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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Prosperidade- 3




RIQUEZAS ESPIRITUAIS EM CRISTO

Motivados pela cobiça, muitos cristãos vivem em busca de riquezas 
materiais e se esquecem das riquezas espirituais que Deus nos
oferece através de Jesus Cristo (Tg.2.5). Se alguém puder conciliar
as duas coisas e se for este o plano de Deus para a pessoa,
excelente. Contudo, o evangelho existe para que as almas humanas
sejam salvas. E se a riqueza material for prejudicar ou inviabilizar
esse projeto na vida de alguém, então é melhor que essa pessoa seja
pobre (Mt. 13.22). Por esta causa é que Jesus mandou que o jovem
rico vendesse todas as suas propriedades e desse o dinheiro aos
pobres (Lc.18.22). O dinheiro distribuído entre os pobres seria uma
bênção e nenhum deles ficaria rico por isso, mas concentrado nas
mãos de um só homem, aquela riqueza se tornara um ídolo. Ninguém
pode servir a Deus e a Mamom. É melhor entrar pobre no céu do que
rico no inferno, conforme se vê em Lucas 16.19-31. Se alguém pode
servir a Deus e usar a riqueza como instrumento de justiça, então
que faça assim. É um equilíbrio muito difícil e poucas pessoas são
capazes de consegui-lo. O que acontece é que muitos estão servindo
às riquezas e querendo usar até mesmo o próprio Deus como
instrumento para alcançá-las.

O que a bíblia nos ensina a buscar são riquezas espirituais. Se não
fosse assim, Jesus nem precisaria ter vindo ao mundo. Em Cristo
temos um tesouro de valor inestimável (Col. 2.2-3). Ele quer nos
dar: amor, alegria, paz, justiça, sabedoria, fé, fidelidade,
integridade, comunhão com o Pai e salvação eterna. Poderíamos fazer
uma lista imensa, e mesmo assim incompleta, daquilo que Deus nos
oferece. (I Cor.2.9; I Cor.1.30; II Pd.1.4-8; Gál. 5.22).
Terminaríamos citando "o que os olhos não viram, os ouvidos não
ouviram e nem subiu ao coração do homem." (I Cor.2.9). Precisamos
voltar a atenção para os valores espirituais, valores celestiais.
Precisamos pensar nas coisas que são de cima (Col. 3.1-5).
Precisamos erguer os nossos olhos (João 4.35) e deixar de ficar
olhando apenas para o que é terreno, exterior e passageiro. Isso não
significa que vamos viver alienados e esquecer da vida material.
Precisamos cuidar de todas as nossas responsabilidades terrenas e
trabalhar pelos nossos projetos. O que não podemos fazer é tentar
colocar o evangelho como instrumento da cobiça nem achar que o
cristianismo possa ser garantia de riqueza material.

Se Deus nos der riquezas, isso será uma bênção. Se ele não nos der,
estejamos contentes com o que temos. Certamente, não é natural que
um filho de Deus viva na miséria, mas isso não significa que todos
os filhos de Deus devam ser materialmente ricos. Se temos o "pão
nosso de cada dia", já temos motivo para agradecer muito a Deus. Ele
se compromete a suprir nossas necessidades. Jesus disse: "Buscai
primeiro o reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos
serão acrescentadas." (Mt. 6.33). Ele não disse "todas as outras
coisas", e sim "todas estas coisas". E de que coisas ele estava
falando? Do comer, do beber e do vestir, como se lê nos versículos
anteriores. Ninguém deveria usar Mateus 6.33 para dizer que Deus vai
nos dar empresa, casa na praia e viagem turística pela Europa. Ele
pode nos dar isso e muito mais. Porém, isso não é promessa bíblica.

Muitas vezes precisamos passar por situações difíceis para
aprendermos lições que, de outra forma, não aprenderíamos. O cristão
passa por tribulações, provações, tentações, treinamentos e
disciplinas. Podemos passar por dificuldades financeiras e de outros
tipos. Isso não combina com uma visão triunfalista de um evangelho
ilusório. O certo é que "em todas essas coisas somos mais do que
vencedores" (Rm.8). Isso não significa que depois de termos passado
por dificuldades financeiras vamos ser ricos. Ser vencedor é cumprir
o propósito de Deus e não o nosso. Estamos numa guerra e não em um
parque de diversões. E nossa guerra não é para alcançar riquezas,
mas é para vencer os poderes de Satanás e ver muitas almas sendo
redimidas.

Muitas pessoas recebem uma idéia errada a respeito do evangelho. Com
isso criam expectativas ilusórias e acabam se decepcionando.

