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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A JORNADA DE ABRAÃO (3)


A JORNADA DE ABRAÃO (3)

Conhecimento, prática e transformação.

A vida de Abraão, após o chamado divino, se caracterizou por
constantes deslocamentos. Sua peregrinação foi uma caminhada com
Deus, como um discípulo que acompanha o mestre. O Senhor lhe
disse: "Anda na minha presença e sê perfeito" (Gn.17.1). Quem anda
com o Senhor não fica perdido, ainda que não saiba qual seja o
próximo passo. Na hora certa, o Senhor lhe dará direção.
Andar com Deus é aprender todos os dias, e o principal conhecimento
que podemos adquirir é aquele que se refere ao próprio caráter do
Senhor.
Quando o filho nasce, ainda não sabe quem é o seu pai. Mesmo que
possa vê-lo imediatamente, não tem idéia de quem é aquela pessoa.
Com o contato diário, com o relacionamento bem próximo, seu
conhecimento vai aumentando lentamente. Ele vai descobrir que aquele
é o "papai". Depois de algum tempo, saberá o seu nome, mas ainda
demorará muito para saber o sobrenome. Serão necessários muitos anos
para que o pequeno compreenda o que significa a paternidade em seus
diversos aspectos. Demorará muito também para que ele conheça o
caráter do pai e suas diversas capacidades e funções.
A primeira idéia que o filho tem sobre o pai e a mãe é que ambos
existem para suprir as necessidades da criança. É uma visão adequada
para o momento, mas que não representa bem a realidade. Depois, o
filho descobrirá que os pais têm muitos outros papéis. A criança
cresce e o seu conhecimento também. Assim acontece no nosso
relacionamento com Deus, conforme percebemos no exemplo de Abraão.
Quando Deus se manifestou, Abraão lhe disse: "Ó Senhor Deus, que me
darás, visto que continuo sem filhos, e o herdeiro de minha casa é o
damasceno Eliézer?" (Gn.15.2). Observemos o nível espiritual do
patriarca naquele momento. Sua fé era exemplar, mas ele estava muito
focalizado naquilo que o Senhor poderia lhe dar. Isto é plenamente
compreensível, porque todos passam por essa fase, quando buscam a
Deus apenas para que as necessidades sejam supridas. Conhecemos o
Senhor o suficiente para sabermos que ele pode nos dar muitas coisas,
mas isso não é tudo. Precisamos conhecê-lo melhor. No contexto atual,
aqueles que vêem o evangelho apenas como meio para obtenção de coisas
ainda não conhecem bem o Senhor nem têm uma compreensão razoável das
Sagradas Escrituras.

OS NOMES DE DEUS

Em sua jornada, Abraão foi conhecendo o Senhor, sua vontade e seu
caráter. Isso fica bem claro através dos nomes e títulos que são
usados em referência a Deus no texto de Gênesis.
- Em Gn.12.1-8, no hebraico, Deus é chamado de Javé (YHWH), que
significa "aquele que existe por si mesmo".
- Em Gn.14.18-22, o nome usado para o Senhor é El-Elyon, que
significa "Deus Altíssimo", indicando sua posição superior a tudo e a
todos. Nota-se, no texto, que Abraão passou a se referir a Deus
através desse "novo" nome. De fato, o que havia de novo era o
conhecimento que Abraão estava adquirindo.
- Em Gn.15.2 e 8, Abraão se refere a Deus como Adonai-Javé. Adonai
significa "Senhor" ou "meu Senhor", conforme o contexto.
- Em Gn.17.1, o nome divino é El-Shadday, que quer dizer "Deus Todo-
Poderoso", aquele que tem todo poder.
- Em Gn.21.33, o Senhor é chamado El-Olan, que significa Deus Eterno.
- Em Gn.22.14, Abraão se refere a Deus como Javé-Jiré, o Deus da
provisão.

Percebemos, portanto, que Abraão estava crescendo no conhecimento de
Deus. Nós também precisamos crescer. Isso acontece quando andamos com
ele, aprendemos a sua palavra, cremos e obedecemos.
Crer que Deus existe é importante, mas insuficiente (Tg.2.19).
Precisamos conhecê-lo sob os aspectos do amor, da justiça, do poder,
da provisão e do senhorio, fazendo com ele um compromisso coerente
com esse conhecimento.
Abraão não poderia descobrir tudo isso a respeito de Deus, mas o
Senhor quis se revelar a ele e a toda a humanidade.
Acima da experiência de Abraão está o nível de conhecimento de Deus
que Jesus veio nos trazer. Foi ele quem nos ensinou a chamar o Senhor
de "Pai" (Mt.6.9).

MUDANÇA DE NOME

Quando andamos com Deus, além de conhecê-lo, vamos conhecendo a nós
mesmos também. Sob da luz da sua face, vemos a nossa própria
condição. Assim podemos alcançar arrependimento e mudança.
Em sua caminhada, Abraão ia conhecendo a si mesmo e sendo
transformado. Seu nome original era Abrão, que significa "pai
exaltado". Naquele momento, ele não era nem "pai" nem "exaltado".
Seu nome poderia ser até motivo de vergonha. Deus então passa a lhe
chamar "Abraão", que significa "pai de uma multidão". Ao invés de
melhorar, parecia que sua situação ficava pior. Se ele não tinha
nenhum filho, como seria pai de uma multidão? A realidade imediata
não confirma aquilo que Deus falou, pois ele chama as coisas que não
são como se já fossem (Rm.4.17). Por isso precisamos da fé.
Deus mudou também o nome de Sara, que se chamava Sarai, visto que o
Senhor tinha um propósito para a esposa também, e não apenas para o
marido. Deus quer usar indivíduos, mas, se puder usar a família,
será ainda melhor.
Mudança de nome representa mudança de caráter e vida. O velho Abrão
não existe mais. A velha Sarai não existe mais. Todo aquele que anda
com Deus é uma nova criatura. É algo semelhante ao que acontece
quando a mulher assume o sobrenome do marido. A solteira não existe
mais. O novo compromisso inicia uma nova realidade, nova vida e novo
comportamento.

