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domingo, 20 de dezembro de 2009

Vasos de barro

 



VASOS DE BARRO

Os escritores bíblicos utilizaram muitas figuras para transmitir
ensinamentos espirituais. Utensílios domésticos, como os vasos de
barro, foram citados inúmeras vezes. Objetos assim, presentes em
todas as casas, tornavam-se bons recursos didáticos, facilitando a
compreensão de muitas lições para todos os ouvintes e leitores.

Em muitos textos, o homem é comparado ao vaso, visto que ambos são
feitos do barro (Sal.31.12; Jr.22.28; 51.34). Em outros, a própria
nação de Israel é representada dessa forma (Jr.18.1-6; 19.1,10,11;
Is.30.14. Os.8.8). O oleiro se torna uma figura do próprio Deus.

"Ó Senhor, tu és nosso Pai; nós o barro e tu o nosso oleiro; e todos
nós a obra das tuas mãos". (Is.64.8).

O apóstolo Paulo citou os vasos algumas vezes em suas epístolas. Para
ele, todas as pessoas eram ou poderiam vir a ser vasos bons ou ruins
(Rm.9.21). Afinal, ele mesmo foi nomeado como um "vaso escolhido"
pelo Senhor (At.9.15). Entre suas instruções ao jovem líder Timóteo,
lemos: "De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso
para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para
toda a boa obra." (II Tm.2.21).

Tais recipientes eram imprescindíveis no dia-a-dia, sendo usados para
guardar desde líquidos até pergaminhos. Todas as pessoas precisavam
deles. Da mesma forma, aprendemos que Deus precisa de nós. É
estranho dizer que Deus possa precisar de algo ou de alguém, mas isto
acontece porque ele mesmo decidiu nos usar em sua obra.

Quando Eliseu operou o milagre da multiplicação do azeite da viúva,
ele pediu que se trouxessem muitas vasilhas vazias (IIRs.4). Se
fosse hoje, traríamos muitas panelas de alumínio, ou de ferro, mas,
naquele tempo, eram vasos de barro. O azeite só parou de jorrar
quando os vasos acabaram. Embora Deus pudesse agir de tantas
maneiras, ele decidiu usar os vasos que estivessem disponíveis.
Assim também, ele deseja nos encontrar à sua disposição para que
milagres aconteçam.

O MATERIAL

Nos tempos bíblicos existiam vasos de vários tipos, mas o mais comum
era o de barro. Fazer um vaso de pedra seria muito difícil. Fazer
um vaso de lama, seria impossível. O barro, porém, com sua
consistência e flexibilidade, é o material ideal para o trabalho do
oleiro. Deus deseja trabalhar em nosso caráter. Não podemos ser
duros como a pedra nem instáveis como a lama.
Algumas pessoas são duras, insensíveis, inflexíveis. Não perdoam, não
se arrependem, não choram, não mudam, não aprendem. Costumam
dizer: "Eu sou assim mesmo, e não vou mudar". Outras são inseguras,
volúveis como a lama, que só serve para sujar o lugar onde se
encontra. Não podem ser moldadas nem contidas. Mudam de idéia
rapidamente. Não têm propósito definido. São sempre imprevisíveis e
inconstantes. Com a mesma rapidez com que se convertem, desviam-se.

O barro, entretanto, encontrado no melhor equilíbrio entre suas
porções de terra e água, torna-se matéria prima para que o oleiro
realize sua arte com liberdade e satisfação. Precisamos aceitar o
trabalho de Deus em nós, recebendo de bom grado o que sabemos ser a
sua vontade para as nossas vidas. Não podemos rejeitar o que vem de
Deus. Deixando de lado a murmuração, o questionamento e a rebeldia,
aceitemos o trabalho do oleiro.

A FABRICAÇÃO

"Desce à casa do oleiro e lá te farei ouvir as minhas palavras."
(Jr.18.2).

O barro, que para muitos pode não ter valor, é visto de outra forma
pelo oleiro, que nele consegue vislumbrar o objeto que pode ser
fabricado. Deus vê em nós tudo aquilo que podemos ser, desde que
estejamos em suas mãos. No momento presente, talvez ainda não
tenhamos a forma desejada pelo Senhor, mas, se nos deixarmos moldar,
a obra iniciada será concluída (Fp.1.6).

