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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Isaque o filho da promessa-2

Seguindo os passos do pai e indo além.

Abraão foi chamado por Deus, que lhe fez várias promessas, mandando que ele se dirigisse a uma terra distante e desconhecida (Gn.12.1). O patriarca realizou grande peregrinação, enfrentando dificuldades diversas. Sua vitória, entretanto, foi grandiosa. Abraão alcançou a terra prometida, onde se tornou rico e poderoso (Gn.13.2; 14.14).

Isaque nasceu para ser o herdeiro, visto que esta era uma das preocupações de seu pai (Gn.15.2-3). O menino já encontrou muitas situações resolvidas e bem definidas. Muitos problemas que o pai havia enfrentado, já estavam solucionados. A condição financeira era confortável. Não seria preciso um grande deslocamento para uma terra distante. Isaque não passaria fome ou necessidades materiais. Não precisaria ser liberto da idolatria, pois já nascera em um lar onde o verdadeiro Deus era adorado e servido.

Em síntese, Isaque nasceu em condição privilegiada, usufruindo o resultado de todo o trabalho de seu pai (Gn.25.5).

A Herança

A partir do momento em que são concebidos, os filhos começam a colher aquilo que os pais plantaram, quer seja o bem ou o mal. Portanto, todos os nossos atos devem ser realizados ou não, tendo em vista não apenas seus efeitos sobre nós, mas sobre os nossos descendentes. A herança material pode existir ou não, mas existe também um legado espiritual. Quando alguém serve ao Senhor, a bênção alcança sua posteridade. Quando alguém se entrega ao pecado, as consequências e o mal exemplo perseguem os seus filhos, podendo, inclusive, destrui-los.

Pode parecer que Abraão tenha deixado tudo pronto e resolvido para Isaque. Até a esposa, Rebeca, o pai mandou buscar para o filho (Gn.24.4). Uma herança muito abundante pode também trazer efeitos negativos. Isaque poderia ser uma figura apagada na história bíblica, vivendo apenas para gastar o que o pai ajuntou, mas Deus não permitiu tal coisa. Tendo tudo sem esforço, poderia se tornar um homem fraco e totalmente dependente.

No trato com os filhos, os pais devem se preocupar também com esses aspectos. É preciso que as crianças e adolescentes sejam ensinados através de algum nível de dificuldade, por meio da colocação de limites e no dispêndio de algum esforço para conseguirem o que desejam. Não sabemos quais foram os procedimentos de Abraão com seu filho nessa questão, mas, quando Isaque se tornou adulto, Deus permitiu alguns problemas em sua vida para que ele pudesse desenvolver plenamente suas capacidades.

Nem tudo estava pronto. Havia muito para ser feito. O tempo de Abraão havia passado. Chegou a vez de Isaque. Era sua hora de ser abençoado (Gn.25.11), mas não apenas isso. Era sua vez de trabalhar, lutar, enfrentar dificuldades e crescer (Gn.26.22).

Os desafios

1 - Embora tenha nascido em Canaã, Isaque ainda não era o dono da terra. Precisava conquistar nela o seu espaço (Gn.26.3).

2 - Sua esposa era estéril (Gn.25.21). Esse foi o motivo pelo qual Isaque orou ao Senhor com insistência e perseverança. Depois de 20 anos, Deus respondeu e Rebeca teve dois filhos.

3 - Isaque reivindicou os poços que seu pai havia cavado, os quais tinham sido entulhados pelos filisteus. Isaque os limpou, mas os inimigos se apossaram deles. Foi um tempo de trabalho e luta. Finalmente, cavou outro poço e pode utilizá-lo sem impedimento (Gn.26.15-22).

4 - Apesar de toda a herança deixada pelo pai, chegou o momento quando Isaque precisou plantar e colher (Gn.26.12). A herança é importante, porém insuficiente.

A vida de Isaque não poderia depender exclusivamente do que Abraão tinha feito.