DESAFIOS CRESCENTES

O que dissemos até agora sobre a história de Abraão pode fazê-la
parecer simples e fácil, mas não foi assim. Cada etapa daquela
trajetória foi marcada por desafios. O compromisso com o Senhor
precisava ser feito, demonstrado na prática e colocado à prova.
Caminhar com Deus é como realizar uma corrida de obstáculos. Não é
um passeio turístico.
- O começo já foi difícil: deixar a terra de Ur dos Caldeus, os
parentes e a casa dos pais.
- Depois, Deus propôs uma aliança com Abraão. Para tanto, ele
precisava sacrificar alguns animais (Gn.15). Isso não é algo fácil de
se fazer, mas coisas ainda mais difíceis estavam por vir.
- Depois de feita a aliança, o Senhor estabeleceu um sinal físico
para Abraão: a circuncisão (Gn.17). Além de matar alguns animais,
agora Abraão precisava cortar na sua própria carne. Os animais mortos
poderiam até ser esquecidos, mas a marca no próprio corpo sempre
seria lembrada, bem como o compromisso com Deus que ela representava.
- Além disso, o patriarca deveria circuncidar o filho Ismael e os
servos de sua casa. Aquela tarefa seria também muito árdua.
Imaginamos que servir a Deus seja algo fácil e sempre agradável?
Algumas vezes somos orientados a fazer cortes íntimos em nossas
vidas, não no corpo, mas na alma. Isso pode doer muito. A ordem de
hoje pode ser mais difícil do que a de ontem, mas tudo isso faz parte
do processo de crescimento e desenvolvimento de habilidades.
- Quando Isaque nasceu, Abraão o circuncidou e deve ter pensado que
tudo estava resolvido diante de Deus. Contudo, seu maior desafio
estava por vir. Um dia, Deus pediu a vida daquele filho que, por
décadas, foi esperado. Uma coisa precisava ficar bem clara: Deus era
a pessoa mais importante na vida de Abraão. O filho também seria
secundário. O patriarca resolveu obedecer. Observa-se que, até então,
Abraão imaginava que Deus aceitaria sacrifícios humanos.
A fé e o compromisso de Abraão precisavam ser demonstrados na
prática. Por isso, ele precisou executar uma série de ações sob a
direção de Deus. A nossa fé também não pode ser algo abstrato,
invisível e imperceptível, mas deve ser mostrada através das obras
(Tg.2.18). Isto não significa que vamos imitar Abraão, reproduzindo
suas experiências. De modo nenhum. O que precisamos é praticar o que
Deus nos propõe hoje. Nossas obras não conquistam a salvação.
Entretanto, todo aquele que é salvo precisa realizar o que Deus
manda, pois somos seus servos e o servo existe para obedecer e
servir.
Cada vez que Abraão aceitava um novo desafio, alcançava um nível mais
alto em sua espiritualidade e no conhecimento de Deus:
- Tendo saído da sua terra, conheceu a terra prometida (Gn.12).
- Tendo feito o sacrifício que lhe foi ordenado, viu o sinal de Deus
através do fogo (Gn.15).
- Depois da circuncisão (Gn.17), viu o próprio Deus em forma humana
(Gn.18).
- Quando se dispôs a entregar Isaque, viu o cordeiro que simbolizava
Cristo (Gn.22).

O SACRIFÍCIO MAIOR

No monte Moriá, Abraão conheceu algo precioso da parte de Deus. Ele
presenciou uma representação do que seria a salvação em Cristo
através da cruz do Calvário. Naquele momento, quando Deus
providenciou o animal para morrer no lugar de Isaque, Abraão aprendeu
sobre a misericórdia e o amor divino. A lição era que, apesar da
justiça celestial exigir a morte do ser humano, Deus permitiu que
este fosse substituído por um animal inocente.
Apesar de Deus pedir que o homem entregue tudo, a maior dádiva vem do
próprio Deus que providenciou o cordeiro que seria imolado (João
1.29). Apesar de todo esforço que o homem possa fazer para servir e
obedecer, o maior sacrifício seria feito pelo próprio Deus.

Por isso, Jesus disse aos judeus: "Abraão, vosso pai, exultou por ver
o meu dia; viu-o e alegrou-se" (João 8.56).

O FIM DA JORNADA

A bíblia cita o nascimento de Abraão (Gn.11.27), seu chamado, aos 75
anos (Gn.12.1), e sua morte, aos 175 anos (Gn.25.7-8). No fim de sua
história, o patriarca era um homem sábio, experiente e realizado.
Entretanto, isso não era fruto da idade. Nada disso vem apenas com o
passar do tempo. São resultados da fé e da obediência. O tempo só nos
torna velhos. O que precisamos é usá-lo bem, de modo que, mais
tarde, quando olharmos para trás, possamos fazer um balanço positivo
da nossa vida. Que possamos contemplar, não apenas conquistas
materiais, mas, sobretudo, realizações de valor espiritual que sirvam
para a glória de Deus e o estabelecimento do seu reino.
Hoje, o Senhor nos chama para caminharmos com ele. Não podemos parar
no meio do caminho. Não podemos retroceder. Façamos como Abraão, que
perseverou em sua jornada até alcançar o cumprimento da promessa.

"E Abraão expirou, morrendo em boa velhice, velho e cheio de dias; e
foi congregado ao seu povo" (Gn.25.8).


Anísio Renato de Andrade
Bacharel em Teologia

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