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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A Fé e os Extremos

Geralmente, consideramos a fé como algo positivo e importante. Sempre somos estimulados a crer, sabendo que “sem fé é impossível agradar a Deus” (Heb.11.6). Jesus disse que “quem não crer já está condenado” (Mc.16.16). Várias passagens bíblicas nos permitem concluir que a incredulidade é um pecado (João 16.8-9), uma ofensa diante de Deus (Sal.78.19-20).

Contudo, há grande risco no exercício de uma fé sem limites e sem parâmetros. É o outro extremo da questão. Não podemos crer em tudo, em todos e em qualquer coisa. Não adianta deixar de ser ateu para se tornar politeísta ou panteísta. Nossa fé precisa ser orientada corretamente. João Batista proclamou: “Crede no evangelho” (Mc.1.15). Jesus disse “Tende fé em Deus” (Mc.11.22). “Credes em Deus. Crede também em mim” (João 14.1). A fé cristã possui alvo certo.

“Porque eu sei em quem tenho crido, e estou bem certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia” (IITm.1.12).

Algumas pessoas têm tanta fé que vão à igreja e ao centro espírita, consultam o horóscopo e fazem simpatias, crêem em Deus, nos santos, nos guias e nos duendes. Tentam servir a dois senhores (ou mais), como se isso fosse possível (Mt.6.24). Acreditam em tudo (ou não crêem o suficiente em coisa alguma). São holísticos e ecumênicos. Consideram boas todas as religiões e querem aproveitar o melhor de cada uma delas. Esse tipo de fé pulverizada não agrada a Deus. Ele quer exclusividade no que diz respeito à fé que se traduz em adoração. A Palavra de Deus exige posicionamento, definição:

“Escolhei hoje a quem haveis de servir; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js.24.15).

“Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; mas se Baal é Deus, segui-o” (IRs.18.21).

Alguns não crêem na existência dos anjos (At.23.8). Outros crêem tanto que chegam a fazer orações e culto a eles (Col.2.18). É importante crer que eles existem, mas são apenas servos de Deus a favor dos homens (Heb.1.14).

Alguns não acreditam em líderes eclesiásticos e esta atitude os mantém distantes da igreja e perto de influências negativas diversas. Outros crêem tanto que são enganados por qualquer um.

Está escrito: “Crede no Senhor vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas, e sereis bem sucedidos” (IICr.20.20). Entretanto, a bíblia não manda acreditar cegamente em qualquer líder religioso, pois muitos falsos pastores (João 10.12-13), falsos mestres (IIPd.2.1), falsos profetas (IJo.4.1) e falsos apóstolos (IICo.11.13) estão espalhados por aí. O líder verdadeiro também pode incorrer em erro, causando destruição (Jr.23.1-2). A liderança é necessária, mas não podemos ser seguidores ignorantes, que não compreendem o que fazem nem sabem para onde estão sendo guiados. Muitos liderados incautos perdem sua individualidade, sua liberdade, seus bens e suas vidas, levados por condutores cegos e mal intencionados (Mt.23.16). Esse tipo de crença ingênua possibilita e fomenta o surgimento ilimitado de religiões e seitas.

No âmbito do cristianismo, uma série de suposições, hipóteses, invenções e mentiras têm sido adotadas por muitos como dignas de fé e prática. São verdadeiras superstições disfarçadas de doutrinas e dogmas. Nesse rol estão alguns conceitos errôneos sobre prosperidade material, batalha espiritual e maldições hereditárias.

Além de estimular a fé, a bíblia contém advertências a esse respeito. Em alguns casos, é proibido crer: “Não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus” (IJo.4.1). Maldito o homem que deixa de crer em Deus para crer no seu semelhante (Jr.17.10). Jesus alertou seus discípulos: “Se, pois, alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo aí! não acrediteis; Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto; não saiais; ou: Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis” (Mt.24.23,26). A crença nem sempre é virtuosa. Nesse caso, é melhor uma dúvida certa do que uma certeza errada.

