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quarta-feira, 24 de junho de 2009

A MISSÃO DE NEEMIAS


Servindo ao Senhor na restauração de Jerusalém.

Após o final do exílio na Babilônia e a conquista daquele império pela Pérsia,
muitos judeus ali permaneceram. Por este motivo, encontrava-se Neemias na cidade
de Susã, no ano 445 a.C., trabalhando como copeiro do rei Artaxerxes Longímano
(Ne.1.1).
Certo dia, seu irmão Hanani trouxe-lhe notícias de Jerusalém. A cidade estava
assolada, com seus muros derrubados e as portas queimadas.
A situação de Neemias no palácio era excelente. Ele poderia ter ficado
indiferente ao sofrimento do seu povo na Palestina. Entretanto, demonstrou
grande empatia com sua gente, com tristeza e pranto.
De imediato, aprendemos algumas lições com aquele homem de Deus: Não podemos
olhar apenas para nossa condição pessoal, quando muitos estão sofrendo, perdidos
e sem perspectiva. Não podemos ser insensíveis e indiferentes. Entretanto, as
emoções não representam um fim em si mesmas, senão apenas o início de um longo
processo. Neemias, não apenas chorou, mas também orou e jejuou (Ne.1.4-5). Ele
sabia que a realidade natural era resultado de fatores espirituais. Sabia também
que era necessária e imprescindível a intervenção divina a favor da Cidade Santa
e do povo escolhido.
Terminada a oração, Neemias entregou tudo nas mãos de Deus e voltou à sua rotina
como se nada houvesse acontecido? De modo nenhum. Em muitas situações, a oração
não deve ser um ponto final, mas apenas uma das providências a serem tomadas.
Depois da oração, Neemias partiu para a ação, solicitando permissão ao rei para
se retirar por algum tempo a fim de conferir a condição de Jerusalém e
reconstruir a cidade. Nota-se que aquele homem tinha visão do que poderia ser
feito diante da crise e estabeleceu um projeto ambicioso (no bom sentido). Quais
são os nossos sonhos e projetos? Estão voltados apenas para os interesses
particulares ou pretendem abençoar outras pessoas?
O exemplo de Neemias nos adverte para outro risco: não podemos agir sem orar,
principalmente em momentos de importantes decisões. Quem age por conta própria
assume sozinho a responsabilidade pelos resultados, dispensando o auxílio
divino.
O teor da oração de Neemias nos ensina sobre o valor do arrependimento e da
confissão (Ne.1.6), embora, naquele caso, os principais pecados tenham sido dos
pais, cujas consequências afetaram a vida dos filhos. É o que se nota pelo fato
de ter Neemias, ao que tudo indica, nascido na terra do cativeiro. O pecado
precisa ser removido, confessado e perdoado, para que a restauração aconteça.
Tendo sido liberado e até mesmo enviado pelo rei, o copeiro dirigiu-se a
Jerusalém, onde confirmou todas as notícias que lhe haviam sido transmitidas.
Neemias saiu de sua condição de conforto, colocando em risco sua posição, seus
bens e sua vida para ir a Jerusalém numa missão de restauração. (Isto nos faz
pensar no que faria Cristo, alguns séculos mais tarde, descendo de sua glória a
fim de edificar a Nova Jerusalém, a igreja - Mt.16.18; Ap.21.2).
O desafio de Neemias era muito grande, como tantos que se apresentam diante de
nós. A cidade precisava ser reconstruída. Eram inúmeras as providências que
deveriam ser tomadas. Para onde quer que se olhasse via-se destruição e
tristeza. Neemias haveria de conduzir a reocupação da cidade, trazendo famílias
de judeus das localidades vizinhas bem como da Pérsia. Muitas casas deveriam ser
construídas. O sacerdócio seria restabelecido. O culto judaico voltaria a ser
realizado normalmente no templo. A lei de Moisés seria novamente colocada em
prática. Porém, diante de tantas necessidades, Neemias estabeleceu como sua meta
mais importante a reconstrução das muralhas. Não se pode fazer tudo ao mesmo
tempo. Portanto, é necessário que estabeleçamos prioridades.

