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segunda-feira, 5 de abril de 2010

O BEZERRO DE OURO


Estava tudo errado, mas parecia perfeito.

Quando Moisés subiu ao monte Sinai para receber as tábuas da lei, o povo ficou lá embaixo, aguardando o seu retorno. Depois de alguns dias, os israelitas, já impacientes, avaliaram a situação e concluíram que Moisés não voltaria mais. Então, pediram que Aarão lhes fizesse um ídolo que os guiasse (Ex.32.1). É possível que estivessem se sentindo abandonados, desamparados, mas isso demonstrava que o povo não tinha consciência da presença de Deus.


Israel estava vivendo um período de transição no deserto, entre o Egito e Canaã. A escravidão ficara para trás, mas a terra da promessa ainda não era realidade. Esse ponto da jornada, quando as coisas parecem indefinidas, torna-se perigoso.


Enquanto Moisés estivesse no monte, o povo deveria apenas esperar, com fé e fidelidade. Não era tempo de agir nem avançar. Contudo, a avaliação humana produziu uma iniciativa infeliz. Precisamos tomar cuidado com a nossa impaciência. A pressa pode causar precipitação. O tempo de Deus é diferente do tempo dos homens.


A liderança.


Naquele dia, os israelitas manifestaram a necessidade espiritual que todo homem possui. Queriam algo para adorar, mas esse desejo legítimo transformou-

se em idolatria, como acontece com tantas pessoas ainda hoje. Aarão, irmão de Moisés, demonstrou ser um líder imaturo naquela ocasião, ao se deixar manipular pelo povo. Ali estava um verdadeiro servo de Deus, escolhido para ser o primeiro sumosacerdote da nação, mas, tendo como prioridade agradar ao povo, cometeu grave erro perante o Senhor. Isso demonstra a importância da vigilância na vida dos líderes vocacionados pelo Pai. Ele deveria ter repreendido Israel, conduzindo-o na adoração ao Senhor, mas não o fez.

O obra maldita.


Aarão recolheu uma grande oferta. O povo mostrou-se unido, participativo e disposto a contribuir (como muitas vezes não se vê), trazendo as jóias de ouro das mulheres, dos filhos e das filhas (Ex.32.6). O pecado sempre prejudica a família toda. Parte do que poderia ser usado na construção do tabernáculo foi desviado para o mal.


Observa-se naquele episódio um povo com propósito, com recursos, com meta definida, com uma idéia colocada em prática. Contudo, estavam fora do propósito de Deus. Ao invés de edificarem o tabernáculo, conforme a ordenança divina (Ex.25.8), estavam trabalhando numa obra maldita, usando seus bens, tempo e talentos contra a vontade do Senhor.


Entre tantos ídolos que poderiam ser feitos, por quê foi escolhido um bezerro de ouro? Isso mostra que a cultura egípcia ainda dominava a mente daquele povo, assim como pode se manifestar a mentalidade mundana dentro da igreja hoje. A estátua do boi, no Egito, representava o deus Ápis.


Por quê fazer uma imagem? Para atender a necessidade que o homem tem de algo para ver e tocar. Esta é a condição daqueles que vivem por vista e não por fé. Na história do povo de Deus, vemos que o Senhor permitiu e ordenou a utilização de objetos sagrados, mas nunca como representação da divindade. Não poderia haver uma imagem que representasse Deus (ou deuses).


Aquele ídolo assemelha-se às imagens sacras da atualidade, perante as quais os devotos se prostram em adoração. Ao fazer isso, o povo de Israel cometeu o pecado da idolatria, abandonando o verdadeiro Deus.


O ídolo.


Aquele bezerro de ouro devia ser impressionante, belo, brilhante, reluzente, além de possuir grande valor financeiro. Sua figura representava a força e a fertilidade animal. A aparência poderia ser perfeita, mas não havia ali a essência divina. Estava estabelecida a adoração aos valores materiais, às riquezas, ao dinheiro e a tudo aquilo que satisfaz aos olhos. Muitas religiões apelam para a ostentação visual para compensar seu vácuo espiritual.


Apesar de toda beleza, não havia vida naquele bezerro. Esta é uma das diferenças entre o verdadeiro Deus e as imagens dos ídolos. A respeito delas, escreveu o salmista:


"Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos do homem. Têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não veem; têm ouvidos, mas não ouvem; têm nariz, mas não cheiram; têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta. Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem, e todos os que neles confiam" (Sal.115.4-8)
.

Como Israel podia adorar a um bezerro que precisou ser criado por mãos humanas? Um bezerro inerte e inútil que precisaria de ajuda para se locomover pelo deserto. Assim são os ídolos feitos de metal, madeira, pedra, gesso, argila, papel, etc.


O bezerro seria um peso inútil, uma carga desnecessária para Israel, exigindo um esforço inglório e tornando mais lenta a caminhada. Deus não permitiu que ele fosse levado em procissão pelo deserto, mas quantos estão carregando em suas vidas os malditos ídolos que construíram? Muitos estão transportando o fardo das consequências de suas transgressões contra Deus, e isso lhes impede de avançar em suas jornadas.


Se o problema da idolatria estivesse restrito à ausência de vida das coisas adoradas, estaríamos perante algo pouco complexo. Contudo, a bíblia nos ensina que os demônios se identificam com os ídolos e passam a receber as oferendas a eles destinadas (ICo.10.20).