Assim como Deus tomou o barro e formou o primeiro homem, ele continua
moldando o nosso caráter. O trabalho de suas mãos demonstra dedicação
e carinho para conosco. O barro é amassado de todos os lados,
recebendo a porção de água necessária para que sua flexibilidade seja
mantida. Ele não pode endurecer no meio do processo.

Quantas vezes nos sentimos amassados também? Somos atribulados,
provados, pressionados. Estamos sendo moldados. É um processo de
transformação para que sejamos o que o Senhor planejou para nós,
ainda que não possamos compreender plenamente os seus métodos e
propósitos.

Nesse momento, as escórias são retiradas. Todo corpo estranho que
houver no barro será removido. Assim também, Deus pode retirar de
nós algo que não está lhe agradando. Pode doer. Podemos sentir falta,
mas o resultado será muito melhor.

O oleiro é soberano. Somente a sua vontade e o seu bom gosto são
determinantes sobre a forma que o vaso terá (Jr.18.4). Não podemos
exigir que Deus faça ou deixe de fazer algo.

"Ai daquele que contende com o seu Criador! o caco entre outros cacos
de barro! Porventura dirá o barro ao que o formou: Que fazes"?
(Is.45.9; Rm.9.20; Is.29.16).

Algumas vezes o vaso se quebra durante a fabricação (Jr.18.4), ou
pode ser que o próprio oleiro o quebre por não estar satisfeito com a
sua forma. Em seguida, os pedaços são juntados e colocados novamente
sobre as rodas. O Senhor não desiste de nós. Se caímos e quebramos,
ele nos dá outra oportunidade. Enquanto estivermos neste mundo,
ainda podemos ser moldados, conquanto que estejamos nas mãos de
Deus. A pessoa que foge rejeita o tratamento. Aqueles que desistem
do evangelho, abandonam a igreja, estão resistindo à ação das mãos de
Deus. Nunca deixam de estar ao seu alcance, mas podem não se tornar
vasos para a honra.

Quando termina a fase de modelagem e o vaso se encontra na forma
desejada pelo oleiro, começa a secagem. O vaso é colocado em algum
lugar onde deverá ficar o tempo necessário. Ele não está sendo
moldado nem utilizado. Parece que foi abandonado e esquecido, mas o
oleiro sempre está atento. Não se preocupe. Pode parecer que tudo
esteja concluído ou até mesmo perdido, mas não está.

Antes de ser utilizado, o vaso ainda precisa passar pelo fogo para
adquirir resistência e impermeabilidade.

"Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos
tentar, como se coisa estranha vos acontecesse" (IPd.4.12).

Quantas vezes desejamos ser usados pelo Senhor! Queremos estar em
constante atividade, mas somos colocados para esperar e passamos por
tribulações inexplicáveis. Tudo faz parte do processo de formação.

Moisés, aos 40 anos, queria libertar o seu povo, mas precisou esperar
outros 40. José foi vocacionado aos 17 anos, mas somente aos 30
começou a cumprir o seu chamado. Davi, ainda jovem, foi ungido rei de
Israel, mas precisou esperar muitos anos para assumir o trono. Entre
a vocação e o cumprimento da missão, existe um processo de
preparação, sem a qual não estaremos aptos para fazermos o que Deus
deseja. Não podemos determinar a duração dessa fase, mas temos
certeza quanto à sua ocorrência.

O barro, que precisa ser maleável para ser moldado, não pode
continuar flexível depois que o vaso fica pronto. Por isso precisa
passar pelo fogo. Quem se converte ao evangelho de Jesus Cristo não
pode mais se converter a outra coisa, outra doutrina ou religião. Se
já conhecemos o Senhor, precisamos ser resistentes a outros apelos ou
às transformações propostas pelo mundo.