Nos primeiros anos da igreja cristã, muitas heresias surgiram e foram aceitas de boa fé por diversas comunidades. Os gálatas acreditaram naqueles que queriam impor costumes judaicos no ambiente cristão (Gál.5). O mesmo tem acontecido hoje. Os colossenses receberam com fé influências gnósticas, filosóficas e judaizantes (Col.2). Crer nem sempre é certo. Não podemos ser ingênuos, aceitando todo ensinamento.

Satanás se aproveita da incredulidade, e também da fé mal direcionada. Na tentação de Cristo, o inimigo procurou se aproveitar da fé em todos os momentos (Mt.4). A fé legítima traz coragem e libertação. A fé errada cria medo, através de ameaças infundadas. Daí surgem o fanatismo, a loucura e a apostasia. Não acreditar na existência do Diabo é algo perigoso. Por outro lado, crer que ele esteja agindo em tudo e em todos e em todo lugar, conduz a um tipo de insanidade religiosa. É necessário discernimento sem neurose.

Alguns cristãos têm tanta fé que chegam a criar doutrinas baseadas em afirmações de demônios, como se fossem bíblicos os nomes que declaram ou os feitos que proclamam através de seus médiuns. Cuidado com os dogmas sem fundamento bíblico (IITm.4.1) ou criados a partir da distorção daquilo que Deus falou (Mt.4.6).

O prejuízo que tais crenças pode trazer é muito grande, começando por escravizar o crente em práticas desnecessárias e temores infundados. Além disso, ocorrem decepções por não se produzirem os resultados esperados por aquele que crê indevidamente. Quantos estão esperando riqueza material como conseqüência da conversão porque colocaram sua fé em interpretações bíblicas erradas! O pior efeito de tudo isso pode ser a perdição eterna, no caso da fé desviar-se da verdadeira confiança em Cristo como Salvador. Aquele que crê na necessidade de complementos para a salvação, através de obras, da guarda do sábado, etc, corre o risco de não ser salvo, pelo fato de ter duvidado da eficácia e plena suficiência do sacrifício de Cristo no Calvário (Gál.5.2-4).

Não podemos acreditar em tudo o que ouvimos (Ec.7.21). É do ensinamento que vem a fé, boa (Rm.10.17) ou má (Gál.5.8). Sendo assim, como escaparemos do erro que tenazmente nos assedia? Paulo deixou claro que as igrejas não deviam ser guiadas apenas por pregações, mas que tudo devia ser conferido com as Escrituras. Todas as profecias e ensinamentos, mesmo os de Paulo, ou até mensagens de anjos, deviam ser julgados mediante o exame da Palavra de Deus (ICo.14.29; ITss.5.20-21; At.17.11; Gal.1.6-9).

A bíblia é a bússola da nossa fé. Fundamentados nela, evitaremos os extremos da incredulidade e das crendices inócuas que vão além ou ficam aquém do que está escrito (ICo.4.6).

Sabendo, porém, que muitas heresias são acompanhadas por citações bíblicas, é imprescindível que cada cristão conheça bem as Sagradas Escrituras para conferir os ensinamentos recebidos. O conhecimento do contexto geral da bíblia será útil no combate às falsas doutrinas construídas sobre textos isolados (Mt.4.7). Visto que tal propósito demanda muito tempo, tornam-se úteis as opiniões de autoridades sobre os assuntos doutrinários que estejam sob análise, da mesma forma que se deseja confirmação de um diagnóstico médico importante. Tal conferência é essencial quando se tratar de “doutrinas novas”, “revelações inéditas”, e qualquer prática litúrgica ou cotidiana que cause surpresa ou estranheza ao servo de Deus. A consciência e o discernimento espiritual ajudam a avaliar aquilo que nos é oferecido como objeto de fé. Ainda que não sejamos doutores em nutrição, desconfiamos de um alimento que tem cheiro desagradável ou sabor alterado. Aquele que é sincero diante de Deus desconfia do ensinamento falso (João 7.17).

Em todas as questões supra mencionadas, a Palavra de Deus contém a orientação segura. Não vamos crer de modo irresponsável ou infantil, sendo levados por qualquer vento de doutrina (Ef.4.14). A fé, a esperança e o amor são virtudes e valores espirituais inefáveis, e não podem ser usados levianamente, mas de acordo com a orientação de Deus e para a sua glória.

Anísio Renato de Andrade
Bacharel em Teologia

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