Apresentando a estátua ao povo, Aarão disse: "Este é o teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito" (Ex.32.4). Além de proferir uma mentira absurda, Aarão estava dando ao bezerro a glória que pertencia ao Senhor. Cometemos o mesmo pecado, quando pensamos que o nosso êxito é fruto dos nossos recursos financeiros ou da nossa própria capacidade. Desviamos a glória de Deus, quando atribuímos ao emprego, à família ou a qualquer coisa ou pessoa os méritos pelo que há de bom em nossas vidas. Muitos contribuem para o nosso bem, mas a glória pertence somente ao Senhor. Muitos são os canais, mas a nossa fonte é Deus.


Maldito foi aquele dia na história de Israel, quando o povo adorou a uma imagem da criatura em lugar do criador (Rm.1.25). O primeiro mandamento havia sido transgredido (Ex.20.1), bem como o segundo e o terceiro. Israel haveria de violar toda a lei de Deus. Aquele era apenas o começo.


A festa.


Quando o ídolo ficou pronto, Aarão disse: "Amanhã, faremos uma festa ao Senhor" (Ex.32.5), como se fosse possível servir a dois senhores, misturando o santo e o profano, a luz e as trevas.

No dia seguinte, Israel realizou um grande culto pagão. Estava tudo errado, mas parecia perfeito. Aquela celebração estava repleta da alegria temporária que o pecado proporciona. Muitos ímpios parecem felizes, tanto quanto alguém que tem um câncer mortal, mas ainda não sabe. É apenas uma questão de tempo.

A vinda de Moisés.


Os israelitas não sabiam o dia do retorno de Moisés, embora estivesse bem próximo. No alto do monte Sinai, Deus lhe disse: "Tenho observado este povo, e eis que é povo de dura cerviz" (Ex.32.9). Deus está vendo tudo o tempo todo e, por motivos como aquele, sua ira se acende como fogo consumidor. A idolatria é um dos pecados que mais ofendem a Deus. Trata-se de uma abominação, algo nojento e execrável.


Então, Deus desejou destruir Israel, mas Moisés intercedeu pelo povo (Ex.32.11). Da mesma forma, Jesus está diante do Pai intercedendo por nós (Is.53.12). Muitos pensam que ele não voltará mais, assim como aquele povo pensava.


Quando menos esperavam, no meio da festa maligna, quando cantavam despidos diante do bezerro de ouro (aquilo era um verdadeiro carnaval), Moisés chegou e surpreendeu a todos.


Temos ali um quadro comparável à segunda vinda de Cristo. Como seremos encontrados quando ele chegar?

Moisés ficou irado contra o povo. Em seguida, ocorreu uma cena de juízo e execução.

A destruição do bezerro.


Não era de se esperar que Moisés, descendo do monte, dissesse: "Que coisa mais linda esse bezerro! Deve valer um milhão. Parabéns, Aarão. Você é um artista".


Ele poderia então, numa atitude bem discreta, respeitar a fé daqueles adoradores. Afinal, "religião não se discute". Nada disso! Moisés não seria conivente com aquele pecado.


Uma ação enérgica precisava ser realizada. Então, Moisés resolveu destruir o bezerro de ouro. O prejuízo seria grande, mas não havia alternativa. Ele não poderia ser guardado, vendido nem doado. Israel ficaria um pouco mais pobre. Esta seria uma das consequências daquele pecado. Algumas perdas são necessárias e inevitáveis.

O bezerro, mesmo sendo uma obra de arte, não foi poupado. Foi reduzido a pó e misturado à água que Moisés deu ao povo para beber. Sua contribuição preciosa voltou e eles seriam obrigados a engoli-la. Assim também, os males praticados voltam contra os seus autores.

A destruição dos idólatras.


Muitos adoradores do bezerro também voltaram ao pó naquele dia, assim como aconteceu ao ídolo.


"Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem, e todos os que neles confiam" (Sal.115.8).


A pena de morte aplicada naquele dia nos deixa perplexos. Contudo, uma penalidade branda enfraqueceria o tom de gravidade demonstrado pelo texto bíblico. Deus não poderia admitir tamanha corrupção no meio de Israel. Além disso, precisaria ficar bem clara a mensagem de que "o salário do pecado é a morte" (Rm.6.23). Ainda hoje, muitas vidas são ceifadas antes do tempo porque as pessoas se afastam de Deus e servem aos ídolos. Pior do que a morte física será a morte eterna que recairá sobre aqueles que não se converteram ao caminho da justiça.


A corrupção de Israel passou por fases distintas. No início tudo parecia bem. Houve até festa. Depois, terminou mal. As famílias contribuíram com alegria. Depois, muitos familiares morreram.

Em que momento você está vivendo? Se chegasse alguém para repreender o povo no meio da festa, seria considerado um tolo. Afinal, todos estavam "felizes". Contudo, precisamos despertar antes que seja tarde demais. É preciso que façamos um exame de consciência, reconhecendo os ídolos que porventura existam em nossas vidas. Ainda é tempo de arrependimento e mudança. É necessário um posicionamento como o dos levitas, que escolheram servir e adorar apenas ao verdadeiro Deus. Estes foram poupados e perdoados. Por sua escolha, escaparam da ira divina e se refugiaram na misericórdia.


Anísio Renato de Andrade
Bacharel em Teologia

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