PROTEÇÃO

Já fazia muitos anos que os cativos tinham começado a voltar à sua terra. O
templo já havia sido reconstruído. Entretanto, pela ausência dos muros, a
vulnerabilidade era total. Os inimigos entravam e saíam de Jerusalém quando bem
entendiam. Assim, todas as ações dos judeus ficavam prejudicadas.
Em nossas vidas, também precisamos construir muros. É necessário que percebamos
por onde o inimigo tem entrado para que ali coloquemos um bloqueio, uma
barreira. O cristão não pode ser aberto a toda e qualquer influência. Não
podemos aceitar tudo o que nos é proposto, recebendo qualquer doutrina ou
costume, acreditando em tudo e em todos. O mundo nos atinge todos os dias com
grande quantidade de lixo. São muitos ataques dos mais variados tipos.
Precisamos construir muros, que são nossas atitudes de rejeição e resistência às
investidas do maligno. Quando vierem as insinuações do mal, devemos dizer:
"Basta! Isto eu não aceito".
O inimigo não pode ser subestimado. Não se deve pensar que ele seja fraco ou
inofensivo. Quem pensa assim, diante das tentações, por exemplo, não constrói
barreiras. Considera-se muito forte, capaz, e apto para vencer sempre. Contudo,
a construção dos muros nos ensina a lição da prevenção, de modo que o confronto
com o inimigo não aconteça em todo o tempo nem de qualquer maneira.
Os moradores de Jerusalém poderiam dizer: "Não precisamos de muros, pois Deus
nos guardará". Eles não disseram isso. Sabiam que a responsabilidade humana não
pode ser transferida para Deus, mas apenas compartilhada. O homem precisa tomar
suas providências dentro do que é lícito e necessário. (Por isso podemos ter
plano de saúde e seguro do automóvel).

LIMITES

"Como a cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que não pode conter
o seu espírito." (Pv.25.28).

Muros representam limites. Além de barreira contra o inimigo, são medidas de
domínio próprio. Podem até parecer negativos, desagradáveis para muitos,
representando restrições à liberdade. Todavia, são marcos necessários,
determinados pela palavra de Deus e por nossa consciência para que não avancemos
além de onde o Senhor nos permite em relação às nossas palavras, ao
comportamento, ou à anuência ao que nos é oferecido e solicitado. Em algum
momento, antes que seja tarde, precisamos dizer não.
Não podemos ser indefesos e vulneráveis. Os muros escondem e, ao mesmo tempo,
protegem o que há de valor dentro da cidade. Quem quer aparecer demais corre o
risco de abrir mão de vários fatores de proteção. Estar protegido é estar
oculto, evitando a exposição desnecessária. Nem tudo é para ser mostrado,
revelado ou compartilhado e o que for, deverá sê-lo da forma correta, para a
pessoa certa, no tempo adequado.

TRABALHO

Construir uma muralha de pedras ao redor da cidade seria um empreendimento dos
mais difíceis. Neemias e os que com ele estavam precisavam trabalhar muito. Nós
também devemos estar dispostos para o esforço e o trabalho árduo. Neemias orava
sempre (Ne.1.4; 2.4; 4.4,9; 5.19; 6.9) e nós devemos orar também, mas a oração
não substitui o trabalho. Deus fará o que não está ao nosso alcance. Quanto ao
mais, ele abençoará a obra das nossas mãos. Aquele servo de Deus poderia ter
orado dizendo: "Senhor, envia os anjos construtores para que levantem esta
muralha". Nada disso. Não devemos esperar que os anjos, ou o próprio Deus façam
aquilo que é da nossa responsabilidade. Isto se aplica aos mais variados
aspectos da nossa vida, seja pessoal, familiar, profissional, estudantil ou na
obra do Senhor. Por exemplo, o estudante cristão não deve pensar que receberá
por revelação as respostas para suas provas escolares. Deve, sim, esforçar-se ao
máximo, dentro de suas condições e limites, esperando que Deus abençoe o fruto
do seu trabalho.

OPOSIÇÃO

Logo que os judeus começaram a edificar os muros, os inimigos se manifestaram
para tentar impedir que a obra fosse adiante (Ne.4.1). O texto nos diz que
Tobias (amonita), Sambalate (governador da Samaria) e Gesén (árabe) ficaram
irados e criticaram os edificadores. Havia ali motivos étnicos, políticos e
religiosos. Em nenhum momento, houve um ataque armado contra os judeus, mas
muitas palavras foram usadas para intimidá-los. Os obreiros foram criticados,
chamados de fracos. A obra foi criticada. Disseram que uma simples raposa
derrubaria o muro que estava sendo levantado (Ne.4.3). Houve questionamento,
acusação, calúnia, fofoca, ameaças (Ne.4; Ne.6). Cartas foram escritas e falsos
profetas subornados para tentarem interferir na obra de Neemias (Ne.6). Palavras
são armas. Não podemos nos esquecer disso. Uma palavra pode `derrubar' uma
pessoa e destruir projetos e relacionamentos. Esta é uma das principais
estratégias de Satanás no combate ao povo de Deus. Quando Jesus foi tentado no
deserto, o inimigo usou palavras, com sofismas, propostas e questionamentos na
intenção de induzi-lo ao erro (Mt.4). As afirmações malignas são contra o nosso
caráter, capacidade, vocação, de modo que fiquemos desanimados e desistamos da
missão que o Senhor nos confiou. Neemias não deu ouvidos ao que o inimigo
dizia. Continuou trabalhando com todo empenho.
Diante de sua persistência, os inimigos mudaram a tática. Chamaram Neemias para
um encontro, aparentemente amistoso. É assim também conosco. Quando Satanás não
nos vence pela perseguição, procura aproximar-se de nós com aparência de
amizade, transfigurado em anjo de luz (IICo.11.14). Com isso, os adversários
queriam tirar Neemias do seu propósito. Pretendiam interromper o trabalho,
causar distração, atraso e, depois, destruição. Não podemos ceder. Neemias
disse: "Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei descer" (Ne.6.3).
Não podemos descer, nem por um instante, rebaixando-nos ao nível do inimigo para
com ele nos relacionarmos. Eva deu atenção à serpente e isso lhe custou muito
caro (Gn.3).