O Novo Testamento traz uma mensagem que tenta tirar o nosso foco
deste mundo e colocá-lo no céu. "Arrependei-vos porque é chegado o
reino dos céus". "Não ajunteis tesouros na terra... Ajuntai tesouros
no céu." Os primeiros cristãos visavam uma pátria celestial, onde
estariam livres de todo o sofrimento terreno. Muitos pregadores da
atualidade têm se esquecido de falar sobre céu. Aliás,
têm "transferido" o céu para a terra, dando-lhe um sentido
materialista, visível, hedonista, egocêntrico e imediato.

Vejamos outra considerações sobre o tema:

- Jesus veio como o rei pobre – Zc. 9.9

- Ele disse: "Meu reino não é deste mundo" (João 18.36). E o nosso?

- A viúva pobre foi elogiada pelo Senhor pela oferta que deu, mas
nem por isso ficou rica (Mc.12.44).

- O reino de Deus não é comida nem bebida mas justiça, paz e alegria
no Espírito Santo (Rm. 14.17-18).

- Vejamos a oração feita por Agur: "Não me dês a pobreza nem a
riqueza: mantém-me do pão da minha porção acostumada." Essa pobreza
repudiada pelo autor seria no nível da miséria, ao ponto de precisar
roubar para sobreviver, conforme se vê na seqüência do texto
(Pv.30.8-9).

- O Novo Testamento menciona que algumas igrejas eram pobres (II
Cor. 8.2; Ap.2.9). Ninguém repreendeu aqueles irmãos dizendo que
estavam em pecado, debaixo de maldição ou fora do plano de Deus.
Aliás, igrejas ricas materialmente deviam ser uma raridade naquele
tempo de grandes perseguições contra os cristãos, quando muitos
deles perdiam a posse dos seus bens (Heb.10.34). A igreja de
Laodicéia era rica materialmente, mas vivia em miséria espiritual
(Apc. 3.17-18).

- Quando Paulo escreveu aos servos ou a respeito deles, não os
aconselhou a "abrirem seu próprio negócio". Mandou que eles
continuassem servindo fielmente aos seus senhores. (Efésios 6.5-9;
Col. 3.22-25; Tito 2.9-10; I Cor. 7.20-24).

- I Cor. 7.21 – "Se ainda pode ser livre, aproveita a ocasião."
Paulo não ensinava aos servos a "teologia da prosperidade" de modo
que criasse neles uma expectativa ilusória. Porém ele dizia que os
servos deveriam aproveitar as oportunidades, caso pudessem ficar
livres. Assim também nós. Não cremos na "teologia da prosperidade",
mas se Deus nos quiser abençoar com bênçãos materiais, não
perderemos a oportunidade de recebê-las. O que não podemos é ver as
bênçãos materiais como conseqüência natural do evangelho. O objetivo
de Jesus é salvar almas.

- Dificilmente entrará um rico no céu (Lc.18.24).

- Existem muitas promessas de prosperidade material no Velho
Testamento (Dt.8.18; 15.4; Salmo 112.1-3; Pv.13.22; 22.4; 24.4;
Is.45.3). As promessas da velha aliança eram principalmente de ordem
terrena e material. Os cristãos do Novo Testamento não usufruíram
dessas promessas assim como não estavam subordinados às exigências
do antigo pacto. Aquele compromisso foi com a nação de Israel e não
com a igreja. Se tudo o que era para Israel passou para nós, como
alguns imaginam, então deveríamos ir para a Palestina brigar pela
posse daquela terra.

- A ênfase do Novo Testamento é sobretudo espiritual. Ao utilizarmos
os textos do Velho Testamento, podemos talvez interpretar
espiritualmente as promessas de riquezas. Não é assim que
interpretamos tantos textos do Velho Testamento??? Por exemplo,
usamos as guerras do VT para falarmos de batalha espiritual. Usamos
os bons reis do VT para falarmos sobre Deus e sobre Jesus e os maus
reis para falarmos sobre o diabo. Usamos os sacrifícios de animais
para falarmos sobre o sacrifício de Cristo, etc.

- Outro detalhe a se considerar é que a palavra "riqueza" é
relativa. Então podemos estar esperando um tipo de riqueza ou uma
quantidade diferente daquela que a bíblia menciona.

- Abraão era rico, muito rico. Alguns o tomam como exemplo para o
evangelho da prosperidade. Entretanto, a bíblia não diz se ele
enriqueceu antes ou depois de suas experiências com Deus. Talvez sua
família já fosse rica.

- Não estamos fazendo apologia à pobreza. Alguns servos de Deus na
bíblia eram muito ricos. Por outro lado, outros eram muito pobres.
Precisamos apenas ter uma visão equilibrada a esse respeito. O
cristão pode ser rico ou pobre. Ele só não pode ser escravo do diabo.

