha alma” . O “eu” estava em primeiro lugar.

Deus já o havia abençoado com uma grande produção agrícola. Seu primeiro erro foi a ingratidão. Ele nem pensou em agradecer ou levar uma oferta ao Senhor. Tendo produzido muito mais do que seria necessário para suprir suas necessidades, ele poderia doar o excesso, mas planejava apenas guardar tudo para si mesmo. Não demonstrava nenhuma preocupação com as outras pessoas. Não havia um item de seu projeto que pudesse contemplar a necessidade do seu próximo. E como estão os nossos planos? Nosso orçamento pessoal destina algo para Deus na pessoa do próximo? (Mt.25.40).

É preciso encontrar a diferença entre desejo legítimo e cobiça. Isto não é fácil. É natural que o produtor agrícola queira construir celeiros, mas ele já possuía vários. A cobiça é um desejo sem limites. Já temos algo, mas sempre queremos muito mais. Temos parte, mas queremos tudo. Aquele personagem inventou um problema para justificar sua empreitada egoísta: “Que farei? pois não tenho onde recolher os meus frutos”. É como alguém que diz: “Minha garagem já não comporta os meus carros” ou “minhas roupas já não cabem no guarda-roupas”. “O que farei”? Essa pergunta envolve alternativas, escolhas. Em seguida vem uma decisão que revela o caráter, os valores, as prioridades e a visão que se tem sobre a vida.

Diante do seu “problema” de espaço, o rico perguntou: “o que farei”? Muitas pessoas fazem a mesma pergunta, porém por motivos muito mais sérios. É o caso da mãe que se pergunta o que fará para alimentar ou abrigar os filhos. Estes sim, são problemas reais e urgentes.

Nossas falsas necessidades pessoais podem se tornar o eterno obstáculo às ações de amor fraternal. Aquele rico tinha depósito para muitos anos, mas morreria naquela mesma noite. Ele não se preocupava com seu semelhante que talvez não tivesse o alimento daquele dia. Faça o bem com urgência, porque você não sabe quanto tempo ainda lhe resta.

Certamente, aquele homem se esqueceu também de que a sua alma não seria nutrida com frutos e cereais. A alma precisa de Deus e precisa do próximo. Sendo tão rico materialmente, era pobre diante de Deus. Seus planos eram apenas materiais, pois deixou de investir na vida espiritual. Sempre planejamos o comer e o beber, mas será que o jejum também está nos nossos planos, com oração e leitura bíblica?

Entre os nossos projetos para o ano novo, será que o nosso irmão está sendo lembrado? Queremos adquirir tantos bens e podemos fazê-lo, mas vamos doar algo também? Queremos realizar tantos sonhos, mas será que podemos também realizar o sonho de outra pessoa? Além de ajuntar, poderíamos distribuir uma parte. Como aquele personagem no início do texto, queremos que o irmão reparta a herança conosco, mas será que nos dispomos a repartir o que temos?

Em geral, os planos são concentrados no egoísmo e ainda queremos que Jesus nos ajude a realizá-los. Muitas orações recebem um “não” como resposta porque são geradas pelo egoísmo e pela cobiça (Tg.4.2-3).

As conquistas materiais não são erradas, desde que não sejam as únicas em nossas vidas. Jesus deixou claro que podemos ser “ricos diante de Deus”. Ele se referia a um tipo de riqueza espiritual que se acumula na medida em que realizamos atos de valor espiritual (Fp.4.17; IICo.9.9). Não nos esqueçamos de que toda posse material será perdida, mas os tesouros espirituais são eternos (Mt.6.19,20,24).

Enquanto aquele homem planejava, Deus ouvia. Repentinamente, o Senhor interferiu, trazendo seu julgamento contra ele. O Senhor avalia nossos desejos, nossos planos e nossa vida. Como resultado dessa avaliação, ele nos dará a devida recompensa. Enquanto o juízo não vem, temos oportunidade para rever nossos conceitos e mudar nossas vidas.


Anísio Renato de Andrade – Bacharel em Teologia.

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