Embora os pais devam preparar o caminho dos filhos, a responsabilidade individual não pode ser eliminada. A experiência que os pais têm com Deus vai servir como exemplo, mas jamais substituirá a experiência que os filhos precisam ter. Abraão ouviu a voz do Senhor (Gn.12.1), mas Isaque também precisava ouvi-la (Gn.26.2-5). Ninguém pode viver dependendo eternamente da fé, da experiência e da oração dos pais. Lembremos dos filhos de Jó, que não foram íntegros diante de Deus. Por isso o Diabo os matou, ainda que o pai tenha realizado sacrifícios a favor deles (Jó 1.5,13,14,15).

Por mais que os pais tenham trabalhado e conquistado, isso não deve servir como motivo de descanso precoce para os filhos. Todos precisam se esforçar. Sem esforço não haverá desenvolvimento.

O crescimento

Isaque enfrentou problemas e dificuldades diversas, mas tudo isso era necessário e importante para ele. Nós também não haveremos de ter uma vida fácil e sempre sossegada. Os problemas que Deus permite têm como objetivo o nosso crescimento. São como os pesos que o atleta levanta para que seus músculos se desenvolvam.

Não fique decepcionado com Deus por causa dos problemas, das batalhas e das perseguições. Tudo isso tem um propósito positivo em sua vida. As dificuldades incentivam nossa busca ao Senhor. As necessidades nos motivam para o trabalho. As ações do inimigo também nos levam a uma preparação mais eficiente para o combate.

“A tribulação produz a perseverança, e a perseverança a experiência, e a experiência a esperança.” (Rm.5.3-4).

As situações adversas estimulam o desenvolvimento das virtudes. Em momentos de luta é que usaremos nossas armas espirituais.

Isaque foi vencendo cada obstáculo com esforço e, sobretudo, com a bênção de Deus. Esses dois aspectos são importantes. A bênção divina não dispensa o trabalho humano, mas faz com que os resultados sejam mais abundantes.

A vida de Isaque não poderia depender exclusivamente do que Deus poderia fazer por ele.

“Isaque semeou naquela terra, e no mesmo ano colheu o cêntuplo; e o Senhor o abençoou. E engrandeceu-se o homem; e foi-se enriquecendo até que se tornou mui poderoso; e tinha possessões de rebanhos e de gado, e muita gente de serviço; de modo que os filisteus o invejavam.” (Gn.26.12-14).

Isaque tornou-se poderoso, de tal forma que o rei Abimeleque foi procurá-lo para fazer com ele uma aliança (Gn.26.26).

Erros e acertos

Além da herança material, Isaque herdou também traços do caráter do pai, mostrando-se semelhante a ele em algumas situações. Quando houve fome na terra de Canaã, Ele foi para Gerar (Gn.26.1), como também fizera Abraão (Gn.20.1-2). Ali chegando, Isaque teve medo de ser morto e mentiu, dizendo que Rebeca era sua irmã (Gn.26.7). Tal pai, tal filho.

Entretanto, Isaque não desceu ao Egito (Gn.26.2). Nesse ponto, não repetiu o erro do pai (Gn.12.10).

Na questão da esterilidade de Rebeca, Isaque não procurou outra mulher, como Abraão fizera, mas esperou a solução divina (Gn.25.21). Vemos, portanto, que, nesses aspectos, ele superou a experiência do pai.

A nova geração pode e deve ir além dos limites da geração anterior, desde que seja para o bem, na busca da realização da vontade do Senhor.

Em Hebreus 11, na galeria dos heróis da fé, lemos:

“Pela fé Abraão...” (Heb.11.8,17). “Pela fé Isaque...” (Heb.11.20).

Que maravilha é a constatação de que os filhos estão servindo ao Senhor como os pais serviram, ou até de modo mais excelente. Isaque representou a continuidade do propósito de Deus para Abraão. Afinal, Deus estava trabalhando numa descendência que continuaria com Isaque e depois dele, tornando-se numerosa como as estrelas do céu e como os grãos de areia da praia (Gn.22.17). Por meio daquele povo, haveria de nascer o Messias, tornando realidade a promessa feita a Abraão: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn.12.3). Deus quer abençoar, não apenas os indivíduos, mas as famílias. Portanto, o ensinamento da verdade aos nossos filhos fará com que esta bênção encontre guarida em nossos lares e em nossa descendência, para a honra e glória do Senhor.


Anísio Renato de Andrade – Bacharel em Teologia.
Professor da Fatef - Faculdade Aplicada de Teologia e Filosofia

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