A CONDIÇÃO DO VASO

Todo vaso, por melhor que seja, não poderá ser usado se estiver
sujo. Não podemos ser usados pelo Senhor para os melhores propósitos
se estivermos contaminados. Por isso, precisamos viver em
santificação. Se pecarmos, devemos suplicar o perdão, lavando-nos no
precioso sangue de Jesus. O vaso precisa estar limpo, por dentro e
por fora (Is.66.20). A lei de Moisés determinava que os vasos imundos
fossem destruídos (Lv.11.33,35; 15.12). Eram casos extremos de
imundícies bem específicas.
Os vasos da casa de Deus precisam estar purificados, santificados,
idôneos e preparados para toda boa obra (IITm.2.21).

O CONTEÚDO DO VASO.

Encontramos na bíblia muitas referências aos vasos e ao seu conteúdo.
Alguns são mencionados contendo água (Num.19.17), outros com azeite
(ISm.10.1), vinho (Joel 3.13), perfume (Lc.7.37), maná (Ex.16.33),
vinagre (João 19.29), documentos (Jr.32.14) e coisas abomináveis
(Is.65.4).

Qual é o nosso conteúdo? Estamos cheios de quê? Quantas vezes,
alguém se aproxima de nós, talvez atraído por nossas características
exteriores, esperando encontrar água e acha vinagre?

Estamos cheios de pecado? Cheios de amargura, malícia, inveja? Quem
não confessa ou não perdoa, guarda o pecado em seu interior.

Para que sejamos usados pelo Senhor para a sua glória, precisamos
renunciar a todo o mal que porventura estejamos carregando em nossos
corações. Aquele que guarda o rancor deve perdoar. Assim, o vaso se
esvazia do que é ruim e pode ser cheio com o que é bom, de modo que
venha transbordar.

Quando Paulo escreveu a Timóteo sobre a purificação do vaso
(IITm.2.14-26) ele se referia a algumas coisas que precisavam ser
evitadas ou eliminadas: contenda (v.14); falatórios vãos (v.16),
injustiça (v.19), desejos da mocidade (v.22) e questões insanas
(v.23). A lista inclui pecados notórios e alguns itens que parecem
não ser tão prejudiciais, tais como os falatórios vãos. Entretanto,
são práticas que ocupam nosso tempo, ocupam o espaço no vaso que
deveria estar cheio de preciosidades.
Paulo recomendou que Timóteo se enchesse com justiça, fé, amor, paz,
mansidão, paciência e aptidão para ensinar (v.22 e 24).

A UTILIDADE DO VASO

Encontramos tantas referências bíblicas sobre os vasos, em tantas
situações distintas, mas nenhuma delas apresenta o vaso com o
propósito ornamental. Não encontramos vasos com plantas ou flores
para enfeitar algum ambiente. Os vasos existem para o serviço. Eles
precisam conter alguma coisa útil.

O vaso não é apenas receptor, mas recipiente. Ele recebe, guarda,
conserva e entrega no tempo certo. Devemos receber a palavra do
Senhor em nossos corações. Pela ação do Espírito Santo, ela produzirá
poder e unção que fluirá em nossas vidas.

CUIDADOS COM O VASO

Depois de tão difícil processo de formação, o vaso não pode cair. Se
isso acontecer, poderá quebra-se. Ainda que possa ser refeito, muito
tempo será perdido e sua utilidade ficará reduzida. Assim acontece
com aqueles que fracassam na vida cristã, tornando-se motivo de
escândalo.

Quando a bíblia nos compara aos vasos de barro, ela nos exorta à
humildade. O próprio termo "humildade" vem de "humus", palavra
latina que significa "barro". Que cada um de nós veja a si mesmo de
forma simples, sabendo que estamos nas mãos de Deus, dependentes da
sua misericórdia.

Mais importante do que o vaso é o seu conteúdo:

"Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência
do poder seja de Deus, e não de nós" (IICo.4.7).

Cristo habita em nós, e isto faz com que tenhamos um grande valor.
Jamais podemos nos esquecer disso. Se fizermos algo de excelente no
reino de Deus, terá sido pelos méritos de Jesus, que operou em nós de
modo maravilhoso.
Coloque-se nas mãos do oleiro. Ele quer transformá-lo e usá-lo.



Anísio Renato de Andrade
Bacharel em teologia. 

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