PERSEVERANÇA

A obra prosseguiu a despeito das investidas contrárias. Nós também devemos ser
perseverantes naqueles propósitos que estão de acordo com a vontade do Senhor.
Neemias não parou enquanto não viu a muralha pronta. Construir meio muro não
significará proteção alguma (Ne.4.6), além de ter consumido tempo e recursos. É
necessário que a obra seja realizada até o fim.

"Quem perseverar até o fim será salvo" (Mt.24.13).

"E a perseverança tenha a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e
completos, não faltando em coisa alguma" (Tg.1.4).

"Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer" (João
17.4).

O trabalho prosseguiu até que não houvesse qualquer brecha no muro (Ne.4.7;
6.1). Isto é excelência. O inimigo não precisa de grandes espaços. Uma pequena
brecha pode ser suficiente para que um grande estrago seja feito. Em tempos
modernos, rochas gigantescas têm sido destruídas pelo uso de explosivos
colocados em pequenas cavidades feitas para este fim. Precisamos estar atentos.
O inimigo pode estar abrindo uma fissura em nossa muralha. Um pecado de
estimação, um mau costume, uma mágoa guardada, podem representar brechas cujo
resultado pode ser a invasão do nosso território.
De acordo com o apóstolo Paulo, a mentira, a ira, o furto, palavras torpes,
amargura, gritaria, blasfêmia e malícia são formas de se dar "lugar ao Diabo"
(Ef.4.25-29). Algumas dessas coisas podem parecer inofensivas, mas não são.

AS PORTAS

Além dos muros, Neemias de dedicou à colocação das portas, com ferrolhos e
trancas (Ne.3.3). É evidente que, sem portas, a cidade seria uma prisão. Não era
este o propósito. Muros e portas nos dão uma idéia de equilíbrio. Os moradores
de Jerusalém não poderiam ficar isolados do resto do mundo, mesmo porque não
eram auto-suficientes. Toda cidade precisa de algum tipo de suprimento externo.
O isolamento completo e prolongado, conhecido como estado de sítio, é também uma
estratégia do inimigo (Dn.1.1; Zc.12.2; IIRs.6.24-25).
Precisamos de muros e portas. As defesas são necessárias, mas precisamos ser
acessíveis. Isto não significa abrir mão da segurança. As portas eram meios de
acesso controlado. Elas não ficavam abertas o tempo todo. Permaneciam fechadas
durante a noite, sendo destrancadas apenas ao nascer do sol (Ne.7.3). A
utilidade das portas nos ensina lições de comunicação, liberdade e
relacionamentos. Entretanto, tudo isso acontece de forma controlada, na luz e
não nas trevas.

AS TORRES

Sobre os muros, foram edificadas torres, onde sempre haveria sentinelas (Ne.3.1;
7.3). Mesmo depois do trabalho realizado, a vigilância não pode terminar. Sem
ela, os muros seriam escalados e transpostos. Como Jesus nos ensinou: "Vigiai e
orai para que não entreis em tentação" (Mt.26.41). O vigilante não pode dormir,
no sentido de ser negligente, sabendo que o adversário também não dorme
(Ne.4.9).
Diante de todo o seu empenho e iniciativa, Neemias foi nomeado governador da
Judéia. Buscando o bem de Israel, seu crescimento pessoal também foi alcançado
(Ne.5.14).
Com os muros erguidos, estava estabelecido um ambiente de segurança e
tranquilidade onde novos projetos seriam realizados. Muito mais seria ainda
feito na restauração de Israel para a vinda do Messias.

Anísio Renato de Andrade
Bacharel em Teologia

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