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terça-feira, 16 de junho de 2009

As tentações de Cristo - 5


Quando andamos com Deus, passamos por lugares maravilhosos e também por locais perigosos e desagradáveis. Jesus foi conduzido pelo Espírito Santo ao deserto para ser tentado pelo Diabo (Mt.4.1). Isto pode parecer muito estranho para nós, mas a tentação é necessária. Se não fosse assim, Adão e Eva também não seriam tentados. Deus permitiu a presença de Satanás no Éden para que a tentação acontecesse. Ele poderia ter colocado querubins cercando o jardim para que o inimigo não se aproximasse. Entretanto, era necessário que o homem tivesse oportunidade de pecar.

Se não houvesse tal possibilidade, o ser humano serviria a Deus como se fosse um robô programado para ser santo. Tendo chance de escolher entre dois frutos, o homem poderia ser um servo do Senhor por opção própria. Infelizmente, Adão e Eva fizeram a escolha errada e pecaram.

Da mesma forma, Jesus precisava ter oportunidade de pecar para que pudesse rejeitar o pecado. Assim, sua opção pessoal pela santidade seria demonstrada na prática. De fato, ele foi colocado em situação semelhante àquela do Éden. Por isso, foi chamado "o último Adão" (I Co.15.45).

Isto não significa que devamos criar oportunidades para pecar. De modo nenhum. Entretanto, o certo é que as oportunidades surgirão sem que as criemos. Muitas tentações são meramente humanas (Tg.1.13-15). São criadas pela própria pessoa, ou por outras, sem que haja alguma participação demoníaca. Os homens caem sozinhos com tanta facilidade que o Diabo nem sempre precisa comparecer.

A tentação ocorre, não para que Deus nos conheça através das nossas escolhas, mas para que nós nos conheçamos. De fato, não sabemos o quanto somos fortes ou fracos, a não ser que sejamos tentados. É um tipo de teste para a nossa fé, amor, compromisso e fidelidade. Certamente, Jesus já se conhecia de modo suficiente, mas ele precisava demonstrar na prática seu compromisso com o Pai, em obediência concreta. Em situações assim, o Diabo também passa a nos conhecer melhor. No livro de Jó aprendemos que o inimigo tem idéias erradas a respeito dos servos de Deus (Jó 1.9-11; 2.4). Quando vencemos a tentação, Satanás é derrotado e envergonhado.

A tentação de Cristo foi importante ainda por outro motivo: ele precisava passar por situações semelhantes às nossas. Se ele nunca fosse tentado, não seria nosso legítimo representante. "Pelo que convinha que em tudo fosse feito semelhante a seus irmãos, para se tornar um sumo sacerdote misericordioso e fiel nas coisas concernentes a Deus, a fim de fazer propiciação pelos pecados do povo. Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados" (Heb.2.17-18).

O tentador e suas artimanhas

Satanás é persistente. No texto de Mateus 4, vemos três tentações consecutivas. O inimigo não desiste facilmente. Mesmo no final, ele se ausentou só por algum tempo, até que houvesse outro "momento oportuno" (Lc.4.13). Durante a vida de Jesus, outras tentações aconteceram, até mesmo quando estava na cruz (Mt.16.22-23; 27.40-44). Outros exemplos da insistência diabólica estão na história de Jó e na visão de Apocalipse 12.

O Diabo é ardiloso e utiliza estratégias diversificadas. Começa de forma discreta, com aparência de amizade e vai se mostrando cada vez mais ousado. As tentações são de vários tipos, começando das mais "fracas" até as mais "fortes", das mais simples até as mais absurdas. Não é assim que fazem também os homens sedutores na conquista de suas vítimas? O caçador também é uma figura oportuna. Começa alimentando as aves para conquistar confiança ou garantir a freqüência das mesmas ao local de captura. Depois, elas se tornam alimento para o predador. A primeira tentação de Cristo, no deserto, envolvia simplesmente uma questão de pedra e pão, coisas comuns deste mundo. A segunda já evoluiu para questões espirituais, envolvendo Deus e o anjos. Depois, Satanás deixou os rodeios e pediu para ser adorado. Quanta ousadia!

As tentações fazem parte de um processo bem planejado pelo maligno. Jesus não se deixou envolver por suas ciladas, mas nós muitas vezes nos deixamos levar. A primeira tentação é "menos tentadora". Rejeitar um "falso pão" pode ser relativamente fácil. A última, entretanto, oferecia todos os reinos do mundo e a glória deles. Satanás aumentou bastante sua oferta na tentativa de "comprar" a obediência de Cristo e sua adoração, ao mesmo tempo em que ganharia também as almas de todos os homens, pois a obra da salvação estaria comprometida.

Nas nossas tentações também, o inimigo vai aumentando suas ofertas e testando nossa resistência. Algo semelhante aconteceu com o profeta Balaão. Inicialmente, rejeitou "o preço dos encantamentos" (Num.22.7), recusando a proposta de Balaque para amaldiçoar Israel. Depois, diante da promessa de ser grandemente honrado no reino de Moabe, Balaão cedeu (Núm.22.17; Jd.11; IIPd.2.15). Satanás é um negociador habilidoso. É um comerciante de almas humanas, com as quais deseja povoar o inferno.

Portanto, não podemos relaxar depois de uma vitória, pois um novo ataque virá e pode ser mais forte. Gideão venceu os midianitas (Jz.7.23-25) e resistiu a tentação do poder (Jz.8.22-23). Depois, foi derrotado pelas riquezas, pela religiosidade equivocada e pela prostituição (Jz.8.24-27). Sansão venceu milhares de filisteus, mas foi derrotado por uma mulher (Jz.16.19).

As tentações de Cristo foram o teste inicial do seu ministério. Tendo vencido, sua autoridade foi legitimada. Ele poderia então falar abertamente contra o pecado, pois ele mesmo tinha sido tentado, mas não pecou. Nós também, embora tenhamos cometido muitos pecados, não estamos fadados a repeti-los. Está escrito que é possível vencer: "Não vos sobreveio nenhuma tentação, senão humana; mas fiel é Deus, o qual não deixará que sejais tentados acima do que podeis resistir, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar" (I Co.10.13).

Sempre que vencemos uma tentação ficamos mais experientes. Se pecarmos, daremos exemplo para que outros pequem. Cada vez que conseguimos evitar o pecado nos tornamos mais úteis no sentido de ajudarmos outras pessoas a evitarem aquele erro.

Neste mundo, corremos o risco de cair em várias tentações. Entretanto, não podemos aceitar isso como algo natural e inevitável. Não podemos desistir da luta contra a iniqüidade. O pecado é muitas vezes expresso pela palavra "queda". Façamos, portanto, uma analogia: as crianças caem muito, mas o adultos, raramente. Paulo disse que os coríntios eram "meninos em Cristo", visto que ainda caíam nas invejas e contendas (ICo.3.1-3). Na medida em que crescemos espiritualmente, nos tornamos menos propensos às quedas, embora não estejamos impossibilitados de cair. Se cairmos, devemos nos levantar e prosseguir, sem jamais desistir de caminhar.


Anísio Renato de Andrade – Bacharel em Teologia.
Professor do Steb - Seminário Teológico Evangélico do Brasil

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