- Os cristãos em Atos 4 estavam vendendo suas propriedades e
repartindo com os necessitados. Eles não estavam querendo ser ricos
nem alimentando essa estúpida expectativa em relação ao evangelho.

- Os cristãos da Judéia passaram por situação material precária e
foram ajudados pelos coríntios e pelos macedônios (II Cor. capítulos
8 e 9; Rm.15.26). Os próprios irmãos macedônios viviam em "profunda
pobreza", conforme as palavras de Paulo em II Cor.8.2. Nesse texto,
Paulo diz que "Jesus, sendo rico, se fez pobre para que
enriquecêsseis". (II Cor. 8, verso 9). Seu objetivo é que
enriqueçamos espiritualmente. O texto não está falando de riqueza
material pois Jesus nunca foi rico materialmente, nem os discípulos
e nem o próprio Paulo que escreveu o versículo.

- Paulo disse que aprendeu a estar contente com o que tinha. Sabia
ter abundância e sabia também padecer necessidade. Por isso ele
disse: "tudo posso naquele que me fortalece." (Filipenses 3.12-13).

- Paulo considerava tudo como "perda" para ganhar a Cristo (Fp.3.7-
8). Estamos dispostos a perder alguma coisa por Cristo? Hoje em dia
só se fala em ganhar, ganhar, ganhar, ganhar, ganhar.

- E se Deus quiser que você seja rico??? Então você será. Não é
pecado. Mas pense bem: Se Deus quisesse isso, talvez você teria
nascido numa família rica. Há exceções... Alguns poucos ficam ricos
de outra forma.

- Para refletir: Depois de tanta propagação da teologia da
prosperidade, os cristãos têm ficado ricos? De modo geral, não.
Alguns sim, como sempre aconteceu, com teologia ou sem ela, com
evangelho ou sem ele. Pouquíssimos, como sempre. Alguns sim, pelo
propósito ou pela permissão de Deus. E mesmo se fossem ímpios,
talvez ficariam ricos do mesmo jeito. Então, o "evangelho da
prosperidade" não tem produzido os efeitos prometidos.

- Os homens mais ricos do mundo são cristãos praticantes e fiéis?
Alguns cristãos ricos já o eram antes da conversão. Seus parentes
ímpios também são ricos. Existem também muçulmanos milionários.

- A bíblia traz muitas advertências sobre os perigos que envolvem as
riquezas, principalmente a avareza, que é idolatria (I Cor. 5.11;
6.10; Ef.5.5; Col. 3.5). Outro aspecto que se destaca é a
transitoriedade das riquezas (Pv.27.24; Tg.1.9-11). Não se deve
colocar nelas a esperança ou a confiança (Salmo 49.6-7; 52.7; 62.10;
Pv.11.28; I Tm.6.17). Podem tirar a tranquilidade (Jó 27.19-20;
Ec.5.12). Podem ser perdidas repentinamente (Pv.13.11; 23.5;
Ec.5.14). Não garantem solução para os maiores problemas do ser
humano (Pv.11.4). Luta-se durante uma vida para se enriquecer
(Pv.28.22; Ec.4.8). Depois resta pouquíssimo tempo para se usufruir
de tantos bens. Bom para os herdeiros, se ainda sobrar alguma coisa
para eles e se não forem brigar muito por isso. (Salmo 39.6).

- Ninguém pode garantir que um dizimista fiel vá ficar rico. Se
fosse assim, as igrejas estariam cheias de pessoas milionárias.

- Há muitos dizimistas pobres e muitos ricos que não são dizimistas.
A lógica divina é diferente da nossa.

- Acima do que fazemos estão os desígnios de Deus para cada um de
nós. Algum dos discípulos ficou rico? Será que eles não eram
dizimistas fiéis?

- Em Salmos, Provérbios e Eclesiastes, os autores salientam os
benefícios da sabedoria e da justiça, acima dos benefícios da
riqueza. O pobre sábio é bem-aventurado. (Salmo 37.16; Pv.3.13-14;
8.11; 16.16; 19.1,22; 22.1; 28.6,11; Ec.4.13; 9.15; Sf.3.12).
Salomão conseguiu reunir riqueza e sabedoria (I Rs.10.23), mas essa
combinação raramente é encontrada (Ec.9.11).

"O Senhor empobrece e enriquece; abate e também exalta". I Sm.2.7

"Ênfase em prosperidade financeira é materialismo disfarçado de
espiritualidade."

Anísio Renato de Andrade
Bacharel em teologia

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