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quarta-feira, 10 de junho de 2009

As Tentações de Cristo - 2


"Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo. E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome. Chegando, então, o tentador, disse-lhe: Se tu és Filho de Deus manda que estas pedras se tornem em pães. Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus" (Mt.4.1-4).

Depois de jejuar quarenta dias, em "retiro espiritual", longe de tudo e de todos, Jesus estava faminto. Usamos a expressão "fome" quando ficamos algumas horas sem comer. Entretanto, Cristo esteve muitos dias em jejum e precisava se alimentar. Ele sentiu o que sentem os miseráveis da nossa sociedade, quando lhes falta o mantimento.

O texto fala de dois alimentos: o pão e a palavra. Portanto, estão em foco duas dimensões da vida humana: física e espiritual. Muitas vezes, focalizamos apenas o que é terreno e esquecemos o celestial. Vivemos correndo atrás do nosso sustento material e deixamos em segundo plano o alimento do espírito. Valorizamos o que é temporal e desprezamos o eterno.

Jesus disse: "Nem só de pão..." Muitos buscam só o pão, o alimento perecível. Assim, o espírito dessas pessoas fica debilitado ou pode ser que esteja morto. Por outro lado, Jesus não disse que o homem viverá sem pão. Portanto, precisamos dos dois: do pão e da palavra de Deus.

Contudo, é preciso encontrar a ordem certa de prioridades: primeiro a palavra e depois o pão. Por isso, Jesus jejuou. O jejum é a renúncia espontânea ao legítimo direito de se alimentar, numa demonstração de que a vida espiritual é prioritária.

Se Jesus jejuou, nós precisamos fazer o mesmo. Ele não o fez apenas por algumas horas, mas por muitos dias. Nem todos têm condições de jejuar por tanto tempo, mas o certo é que devemos fazer investimentos significativos na nossa vida espiritual, respeitando as limitações individuais. Algumas pessoas estão impossibilitadas de fazê-lo, por questões de saúde. Entretanto, os cristãos que, podendo jejuar, não o fazem, evidenciam ignorância ou, talvez, desinteresse por uma prática de grande valor diante de Deus e uma arma contra o mal.

Depois dos quarenta dias, veio Satanás tentando colocar o foco de Jesus no alimento físico e na vida terrena, como se ele precisasse obter pão a qualquer custo e imediatamente. Ainda que Jesus tivesse uma fome mortal, ele não morreria, a não ser que uma palavra do Pai o permitisse. O inimigo deseja que estejamos totalmente ocupados e preocupados com a vida física, de modo que todos os nossos recursos, tempo e energia sejam direcionados para o que é terreno.

Alimento e vida estão diretamente relacionados. Assim como o nosso corpo precisa do alimento para viver e funcionar plenamente, assim acontece com o nosso espírito. A palavra de Deus traz sustento espiritual. Ela nos renova, fortalece e capacita para fazermos a vontade do Senhor. Notamos, portanto, quão importante é a leitura e o estudo da bíblia para todo aquele que já foi vivificado e salvo pelo Senhor Jesus.

O texto diz: "toda palavra que sai da boca de Deus". É dela que necessitamos. Contudo, muitas palavras chegam aos nossos ouvidos e elas provêm de outras origens. São dogmas, falsas doutrinas, orientações religiosas, tradições ou, simplesmente, conceitos mundanos. Esse é um tipo de alimento que não sai da boca de Deus, podendo, pois, ser prejudicial. Quando somos leitores e estudantes das Sagradas Escrituras, estamos prontos para julgar todos os demais ensinamentos que chegam a nós. Foi o que Jesus fez em relação às palavras do tentador.

Após o fracasso da proposta referente aos pães, o inimigo mudou de estratégia. Tendo Cristo citado a importância da palavra de Deus, a segunda tentação foi idealizada a partir de um texto bíblico, procurando motivar uma falsa espiritualidade:

"E disse-lhe: Se tu és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito; e eles te susterão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra" (Mt.4.11).

Seria aquela palavra, citação do Salmo 91.11, um alimento aceitável para Cristo? Não. O inimigo inseriu ali um pouco do seu veneno. Ele distorce as Escrituras para enganar e destruir. Por isso, o simples fato de alguém conhecer a bíblia e citar seus versículos não nos deve impressionar, como se isto bastasse para garantir a confiabilidade da pessoa.

Vemos ali as palavras de Deus na boca do Diabo. Contudo, Jesus disse: "... toda palavra que SAI da boca de Deus." Nossa vida espiritual não se fundamenta apenas na palavra escrita, mas na palavra falada por Deus; Não apenas na letra, mas no Espírito (IICo.3.6). Isto pressupõe uma experiência viva com o Senhor, como aquela que Cristo teve no batismo (Mt.3.16-17) e também no início do capítulo 4, mostrando que o Pai e o Espírito Santo estavam presentes e participavam da vida de Jesus.

A bíblia é de fundamental importância, mas não por si mesma, não isolada, como se fosse um livro mágico ou um amuleto. Não basta deixá-la aberta sobre a mesa, como se isso espantasse os maus espíritos ou pudesse trazer alguma bênção. Seus versículos não são fórmulas místicas e automáticas. Não se deve tentar usar a palavra de Deus sem Deus ou sem um compromisso com ele. O resultado pode ser uma experiência com Satanás. Muitas religiões usam a bíblia, mas isso não significa que Deus tenha ali alguma participação.

Da mesma forma, alguns estudam a teologia, mas não experimentam a ação de Deus em suas vidas. É como o filho que lê e coleciona as cartas do pai, mas nunca o viu nem o conhece; ou semelhante a alguém que estuda a fórmula do chocolate, mas nunca o experimentou.

Diante daquela proposta satânica baseada na bíblia, Jesus respondeu: "Também está escrito: não tentarás o Senhor teu Deus" (Mt.4.7). Note-se que o uso que Satanás faz da bíblia está voltado para o benefício egoísta e a cobrança de respostas divinas imediatas. A ênfase de Jesus sobre a mesma palavra está na questão do relacionamento. Ele mostrou que, embora a palavra de Deus estivesse sendo usada, a atitude não estava coerente com o comportamento de alguém que reconhece o senhorio do Pai. Se ele é o "Senhor teu Deus", nós não estamos em condições de determinar quando ele deve agir ou quando os anjos devem trabalhar.

Na terceira tentação, o Diabo ofereceu os reinos do mundo, com poder, riqueza e glória humana para alimentar o ego de Jesus. Ele ainda faz ofertas desse tipo para todos aqueles que estão ou desejam estar em posição de destaque.

Diante de tantas estratégias malignas, como venceremos? Alimentando o nosso espírito com a palavra de Deus, tendo também um compromisso vivo com ele, aliando conhecimento e prática, através da obediência. Precisamos conhecer a bíblia e ter também uma experiência pessoal com Jesus Cristo, recebendo-o como Salvador e Senhor. Caso contrário, faremos mau uso das Escrituras. Além disso, o propósito da nossa vida deve ser a glorificação de Deus e não do nosso próprio nome. Vivemos para estabelecer o reino dele e não o nosso. Estas foram as diretrizes do ministério e da vida do Senhor Jesus. Por isso, ele venceu o tentador em todos os aspectos.


Anísio Renato de Andrade – Bacharel em Teologia.
Professor do Steb - Seminário Teológico Evangélico do Brasil

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